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O erro do romancista Shusaku Endo, e o nosso

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17 Outubro 2017

A ideia ocidental geral de Deus é mais ou menos uma combinação do Papai Noel com um policial de trânsito: um ancião bondoso e generoso, mas de olho nas infrações.

O comentário é do padre missionário William Grimm, MM, editor da Union of Catholic Asian News (UCAN), publicado por La Croix International, 16-10-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Eis o artigo.

No romance do autor japonês e católico Shusaku Endo e em sua versão para o cinema, produzido por Martin Scorsese, um padre jesuíta apóstata no Japão do século XVII diz ao seu protegido que a missão neste país fracassou, não por causa da perseguição, mas porque os cristãos japoneses não vieram, de fato, a acreditar no que os missionários haviam ensinado.

Ferreira, o mais velho, diz a seu antigo pupilo Rodrigues: “O Deus em que os japoneses de então acreditavam não era o nosso Deus. Eram os seus deuses. Ignoramos isso demasiado tempo e quisemos acreditar que se tinham feito cristãos (...) Desde o começo [os cristãos japoneses] alteraram o nosso Deus e começaram a criar algo diferente (...) os japoneses não acreditavam no Deus cristão, mas na própria distorção deles”.

Naquelas que, provavelmente, são as palavras mais famosas do romance entre os católicos japoneses, Ferreira diz: “Este pântano que é o Japão (...) Plante você aí uma muda e logo verá que as raízes começam a apodrecer; as folhas ficam amarelas e secam. Foi neste pântano que plantamos as mudas cristianismo”.

Ferreira, evidentemente, está errado, e é uma ideia equivocada que Endo pode ter compartilhado. Os missionários ocidentais de então e provavelmente ainda não plantaram as “mudas do cristianismo”.

O que eles pensavam e frequentemente pensam como sendo as mudas do cristianismo é, na verdade, uma semente de uma muda do cristianismo que foi plantada muito tempo atrás nos pântanos e brejos da Europa e aí passou por uma transformação semelhante àquela da qual Ferreira fala.

Ferreira poderia apropriadamente falar de si e inclusive dos ocidentais de hoje, que “desde o começo, os cristãos europeus alteraram o Deus e começaram a criar algo diferente. Os ocidentais não acreditavam no Deus cristão, mas na sua própria distorção”. Nós estamos tão acostumados com esta distorção que, como Ferreira, supomos ela é um retrato verdadeiro do Deus real.

Esta imagem, seja ela pintada no teto da Capela Sistina por Michelangelo, seja ela traçada em desenho animado a mostrar um homem branco, velho e barbudo entre as nuvens com um raio na mão, deve-se mais ao deus grego Zeus (embora sem as suas escapadas sexuais inumeráveis) do que ao cristianismo.

E, quando não apresentada visualmente, esta distorção, na maioria das vezes, se transforma no motor imóvel da filosofia grega ou alguma outra abstração intelectual.

A ideia ocidental geral de Deus é mais ou menos uma combinação do Papai Noel com um policial de trânsito: um ancião bondoso e generoso, mas de olho nas infrações. Será que voltar às origens, à fé de Israel, vai nos permitir purificar a nossa imagem, fazer com que as mudas cresçam corretamente?

Infelizmente, não é tão simples assim. Até mesmo a Bíblia tem várias versões de Deus, desde aquele presente no Gênesis até o potentado oriental de Isaías, passando pelo Encarnado na Cruz. Claramente, as sementes da fé de Abraão e Moisés também acabaram em solo encharcado.

Portanto, iremos desistir de tentar viver com fé em Deus? Será este um empreendimento inútil? Acho que não. Em todas as épocas houve santos.

Este ano marca o 150º aniversário da eclosão final de perseguição sobre a qual Endo escreve, evento tão recente que eu conheço uma mulher cujo avô morreu nele. Famílias ficaram divididas, e 3.414 cristãos foram exilados em vilarejos remotos em todo o Japão. 20% deles perderam a vida.

Mas, no exílio destas pessoas, uma coisa ocorreu e ela surpreenderia a Ferreira. Estes homens, mulheres e crianças que eram os frutos das mudas que ele e seus companheiros plantaram muito tempo antes e os quais foram remodelados pelo pântano do Japão transformaram-se, eles próprios, em plantadores. Em várias aldeias para onde os exilados foram mandados, a paciência e a bondade destas pessoas inspiraram os autóctones a tornarem-se cristãos.

Jesus dizia que é pelos frutos do coração das pessoas que elas serão conhecidas. O fato é que, apesar dos variados modelos que a árvore da fé possa assumir, há uma seiva dentro deles todos que carrega consigo a capacidade de gerar frutos.

As imagens, as compreensões certamente serão inadequadas. Isto é de importância secundária na medida em que, com inteligência, fé e oração, nós venhamos a ter contato com esta seiva.

Uma das vantagens nossas agora, tendo um papa não europeu, é que a muda europeia, que não é outra coisa senão uma manifestação imperfeita do Mistério, nãos mais é a única colheita “oficial” no pomar da fé.

O desafio para os cristãos da Ásia, da África, das Américas, da Oceania e mesmo da Europa moderna é encontrar a seiva em nossas várias mudas de forma que ela possa gerar o fruto que se transformará na fonte das mudas ainda novas, dos modos novos de vivenciar e expressar o Mistério de Deus.

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