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Jesus e os avatares na compreensão hindu. Entrevista especial com Michael Amaladoss

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16 Fevereiro 2008

“Nós experienciamos Jesus numa forma humana e na fé buscamos Deus nele. Se esta experiência não existe, não é possível tentar explicá-lo. Explanações racionais não convencerão ninguém”, explica Michael Amaladoss, teólogo indiano. Segundo Amaladoss, o fato de os hindus terem a tradição das manifestações divinas em forma humana, facilita a compreensão de Jesus como divino e humano.

Michael Amaladoss, jesuíta indiano, é diretor do Instituto para o Diálogo com Culturas e Religiões, em Chennai, na Índia. É doutor em Teologia Sistemática, pelo Institut Catholique de Paris, na França, além de professor de Teologia no Vidyajyoti College of Theology, em Nova Déli, na Índia. É autor de diversos livros e artigos sobre espiritualidade e diálogo inter-religioso, entre os quais citamos os mais recentes: Making harmony. Living in a pluralist world (Delhi: ISPCK, 2003), que foi traduzido e publicado pela Editora Unisinos na Coleção Theologia Publica sob o título Promover harmonia: vivendo em um mundo pluralista (São Leopoldo: Unisinos, 2006) e The dancing Cosmos. A way to harmony (Delhi: ISPCK, 2003). Teologia in Asia é o livro que organizou juntamente com Rosino Gibellini e publicado pela Editrice Queriniana, Brescia, 2006.

Amaladoss esteve na Unisinos, proferindo a conferência A teologia das religiões e a teologia na universidade no Simpósio Internacional O Lugar da Teologia na Universidade do século XXI, organizado pelo IHU em maio de 2004 e publicada no livro A teologia na universidade contemporânea (Org. Inácio Neutzling. São Leopoldo: Unisinos, 2005. p. 117-39). É também autor do Cadernos Teologia Pública n. 10, sob o título O Deus de todos os nomes e o diálogo inter-religioso.

Ele concedeu para a revista IHU On-Line sobre a inter-religiosidade e o pluralismo religioso contemporâneo, publicada na edição número 200, de 16 de outubro de 2006.

A entrevista abaixo saiu, originalmente,na revsita IHU On-Line, no. 248, 17-12-2007 e acaba de ser traduzida, na íntegra, para o italiano e publicada pela Revista ADISTA, 16-02-2008.

IHU On-Line - Quem é Jesus? O que pode afirmar sobre Ele a partir de sua reflexão teológica?

Michael Amaladoss - Jesus é “Emmanuel”, Deus conosco. Jesus é a face humana de Deus. Meditando em sua experiência sobre Jesus, João vê nele a Palavra de Deus, através da qual Deus criou todas as coisas, que ilumina cada um vindo ao mundo e tornando-se “carne” (humano) em Jesus (cf. Jo 1:14). Em Jesus, Deus vem encontrar-nos como humano e nós encontramos Deus como um ser humano. Jesus é Deus entrando na história humana para animá-la de dentro e conduzi-la à sua plenitude. Ao mesmo tempo, ele é também o mistério cósmico da Palavra, presente e ativo em toda parte e em todos os tempos. Nele, o mistério divino-cósmico e a história humana se harmonizam. Ele é nosso caminho para Deus. Ele manifesta Deus para nós como um Pai-Mãe amante, que perdoa, cura, ama, serve humildemente, liberta e se auto-doa até a morte. Ressuscitado da morte, ele nos oferece uma garantia de vida, vencendo a morte e conduzindo-nos à libertação e à plenitude. Ele está sempre conosco, lutando conosco, conduzindo-nos, inspirando-nos, abraçando-nos. Quando alguém perguntou ao padre Pedro Arrupe , nosso anterior Superior Geral (jesuíta), “Quem é Jesus para o senhor?”, ele respondeu: “Jesus é tudo”. Eu penso que esta é uma boa e breve resposta.

IHU On-Line - Qual é a específica contribuição asiática para a compreensão de Jesus?

Michael Amaladoss - A teologia européia, seguindo as tensões da Igreja primitiva na cultura grega, enfoca a identidade “metafísica” de Jesus como divina e humana, expressa em termos de uma pessoa em duas naturezas. Olhando para sua vida, o foco está em sua morte e ressurreição. Os sofrimentos e a morte de Jesus são interpretados como satisfação por nossos pecados. Deus é visto como um juiz que exige reparação. O símbolo da cruz é realçado. A tradição ortodoxa exalta Jesus como o Senhor do mundo e o Sumo Sacerdote que roga ao Pai.

Os teólogos asiáticos tendem a focalizar a vida de Jesus, seu amor e serviço, seu libertar e salvar, sua manifestação como um Deus que ama e perdoa, seu novo mandamento de nos amarmos uns aos outros como ele nos amou. Seu sofrimento e sua morte, que lhe foi imposta pelos seus inimigos, é aceita por ele como meio de mostrar seu total amor por Deus e por nós. A cruz torna-se sinal de amor e de vida, não de punição. Sofrimento e morte tornam-se um caminho de transformação da vida. Através do amor que une Jesus com Deus e conosco, a vida triunfa sobre a morte. Jesus ressuscitou. Por isso, Jesus está sempre conosco, capacitando-nos também a superar as forças da morte com as forças da vida mostradas na autodoação de amor e serviço. Este movimento humano e cósmico irá conduzir-nos à paz e à harmonia universal, descrita por Paulo em suas cartas (cf. Efésios l: 3-10; 1Coríntios 15-28; Romanos 8). João apresenta uma imagem de comunhão mística interpessoal e divino-humana (cf. João 17).

Jesus e os avatares

Numa das religiões asiáticas, a saber, o hinduísmo, existe uma crença na proximidade de Deus dos humanos. Deus se manifesta a si mesmo na história em formas humanas e em outras formas, para proteger o povo das forças malignas. Essas manifestações são chamadas de avatares e evocam uma devoção e um louvor muito popular. Eles também manifestam Deus aos humanos como alguém que ama e salva e está especialmente próximo dos que sofrem. A manifestação de Deus em forma humana é, portanto, facilmente entendida pelos hindus. Num tal contexto, nós, cristãos, podemos olhar para Jesus por novas vias, também tradicionais, e aprofundar nossa relação amorosa com ele. O problema para os gregos foi o de entender como Jesus pode ser simultaneamente divino e humano. Para os indianos, isso não é um problema. O desafio é antes o de destacar de que maneira Jesus é uma especial manifestação encarnada de Deus, distinta de outras manifestações de Deus, as quais existem na Bíblia e em outros escritos religiosos.

Experienciando Jesus nos evangelhos, os asiáticos também usam símbolos, imagens e nomes extraídos de suas tradições culturais e religiosas para entender a ele e o seu significado para nós. Eu publiquei, recentemente, um livro intitulado The Asian Jesus, no qual eu exploro nove símbolos desse tipo: Jesus o Sábio, o Caminho, o Guru, o Satyagrahi (alguém que luta não violentamente por justiça ), o Avatar, o Servo, o Compassivo, o Dançarino e o Peregrino.

IHU On-Line - De que modo o senhor entende Jesus no contexto multi-religioso da Ásia?

Michael Amaladoss - O documento do Concílio Vaticano II , “A Igreja no mundo moderno”, diz: “Ora, por sua encarnação, o filho de Deus, uniu-se de algum modo a todo ser humano... Nele Deus nos reconciliou com Ele e uns com os outros... Tudo isso é verdade não só para cristãos, mas também para todos os homens de boa vontade, em cujos corações  a graça opera de modo invisível (Lumen Gentium 16). Já que Cristo morre por todos (Romanos  8,32), e já que todos os humanos são de fato chamados a um e o mesmo destino, o qual é divino, nós devemos aceitar que o Espírito Santo oferece a todos a possibilidade de se associarem, numa forma conhecida por Deus, a este mistério pascal (Gaudium et Spes 22)”.

O que este texto afirma é que, já que Jesus salva todos os seres humanos, isso não ocorre somente através do pertencimento à Igreja visível e através de seus sacramentos visíveis. Teólogos sugerem, na Ásia, que Jesus pode estar salvando outras pessoas dentro e através de outras religiões, porque é através delas que as pessoas estão buscando Deus, e, então, convidando Deus a responder. Isso pode ocorrer sem nenhum conhecimento de, ou relacionamento com Jesus. A Igreja sugere que isso é tornado possível através do Espírito e de sua “invisível” presença e ação, por vias unicamente conhecidas por Deus. Em última análise, é só Deus quem salva. Deus pode salvar pessoas sem nenhuma religião, se elas ajudam seus vizinhos em necessidade, amando Deus no outro (cf. Mateus 25,31-46). Nós não sabemos como isso ocorre e é melhor deixá-lo como um mistério de Deus, Palavra e Espírito. O diálogo entre crentes de diferentes religiões podem remover em parte o véu deste mistério.

IHU On-Line - De que modo os asiáticos entendem o aspecto divino e humano em Jesus?

Michael Amaladoss - Como eu já disse, os hindus têm a tradição das manifestações divinas em forma humana. Assim, não é difícil para eles entender Jesus como divino e humano. Nós não o sabemos, mas, isso realmente pode ocorrer. O melhor é não especular em torno de um mistério, mas aceitá-lo e experienciá-lo. Nós experienciamos Jesus numa forma humana e na fé buscamos Deus nele. Se esta experiência não existe, não é possível tentar explicá-lo. Explanações racionais não convencerão ninguém.

IHU On-Line - Pode o conceito hindu de Advaita ser útil para entender Jesus?

Michael Amaladoss - Certamente. Advaita significa não-dualidade. No hinduísmo, este símbolo é usado para indicar a íntima unidade entre o Absoluto e outros seres. Não há “seres” fora do “Ser”. O Ser e os seres não são dois. Mas eles também não são um. Eles estão intimamente relacionados sendo eles próprios. Esta espécie de união pode ser concebida em vários níveis. Por exemplo, “Eu” e meu “corpo” não são dois. Eu sou meu corpo. Mas eu não sou somente meu corpo. Quando Jesus diz “O Pai e Eu somos um” (João 10,30), os hindus entendem isso como uma relação advaita. Jesus estende a relação advaita entre ele e o Pai também a nós. Ele ora: “Como Tu, Pai, estás em mim e Eu estou em Ti, possam também eles estar em nós” (João 17,20). Paulo também indica uma relação semelhante, ao dizer: “Nós não sabemos pedir o que nos convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Romanos 8, 26).

IHU On-Line - Como pode a cristologia dialogar com a cultura e a ciência modernas?

Michael Amaladoss - O fato de a palavra de Deus ter tomado nossa carne para tornar-se humano e participar da história mostra-nos que o mundo e a matéria não são maus. Deus tornou-se parte do mundo e se uniu com matéria. Esta Palavra também foi mediadora da própria criação do mundo (cf. João 1,3). O Espírito também foi instrumental na criação (cf. Gênesis 1,2). Mas as religiões tendem a criar um mundo separado dos símbolos e rituais. Este último é sacralizado e separado do mundo secular.  A encarnação do Verbo quebrou esta separação. O secular tornou-se o sagrado. Nós descobrimos o divino na natureza. Santo Inácio de Loyola  ensina-nos a “encontrar Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus”. Hoje, a reflexão teológica também nos ajuda a descobrir o divino na natureza. O progresso da ciência e da tecnologia é a expansão do conhecimento e da criatividade dos humanos, que são chamados, com a ajuda do Espírito, a construir o Reino de Deus como um novo céu e uma nova terra (cf. Apocalipse 21,1-5). Teilhard de Chardin visualizou este movimento criador na natureza e na história. “O homem vivo é a glória de Deus”, disse Santo Irineu . As pessoas podem ser egoístas, comportar-se mal e abusar dos humanos e das coisas deste mundo. Mas eles também podem usá-las para participar e ajudar-se reciprocamente a construir uma comunidade. Na cena do juízo final, que Jesus descreve no evangelho de Mateus (cf. 25,31-46), o Filho do Homem (Jesus) não perguntará sobre a fidelidade ao ritual religioso, mas sobre como as pessoas ajudaram os pobres e os sofredores. O critério de julgamento é realmente secular. Atualmente, podemos dizer que Jesus, humano e divino, une o sagrado e o secular, ou melhor, mostra-nos como ver e encontrar o sagrado no secular.


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