12 Dezembro 2025
"Leão XIV, por outro lado, confirma-se como um líder profundamente calmo, sensível em dizer a palavra certa na hora certa."
O artigo é de Arnaud Alibert, publicado por La Croix de 02-12-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eis o artigo.
A primeira viagem de um papa ao exterior é sempre um momento revelador. Em todas as suas viagens, Francisco ofereceu ao mundo imagens e palavras baseadas nas suas escolhas pastorais. Leão XIV, por outro lado, confirma-se como um líder profundamente calmo, sensível em dizer a palavra certa na hora certa.
Inquestionavelmente, com ele, a atualidade não dá a impressão de seguir um roteiro. Seu olhar não se estende por um horizonte de 360 graus, nem mesmo em meio à multidão que veio aclamá-lo; ele parece ir ao encontro das pessoas, imerso nas situações, para reconhecer nelas a presença de Deus, que sofre, consola, ilumina e concede a paz. O Papa consegue lhe ceder o primeiro lugar.
A Turquia, um país onde o século XX quase apagou a presença cristã, e o Líbano, uma terra de pluralismo religioso, continuamente à beira do caos, mas sempre capaz de se recuperar, foram as testemunhas privilegiadas do novo estilo papal. Desses dois países, envolvidos com um Oriente Médio atravessado por rivalidades e eles próprios assolados por fortes tensões políticas e religiosas, a um passo da martirizada Gaza, Leão XIV demonstrou a força de quem não tem outras armas além do crer.
Crer, não apenas no sentido da confissão de fé de Niceia, excepcionalmente comemorada, mas também crer que, onde quer que haja seres humanos, há corações prontos para se mobilizar pela paz.
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