Áustria. Sem tranquilidade

Mais Lidos

  • Dossiê Fim da escala 6x1: Redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1: Desafios e estratégias sindicais no Brasil contemporâneo

    LER MAIS
  • Celular esquecido, votos mal contados. O que aconteceu no Conclave. Artigo de Mario Trifunovic

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

24 Mai 2016

Os 31 mil eleitores que garantiram a vitória de Alexander van der Bellen no segundo turno da eleição presidencial austríaca, no domingo, fizeram muito mais do que evitar a emergência do primeiro governo europeu de extrema-direita desde os anos 1970. Eles mostraram que se pode vencer o racismo e a xenofobia sem ceder terreno ao apelo demagógico ao fechamento de fronteiras, aos muros, ao confinamento e à deportação. Medidas como essas foram, em maior ou menor medida, adotadas por praticamente todos os governos da Europa meridional e central diante da explosão migratória nos últimos dois anos, independentemente de coloração política ou orientação ideológica.

O comentário é de Luís Antônio Araujo, jornalista, publicado por Zero Hora, 24-05-2016.

É o caso do governo do premier austríaco social-democrata Werner Faymann, que começou a construir sua própria cerca na fronteira com a Itália para deter os “indesejáveis”. Esse e outros gestos não impediram o partido de Faymann de afundar nas eleições de maio, e ele próprio teve de renunciar na semana passada diante da avalancha de votos dados ao candidato do Partido pela Liberdade (FPÖ), Norbert Hofer.

Embora Hofer tenha sido detido na undécima hora em sua marcha rumo ao palácio presidencial, ainda assim obteve expressiva votação. Quase um em cada dois eleitores austríacos demonstraram preferir tê-lo como presidente. É, de longe, o melhor resultado eleitoral da extrema-direita em muitas décadas no continente. A Europa evitou mergulhar num pesadelo, mas não terá um sono tranquilo.