16 Março 2009
Eles sempre, de alguma forma, construíram sua história. Infelizmente, foram envolvidos com a nossa história desde que viemos para cá e fomos construindo o Brasil sem respeitá-los. Os portugueses tinham uma convicção incrível de que eles eram a civilização e os índios eram selvagens e por isso podiam espoliá-los de muitas formas. Quando não cediam, era questão de declará-los inimigos da Coroa e guerrear contra eles. Os índios “mansos” eram, dependendo do ponto de vista, aliados ou traidores. Na sua maioria, morreram com as doenças trazidas da Europa, verdadeiras epidemias grassaram nas aldeias. Os índios fugiam de um lugar para o outro levando a peste negra, varíola, varicela, gripe, malária. As alianças que os indígenas faziam como a Confederação dos Tamoios eram formas de agir diante do mundo que se apresentava.
Hoje, os povos indígenas se organizam em ONGs e atuam na estrutura de governo, assumindo também cargos políticos. Mas eles estão sendo sujeitos da história mesmo é onde vivem, interagindo com as pessoas, valorizando os seus pares dentro das aldeias e defendendo seus direitos numa visão do Brasil enquanto pluriétnico e multicultural, que marcou a nossa Constituição Federal de 1988. Os índios não precisam mais deixar de ser índios para serem brasileiros. Eles contribuem na construção da nação brasileira na sua diversidade, com o que são tradicionalmente e participando das instâncias políticas locais, estaduais e federais como cidadãos deste Brasil.
(cfr. notícia do dia 16-03-09, desta página).
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"Os índios não precisam mais deixar de ser índios para serem brasileiros", segundo Aloir Pacini. - Instituto Humanitas Unisinos - IHU