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Bom Samaritano (Lc 10,25-37): estudo literário

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21 Agosto 2013

"Amar a Deus é uma das constantes características de todo o corpo deuteronomístico  e está intimamente interligada com amar o próximo. Não existe um amor integral a Deus se falta amor ao próximo a partir do outro mais injustiçado. O caminho que leva a Deus passa necessariamente pelo próximo", escreve Gilvander Luís Moreira, padre da Ordem dos carmelitas, professor de Teologia Bíblica e assessor da Comissão Pastoral da Terra – CPT, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos – CEBI, do Serviço de Animação Bíblica - SAB - e da Via Campesina em Minas Gerais, 19-08-2013.

Eis o artigo.

Para uma interpretação sensata e libertadora do episódio-parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37) é preciso, entre vários exercícios, fazer um estudo literário do texto. Eis o que segue.

1 - Estudo literário do texto

O texto de Lc 10,25-37 está organizado em duas partes de tamanhos diferentes com estruturas literárias com várias equivalências, conforme se segue:

1a parte (Lc 10,25-28)          -          2a parte (Lc 10,29-37)
Pergunta do escrib               -           Pergunta do escriba
Contrapergunta de Jesus     -           Jesus narra um episódio paradigmático
O escriba cita a lei               -           Contrapergunta de Jesus e Resposta do escriba
Diretiva de Jesus                 -          Diretiva de Jesus.

As palavras “próximo” e “fazer” são duas colunas-mestras no texto. Percebe-se uma ênfase sobre o outro, um desinstalar-se de si mesmo e uma defesa forte de uma prática libertadora, de ação concreta. Sinalizam que uma postura misericordiosa implica um sair de si mesmo, um arregaçar as mangas e colocar mãos à obra. Não basta ter boas intenções.

Na segunda parte (Lc 10,29-37) temos o episódio-parábola propriamente dito (Lc 10,30-35) e a sua aplicação (Lc 10,36-37). Nos versículos 25-27 encontramos a primeira questão levantada pelo escriba e alguns textos bíblicos do Primeiro Testamento que apareceram para iluminar a questão, em um diálogo profundamente educativo (Dt 6,5 e Lv 19,18).

No versículo 28, Jesus responde citando, implicitamente, um texto de Lv 18,5: “Faça isso e viverás”. Importante observar que Jesus não diz “terá vida eterna”, mas diz “viverás”. Em outros termos, o Jesus de Lucas quer provocar conversão nos discípulos e discípulas que estavam olhando para o céu esquecendo-se de abraçar os desafios do aqui e do agora, na terra. Olhe para o “aqui e agora!” Eis o caminho que leva à vida em plenitude.

2 - Introdução (Lc 10,25-28)

Nos evangelhos encontramos basicamente dois tipos de perguntas dirigidas a Jesus. Uma é a pergunta feita pelos marginalizados e excluídos, que pedem para andar, para voltar a enxergar, para serem curados, para serem saciados. Com a vida ameaçada aqui e agora, eles clamam por vida aqui e agora. O outro tipo de pergunta dirigida a Jesus nos evangelhos é aquela feita por pessoas ricas, as quais já têm o aqui e agora assegurados e estão preocupadas com o pós-morte. Nesse grupo se insere a pergunta de Lc 10,25: “Mestre, que coisa devo fazer para herdar a vida eterna?”

A pergunta sobre o caminho para alcançar a “vida eterna”, feita por um “escriba”, aparece também em Lc 18,18 na boca de um rico notável. O evangelista tem a finalidade de reforçar a importância do decálogo como caminho para a vida plena. À primeira vista, parece que estamos diante de duas tradições diferentes ou em face de episódios distintos do ministério de Jesus.

“Amar a Deus” é uma das constantes características de todo o corpo deuteronomístico  e está intimamente interligada com “amar o próximo”. Não existe um amor integral a Deus se falta amor ao próximo a partir do outro mais injustiçado. O caminho que leva a Deus passa necessariamente pelo próximo. Dedicar-se a Deus e ao próximo são duas faces da mesma medalha e é significativo que Dt 6,5 e Lv 19,18 estejam em Lc 10,27 como uma “leitura” da lei que revela a íntima ligação entre amar a Deus e amar o próximo: “O que está escrito na lei? Como tu lês?” (Lc 10,26).

3 - Episódio-parábola do bom samaritano (Lc 10,29-35)

A própria forma estilística do episódio-parábola é profundamente relevante. Com repetição progressiva, somente na terceira vez chega-se a um desfecho favorável. Isso cria um suspense e prende a atenção do leitor. E é de fácil memorização, o que se revela tremendamente pedagógico em uma cultura com um alto índice de iletrados, onde predominava a oralidade.

Em Lc 10,29, com a pergunta do escriba “Quem é meu próximo?”, estabelece-se a conexão de Lc 10,25-28 com Lc 10,29-37. Na segunda parte (Lc 10,29-37), Jesus não responde imediatamente, mas acrescenta o episódio-parábola e indica a importância que deu ao escriba, que lhe perguntou. A lei apresenta uma resposta mais direta, enquanto o episódio-parábola interroga e interpela, o que é muito mais incômodo. Jesus não dava respostas prontas. Ao não responder diretamente e ao contar um episódio-parábola, Jesus agiu pedagogicamente, visando tornar o escriba um próximo. Jesus não o excluiu a priori, mas empreendeu uma caminhada pedagógica que visava promover a conversão do escriba.

4 - Conclusão do relato (Lc 10,36-37)

Jesus, depois de contar o episódio-parábola, retomou o diálogo com o escriba redimensionando completamente a pergunta feita no versículo 29: “Quem é o meu próximo?” Jesus perguntou: “Em sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” (Lc 10,36). Essa nova pergunta redimensiona completamente a forma de entender a relação com o próximo. A relação se dará não mais a partir de mim mesmo, mas sim a partir do outro, e principalmente do outro que sofre por ser injustiçado.

Para o sacerdote e o levita, o homem semimorto havia-se transformado em um obstáculo, enquanto para o samaritano esse mesmo homem caído à beira do caminho transformou-se em motivo para proximidade. O sacerdote e o levita não apenas ignoraram o homem semimorto, mas foram-lhe indiferentes, distanciaram-se e contornaram o “obstáculo”. De outro modo, o escriba, mesmo evitando pronunciar a palavra samaritano, reconhece o samaritano como referência a seguir (Lc 10,37). Jesus, com dois imperativos — Vá e faça!—, convida o escriba a ser um discípulo do “bom samaritano”, o que pode causar desconforto, pois normalmente pensa-se que só se pode ser discípulo de Jesus.


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