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Manifesto das filhas, filho e mãe de Berta Cáceres, líder indígena assassinada

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Por: Jonas | 08 Março 2016

“Os responsáveis por seu assassinato são os grupos empresariais em conluio com o governo nacional, os governos municipais e as instituições repressoras do Estado, financiadores destes projetos extrativistas de morte que ocorrem na região. Os financiadores destes projetos extrativistas de morte também são responsáveis pela morte de nossa Berta e de tantas pessoas que lutam contra a exploração dos territórios, já que com seu dinheiro tornam possível a imposição dos interesses econômicos sobre os direitos ancestrais dos povos”, manifestam-se os familiares da líder indígena hondurenha Berta Cárceres, recentemente assassinada. O manifesto é publicado pelo Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), 05-03-2016. A tradução é do Cepat.

 
Fonte: http://goo.gl/lV9ai5  

Eis o manifesto.

Suas filhas Olivia, Bertha e Laura, seu filho Salvador e sua mãe Austra Bertha, acompanhados de nossos familiares, amigas e amigos, queremos tornar de conhecimento público nossos pensamentos neste momento de profunda dor.

Nossa Berta é a maior de nossas inspirações, por isso sentimos a necessidade de fazer ouvir a verdade sobre sua vida e sua luta.

A respeito destas circunstâncias, queremos agradecer toda a solidariedade nacional e internacional que nos acompanha.

Agradecemos o apoio de seu povo Lenca, a quem dedicou as maiores de suas resistências. Ao povo Garifuna com quem se irmanaram nas lutas e utopias. A todas as organizações e movimentos sociais de Honduras, América Latina e do mundo que fizeram sua nossa dor. Agradecemos todas as imensas demonstrações de carinho e condolência que o povo hondurenho ofereceu, que demonstram que sua luta é a luta digna dos povos e que o mundo necessita.

Não se pode distorcer a verdade sobre o crime que acabou com sua vida. Sabemos com acertada clareza que os motivos de seu vil assassinato foram sua resistência e luta contra a exploração dos bens comuns da natureza e defesa do povo Lenca. Seu assassinato é uma tentativa de acabar com a luta do povo lenca contra toda forma de exploração e espoliação. Uma tentativa de interromper a construção de um novo mundo.

As circunstâncias de sua morte se dão em meio à luta do povo Lenca contra a instalação do projeto hidrelétrico Água Zarca, no rio Gualcarque. Pedimos que se esclareçam as responsabilidades da empresa DESA que desenvolve o projeto. Responsabilizamos a empresa DESA, assim como os organismos financeiros internacionais que apoiam o projeto: Banco Holandês FMO, Finn Fund, BCIE, Ficohsa e as empresas comprometidas CASTOR, Grupo empresarial ATALA, pela perseguição, criminalização, estigmatização e constantes ameaças de morte contra sua pessoa, nós e o COPINH (Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras).

Responsabilizamos o Estado hondurenho por ter obstaculizado em grande medida a proteção de nossa Berta, e ter propiciado a perseguição, criminalização e assassinato, ao ter optado por proteger os interesses da empresa acima das decisões e mandatos das comunidades.

Como é possível que as instituições da polícia, o exército, o ministério de segurança que protegem os interesses e as instalações da empresa DESA sejam supostamente os mesmos que pretendiam garantir a proteção e segurança de nossa Berta?

Como é possível que a polícia, o exército e o Estado hondurenho, que deveriam proteger sua integridade, sejam os mesmos que a ameaçaram de morte, hostilizaram e perseguiram?

Os responsáveis por seu assassinato são os grupos empresariais em conluio com o governo nacional, os governos municipais e as instituições repressoras do Estado, financiadores destes projetos extrativistas de morte que ocorrem na região. Os financiadores destes projetos extrativistas de morte também são responsáveis pela morte de nossa Berta e de tantas pessoas que lutam contra a exploração dos territórios, já que com seu dinheiro tornam possível a imposição dos interesses econômicos sobre os direitos ancestrais dos povos.

Não permitiremos que sua imagem se converta em um logo vazio. Nossa Berta é reivindicada na luta permanente e enérgica pela defesa da vida, dos territórios e contra este sistema de exploração e pilhagem.

Exigimos que se forme uma comissão internacional para a investigação deste crime, entre a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, organismos internacionais de Direitos Humanos e setores governamentais pertinentes, dada a demonstrada falta de objetividade das investigações que foram iniciadas no país.

Queremos que se respeite a integridade de seu símbolo de resistência. Ela é uma eterna lutadora contra o racismo, o patriarcado e o sistema capitalista opressor e assassino. Sua luta é permeada por um forte anti-imperialismo, corroborado constantemente em suas práticas internacionais e sua total rejeição ao golpe de Estado financiado e apoiado pelos Estados Unidos, que foi o início da entrega do território nacional às empresas transnacionais, em detrimento dos direitos do povo Lenca e da população hondurenha.

Exigimos de maneira imediata e definitiva que se cancele a concessão à DESA do Rio Gualcarque e que o mesmo corra livre.

Se o governo realmente quer fazer justiça, exigimos que sejam canceladas todas as concessões mineiras, de represas, de matas e todos aqueles projetos que atentam contra a soberania nacional.

Demandamos o respeito e garantias à integridade física, jurídica e emocional de nossa família, das comunidades, em especial de Rio Branco e de todas as pessoas organizadas dentro do COPINH.

Sua luta não era só pelo meio ambiente, mas também pela mudança de sistema, contra o capitalismo, o racismo e o patriarcado.

Não assassinaram só a nossa mãe, assassinaram a mãe de todo um povo. Fazemos um chamado para que se fortaleça a mobilização, a denúncia e as demonstrações de solidariedade exigindo uma verdadeira justiça.

“Despertemos, despertemos humanidade! Não demorará para que nossas consciências sejam sacudidas pelo fato de só estar contemplando a autodestruição, baseada na depredação capitalista, racista e patriarcal”.

Berta Vive!

De La Esperanza, Intibucá, aos 5 dias do mês de março de 2016.


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