"A veneração a Maria, mãe de Jesus, tem crescido cada vez mais ao longo dos séculos – sobretudo porque se diz que a Mãe de Deus apareceu repetidamente. Nenhuma outra pessoa, além de Jesus, molda a Igreja Católica tanto quanto ela".
O artigo é de Alexander Brüggemann, publicada por Katholisch, 05-11-2025.
Na espiritualidade cristã, a Mãe de Deus também é entendida como um símbolo da fertilidade e vitalidade da primavera. Isso se reflete no fato de que, no Hemisfério Sul, o mês mariano é celebrado não em maio, mas em novembro, que é o mês da primavera. Na terça-feira, o Vaticano emitiu um esclarecimento sobre a designação de Maria como "Corredentora". A Agência Católica de Notícias (KNA) também oferece um guia completo sobre as devoções marianas.
Ave Maria: A "Ave Maria" é uma das orações mais recitadas na Igreja Católica. A invocação a Maria tem origem no Arcanjo Gabriel, na Anunciação. Desde 1568, também é rezada para intercessão na hora da morte. A "Ave Maria" também faz parte do Rosário e foi musicada inúmeras vezes. A versão de Bach/Gounod e a melodia de Lourdes são particularmente conhecidas.
Belém: Um parto domiciliar estava fora de questão para Maria. Ela e seu noivo, José, tiveram que viajar de Nazaré para Belém, uma distância de mais de 106 quilômetros em linha reta, porque o imperador em Roma havia ordenado um recenseamento e todos os homens deveriam se registrar em suas cidades natais. Como não havia lugar na hospedaria local, Jesus nasceu em uma manjedoura.
Cristo Jesus: é o filho primogênito de Maria e, segundo a crença cristã, o Filho de Deus. Apesar dessa paternidade difícil de compreender e socialmente inaceitável, o carpinteiro José de Nazaré casou-se com sua noiva, Maria.
Dornwald: A antiga canção de peregrinação "Maria durch ein Dornwald ging" representa aqui inúmeras canções marianas, que em sua maioria servem à veneração e frequentemente incorporam temas lendários.
Aparições: O fenômeno das aparições marianas, amplamente relatadas, especialmente nos séculos XIX e XX, é considerado uma revelação privada. Visto que, segundo a doutrina da Igreja, a revelação de Deus chegou ao fim com a morte do último apóstolo, cada católico é livre para acreditar ou não em revelações privadas – mesmo que a Igreja as considere autênticas. Locais importantes de aparições incluem Fátima (Portugal), Lourdes (sul da França), Guadalupe (México) e Aparecida (Brasil).
Cores: As cores marianas clássicas são o branco (representando a inocência) e o azul. O azul têxtil sempre foi difícil de obter e, portanto, muito valioso – a cor certa para a venerada Virgem Maria. Até o século XX, o azul era a cor das meninas e o rosa, a dos meninos: o "vermelhozinho" simbolizava sangue e batalha, e, consequentemente, masculinidade.
Imagens Milagrosas: Em muitos santuários marianos, as imagens devocionais de Maria são um destino para peregrinos. Algumas dessas "imagens milagrosas" estão associadas a curas ou outros eventos considerados milagrosos. Frequentemente, incluem placas votivas com intercessões ou expressões de agradecimento, como "Maria ajudou...".
Assunção: Em novembro de 1950, há 75 anos, Pio XII declarou a "Assunção corporal de Maria ao Céu" um dogma (doutrina) para toda a Igreja – como uma recompensa, por assim dizer, por seus méritos na obra redentora de seu filho Jesus. Aliás, esta é a única vez até hoje que um papa invocou a infalibilidade papal em matéria de fé e moral, que foi estabelecida em 1870.
Islamismo: No Islã, Jesus é reverenciado como o último profeta antes de Maomé. Portanto, Maria também ocupa um lugar especial em nossos corações; como a mãe virgem de Jesus, ela é escolhida por Deus e um modelo para todas as mulheres muçulmanas. "Maria" é a única mulher mencionada pelo nome no Alcorão. No entanto, a compreensão teológica de Maria como a "Mãe de Deus" é completamente estranha ao Islã.
Século Mariano: Entre 1850 e 1950, a imagem de Maria na Igreja tornou-se independente. Para alguns fiéis, a devoção mariana chegou a ofuscar a devoção ao próprio Cristo. Momentos-chave do "Século Mariano" incluem os dogmas marianos de 1854 e 1950, bem como inúmeras aparições marianas e a fundação de congregações marianas.
Cruz: Da manjedoura ao templo, passando pelo casamento em Caná, até a cruz e a ressurreição – Maria acompanhou maternalmente todas as etapas da vida de Jesus.
América Latina: No "Novo Mundo", também promovido pelos conquistadores espanhóis e portugueses, a devoção a Maria permanece particularmente forte até os dias de hoje.
M: é a letra mariana por excelência. Devoções de maio, Mãe de Deus, Corredentora, Serva do Senhor, Medianeira dos Aflitos – a lista poderia continuar indefinidamente. O título "Corredentora", no entanto, não é bem visto pelo Vaticano; neste ponto, Bento XVI e Leão XIV não concordam com o papa polonês João Paulo II.
Nazaré: o lar da Sagrada Família na Galileia. Aqui o carpinteiro José tinha sua oficina, aqui Maria viu seu filho Jesus crescer e aprender.
Páscoa: O que uma mãe deve pensar quando seu filho ressuscita dos mortos após seu sofrimento? Para Maria, a notícia deve ter sido tão inacreditável e chocante quanto libertadora.
Pietà: A mãe sofredora com o filho crucificado no colo é uma das muitas representações clássicas da iconografia mariana. Outras incluem Maria com o Menino, a cena da Anunciação ou como a "Imaculada" em pé sobre o globo terrestre.
Fontes: Nossa imagem de Maria é moldada pelos quatro Evangelhos do Novo Testamento. Além disso, existem inúmeros escritos apócrifos e lendas medievais – e, claro, os artistas e a devoção popular que criaram suas próprias imagens de Maria, dependendo do século e do contexto cultural.
O Rosário é provavelmente a forma mais difundida de oração católica. Frequentemente, combina uma sequência de um Pai-Nosso e dez Ave-Marias com a contemplação da morte e ressurreição de Jesus. Aqueles que rezam esperam obter força para a vida diária e conforto em momentos de necessidade. As contas do Rosário são um instrumento, assim como os terços e cordões de oração de outras religiões.
Selbdritt: "Anna Selbdritt" é uma representação na iconografia cristã de Santa Ana "com três pessoas": junto com sua filha Maria e o Menino Jesus – por assim dizer, uma imagem de três gerações.
Theotokos: "Mãe de Deus" é um título honorífico grego para Maria. Baseia-se na crença cristã primitiva de que Cristo é tanto verdadeiro Deus quanto verdadeiro homem.
Imaculada Conceição: O dogma da Imaculada Conceição de Maria (em latim: immaculata conceptio), proclamado pelo Papa Pio IX em 1854, é uma das doutrinas católicas teologicamente mais complexas. Segundo esse dogma, Maria foi preservada da mancha do pecado original de Adão em seu próprio nascimento porque foi escolhida para ser a "Mãe de Deus".
Anunciação: Segundo a tradição bíblica, o Arcanjo Gabriel apareceu à Virgem Maria e anunciou que ela estava grávida e daria à luz o Messias tão esperado. Ela ficou terrivelmente assustada, mas então respondeu, de forma nada feminina: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra."
Milagres: Existem tantos milagres marianos quanto aparições marianas – embora muitos deles possam, em última análise, ser explicados cientificamente.
X: representa x mil locais marianos, capelas e igrejas em todo o mundo.
YouCat: O catecismo juvenil da Igreja Católica de 2010 contém pelo menos 14 entradas sobre Maria, incluindo: "Só Deus pode ser adorado. Mas podemos venerar Maria como a mãe de nosso Senhor."
Concílio Vaticano II (1962-1965): O maior concílio da Igreja do século XX descreveu Maria como "Mediadora da Graça". No entanto, uma proposta para um dogma mariano adicional como Corredentora da humanidade ao lado de Cristo encontrou pouco apoio.