• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

''O solo das milícias é a generalizada corrupção na polícia fluminense''. Entrevista especial com Michel Misse

Mais Lidos

  • O desastre de uma megaoperação no Alemão e na Penha de um governo que terceiriza o seu comando. Artigo de Jacqueline Muniz

    LER MAIS
  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS
  • Bolsonarismo pode eleger 44 senadores em 2026 e se tornar majoritário, diz Real Time Big Data

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

28 Novembro 2011

"Dificilmente acabará o tráfico propriamente dito, que encontrará modos mais discretos de chegar aos fregueses, como já vem ocorrendo em outras Unidades de Polícia Pacificadora – UPPs", avalia Michel Misse, ao comentar a ocupação da favela da Rocinha. Apesar de analisar os limites das UPPs nas favelas cariocas, o sociólogo diz que o "controle armado do tráfico acaba, o que permitirá avanços no associativismo livre local e a instalação emmédio prazo de uma polícia comunitária".

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail para a IHU On-Line, Misse também analisa a atuação da mídia. Para ele, a cobertura televisiva da ocupação da Rocinha é "chapa-branca", e "praticamente não se distingue mais do Estado". E ressalta: "O apoio à atual política das UPPs não deve se transformar em ufanismo televisivo, destruindo a imparcialidade e a capacidade crítica que se espera do bom jornalismo".

Michel Misse é graduado em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, mestre e doutor em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ/SBI/UCAM. Atualmente é professor associado do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, onde integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Percebe algum avanço em relação à ocupação da Rocinha, comparando com a ocupação do Complexo do Alemão no ano passado?

Michel Misse – O principal avanço foi o trabalho de inteligência da polícia que permitiu a prisão dos principais chefes sem um único tiro.

IHU On-Line – O que deve mudar na Rocinha com a instalação das UPPs?

Michel Misse – O fim do controle armado por parte dos traficantes. Dificilmente acabará o tráfico propriamente dito, que encontrará modos mais discretos de chegar aos fregueses, como já vem ocorrendo em outras UPPs. Mas o controle armado do tráfico acaba, o que permitirá avanços no associativismo livre local e a instalação em médio prazo de uma polícia comunitária. Esse é o plano; todos esperamos que se realize.

IHU On-Line – Qual é o efeito das UPPs nas favelas cariocas?

Michel Misse – O sentimento de insegurança diminuiu na cidade; isso está visível nas áreas turísticas e nos bairros de classe média da zona sul e zona norte. Mas o tráfico armado ou as milícias parapoliciais continuam atuando na maioria das favelas da cidade e em todas as favelas da região metropolitana (baixada fluminense e região serrana, além de Niterói). São mais de 200 as favelas que se sabe que estão sob controle ou do tráfico ou de milícias. É um grande desafio, que se acumulou ao longo dos últimos 30 anos.

IHU On-Line – Como o senhor avalia a prisão do traficante Nem e o espetáculo que a mídia tem feito em torno da ocupação das favelas do Rio de Janeiro?

Michel Misse – É vergonhosa a atuação da mídia chapa-branca, que praticamente não se distingue mais do Estado. O apoio à atual política das UPPs não deve se transformar em ufanismo televisivo, destruindo a imparcialidade e a capacidade crítica que se espera do bom jornalismo. Infelizmente a grande imprensa brasileira não anda nada bem nesse quesito.

IHU On-Line – Por que o poder econômico do tráfico no Rio de Janeiro está em declínio? Essa situação se deve a proliferação das milícias nas favelas do Rio de Janeiro?

Michel Misse – As milícias avançaram com o declínio do tráfico. Quando me refiro ao declínio, estou apenas constatando, por comparação com o período 1987-2001. São muitos os fatores, inclusive as lutas entre as facções e as lutas internas às próprias facções, além da política de confronto e extermínio, que matou mais de 10 mil civis suspeitos nos últimos oito anos no estado do Rio de Janeiro. É quase o mesmo número de presos por tráfico. As UPPs se tornaram possíveis também por esse declínio.

IHU On-Line – Além da perda de território dos traficantes, quais são as outras razões que têm facilitado a introdução das milícias no Rio?

Michel Misse – O solo das milícias é a generalizada corrupção na polícia fluminense. Quando a extorsão começou a cair, em algumas áreas, em função do declínio do tráfico a varejo, os policiais corruptos, aliados a outros cúmplices do serviço público, resolveram juntar ao extermínio dos traficantes a extorsão dos moradores, sob o pretexto de proteção. Aproveitaram também e passaram a comercializar bens ilegais (exceto drogas) antes controlados pelos traficantes (transporte ilegal, distribuição de gás em butijão, gatonet, etc.).

IHU On-Line – Por que o Estado não consegue combater as milícias?

Michel Misse – Houve a CPI estadual, comandada pelo corajoso deputado Marcelo Freixo (hoje ameaçado de morte) e houve repressão a uma das principais redes de milícias, a chamada Liga da Justiça, cujos chefes estão presos. Há uma UPP numa das favelas controladas por milícias na zona oeste, mas é preciso muito mais – como já disse, o desafio é grande e há resistências. O assassinato da juíza Patricia Amorim, de São Gonçalo, deve-se ao fato de que ela estava endurecendo com as milícias da região.

IHU On-Line – Quais são, hoje, as principais razões da violência e dos conflitos urbanos no Rio de Janeiro?

Michel Misse – São muitas as formas da violência. A mais visível e temível é a violência armada, geralmente baseada em mercados ilegais – drogas, armas, mercadorias ilegais, etc.

IHU On-Line – Quais são os principais limites da atual segurança pública no Rio de Janeiro?

Michel Misse – O orçamento do Estado e os interesses políticos. Como em qualquer outro lugar...

IHU On-Line – Quais serão os desafios das UPPs na Rocinha e no Vidigal?

Michel Misse – A continuidade, o apoio dos moradores e, principalmente, os policiais não cederem à lógica da corrupção, não entrarem no troca-troca de mercadorias políticas.

IHU On-Line – Como vê a saída de Marcelo Freixo do Brasil por causa de ameaças de morte?

Michel Misse – Freixo saiu taticamente, o que foi correto, atendendo a convites para conferências na Europa. Deverá se candidatar à prefeitura por seu partido, o Psol. Freixo, como eu, apoia (sem perder a visão crítica) a política das UPPs em lugar das anteriores políticas de confronto e extermínio. Os criminosos devem ser presos e condenados, jamais mortos.

IHU On-Line – Em que consistiria uma política de segurança pública eficaz no Rio de Janeiro?

Michel Misse – Aquela que garantir níveis normais de criminalidade e violência, normais no sentido de estatisticamente comparáveis a cidades semelhantes de outras partes do mundo civilizado.

 


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados