• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Oscar da Sustentabilidade” contrata empresa ligada à indústria fóssil no Brasil

Foto: stevepb/Pixabay

Mais Lidos

  • “A inteligência artificial é interessante demais para ser deixada nas mãos do surgimento da economia do desperdício”. Entrevista com Jussi Parikka

    LER MAIS
  • Maria é corredentora? O Vaticano planeja se pronunciar

    LER MAIS
  • O massacre no Rio. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

04 Novembro 2025

O prestigioso prêmio climático do príncipe William contratou uma agência brasileira de relações públicas que também estava sob contrato com a Petrobras — a estatal de petróleo que enfrenta críticas por seus planos de perfuração na bacia amazônica, revela o DeSmog.

A reportagem é de TJ Jordan e Juliana Aguilera, publicada por ClimaInfo, 03-11-2025.

O Prêmio Earthshot, apoiado por celebridades como o naturalista David Attenborough e o ex-capitão da seleção inglesa David Beckham, trabalhou com a LLYC Brasil para divulgar a cerimônia anual de premiação, marcada para o Rio de Janeiro em 5 de novembro, véspera das negociações climáticas da ONU que serão sediadas pelo Brasil. Postagens nas redes sociais do prêmio apontam que a parceria existe, pelo menos, desde abril de 2025.

Enquanto isso, A LLYC Brasil também manteve contrato com a Petrobras para atuar na comunicação da empresa em caso de crise reputacional, de acordo com o Portal da Transparência da Petroleira. O contrato vigorou de 2019 a 29 de julho deste ano.

A Petrobras tem provocado indignação entre ambientalistas e povos indígenas por pressionar o governo brasileiro a liberar a perfuração na Foz do Amazonas, uma vasta região marinha com recifes de corais raros na costa da floresta amazônica. No mês passado, o IBAMA concedeu a licença ambiental para a perfuração do bloco FZA-M-59.

A LLYC Brasil afirma que a agência conta com uma equipe “especializada em petróleo e gás, e geração e distribuição de energia”, em um momento em que a indústria brasileira de combustíveis fósseis registra produção recorde. A empresa lista as produtoras de petróleo e gás Carmo Energy e Origem Energia — ambas com planos de quadruplicar a produção até 2030 — como ex-clientes.

Um movimento crescente de defensores do clima exige que o setor de publicidade e relações públicas rompa laços com empresas de combustíveis fósseis como a Petrobras, argumentando que campanhas sofisticadas de comunicação que promovem os interesses de grandes poluidores estão abrindo caminho para novos projetos de petróleo e gás que alimentam o colapso climático.

“Uma iniciativa tão influente quanto o Prêmio Earthshot poderia enviar o sinal certo e impulsionar mudanças positivas ao escolher fornecedores que entreguem sua mensagem com integridade — mas está fazendo o oposto”, disse Lucy von Sturmer, diretora executiva da campanha Creatives for Climate. “Mais do que qualquer outro cliente ou marca, isso é uma oportunidade gigantesca perdida.”

A Petrobras tem tentado conter críticas antes da COP30 contratando influenciadores de ciência e clima para reforçar sua imagem “verde” — apesar de planejar investir mais de R4 521 bilhões em petróleo e gás nos próximos quatro anos. Não há indícios de que a LLYC Brasil tenha participado dessa campanha.

A LLYC se recusou a responder sobre a natureza de sua relação com a Petrobras, alegando que não comenta contratos com clientes. A empresa acrescentou que só trabalha “com organizações que defendem explicitamente padrões ESG e compartilham nosso compromisso com a sustentabilidade e a proteção ambiental”.

Em resposta a uma lista de perguntas do DeSmog sobre sua relação com a LLYC Brasil, um porta-voz do Prêmio Earthshot disse: “só fazemos parcerias com organizações que têm compromissos corporativos rigorosos com a sustentabilidade.”

O gabinete do príncipe William não respondeu aos pedidos de comentário.

A Petrobras também se recusou a comentar, limitando-se a indicar o contrato publicado em seu site.

“Movidos pelo lucro”

O Prêmio Earthshot é um dos projetos mais importantes do príncipe William. Um painel de jurados estrelado, incluindo a atriz Cate Blanchett e a rainha Rania da Jordânia, concederá £1 milhão (R$ 7 milhões) a cada um dos cinco vencedores que propuserem soluções para os maiores desafios climáticos do mundo.

O Earthshot publicou neste ano vídeos com o príncipe William e celebridades como Beckham celebrando a Amazônia e suas comunidades indígenas. O príncipe também apresentou o evento como uma “abertura” para as negociações climáticas da ONU (COP30), que o Brasil sediará em Belém, no Pará.

Ativistas afirmam que o contrato da LLYC com a Petrobras vai “diretamente contra” os valores do Earthshot, refletindo preocupações mais amplas sobre o papel das agências de RP em melhorar a imagem de poluidores — até mesmo de clientes com foco climático.

O governo brasileiro também foi criticado por escolher a Edelman — a maior agência independente de RP do mundo e grande parceira da indústria de combustíveis fósseis — como responsável pela comunicação da COP30.

Em 2024, uma investigação do DeSmog revelou que três quartos dos 23 prêmios concedidos no principal evento do Reino Unido para campanhas de sustentabilidade foram para agências com contratos com empresas de combustíveis fósseis.

“Empresas são movidas pelo lucro — e nada é mais lucrativo do que trabalhar para os dois lados de uma batalha”, disse o geógrafo e influenciador climático brasileiro Bruno Araujo.

“As escolhas certas”

Em alguns casos, organizações ambientalistas já encerraram contratos com agências por conflitos ligados ao clima.

Em 2023, o grupo Fossil Fuel Non-Proliferation Treaty Initiative rompeu abruptamente sua relação com a Havas Red, de Nova York, depois que a matriz francesa Havas fechou contrato com a Shell. No ano seguinte, quatro agências do grupo perderam a certificação de negócios responsáveis B Corp por causa desse vínculo.

Em setembro, o grupo Clean Creatives publicou um relatório documentando mais de 1.000 contratos entre empresas de combustíveis fósseis e agências de publicidade e RP. Subsidiárias de conglomerados globais como WPP (de Londres) e Omnicom (de Nova York) detêm grande parte desses contratos.

Líderes de agências menores e independentes, porém, defendem que é possível prosperar sem trabalhar para o setor de combustíveis fósseis. O Clean Creatives afirma que 1.500 agências já assinaram seu compromisso de não atender clientes de petróleo e gás.

“A transição climática é o maior desafio contemporâneo da humanidade e exige coerência e as escolhas certas”, disse Rodrigo Cunha, CEO da agência brasileira Profile, que se recusa a trabalhar com o setor de combustíveis fósseis. “É importante investigar o portfólio das agências para entender o que elas estão promovendo.”

“Compromisso quebrado”

Em junho de 2024, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que agências de publicidade e RP abandonassem seus clientes de petróleo e gás, descrevendo os executivos do setor como “homens loucos alimentando a loucura”. Guterres também defendeu que governos proíbam a publicidade de combustíveis fósseis.

Mas, apesar de promessas de cautela, as grandes agências nem sempre cumprem o discurso.

Em agosto, uma investigação do DeSmog revelou que funcionários do grupo norte-americano Interpublic acreditavam que a empresa havia violado seu “compromisso climático pioneiro” ao trabalhar para a estatal saudita Saudi Aramco.

A política de sustentabilidade da LLYC afirma que a empresa é “comprometida em alinhar sua estratégia e negócios ao Acordo de Paris sobre Mudança do Clima” — tratado global de 2016 que servirá de base às negociações da COP30.

Mas ativistas questionam como a LLYC pode sustentar essa política e, ao mesmo tempo, promover a missão do Earthshot de “consertar o clima” enquanto atende empresas de petróleo e gás. Cientistas já alertaram que novas explorações de combustíveis fósseis são incompatíveis com o Acordo de Paris.

“A indústria de combustíveis fósseis e seus facilitadores já mostraram repetidamente que não têm intenção de abandonar o petróleo e o gás”, disse Patrick Galey, chefe de investigações sobre combustíveis fósseis do grupo Global Witness. “As agências de RP desempenham um papel central em avançar a agenda dos produtores, maquiando sua reputação e prolongando a licença social para seus modelos de negócio que destroem o planeta.”

“Gestão de reputação”

A LLYC também oferece serviços de gestão de reputação e lobby para o setor de mineração em toda a América Latina. No site da filial argentina, a empresa cita entre seus clientes a multinacional Glencore, gigante anglo-suíça de mineração e petróleo e gás.

Em 2023, a equipe de mineração da LLYC publicou um relatório explicando como seus consultores podem “ajudar a indústria a gerenciar sua licença social para operar” na região — jargão do setor para manter os negócios como de costume diante das preocupações públicas sobre os impactos sociais e ambientais.

O Prêmio Earthshot também contratou, nos últimos três anos, a agência-irmã da LLYC, FGS Global, para promover o evento no Reino Unido e internacionalmente, segundo comunicados e postagens nas redes revisadas pelo DeSmog.

A FGS Global trabalhou com pelo menos 11 clientes do setor de combustíveis fósseis desde 2021, incluindo BP e Shell, de acordo com pesquisa do DeSmog.

Embora sejam empresas oficialmente separadas, as duas mantêm um acordo que dá aos clientes da FGS Global, sediada em Londres, acesso a especialistas de comunicação em espanhol e português por meio da rede LLYC, conforme o site da FGS.

A FGS Global não respondeu aos pedidos de comentário.

Leia mais

  • No país da COP30, mais petróleo, mais gás, mais carvão. Artigo de Alexandre Gaspari
  • A Amazônia suja de petróleo. Artigo de Alexandre Gaspari
  • Ibama autoriza Petrobras a explorar a Foz do Amazonas
  • Maioria dos brasileiros é contra explorar petróleo na Foz do Amazonas, mostra Datafolha
  • MPF recomenda que Ibama não autorize Petrobras a explorar Foz do Amazonas
  • Parlamentares de sete países querem barrar novas explorações de petróleo na Amazônia
  • Derrame de petróleo na Foz do Amazonas seria pior do que desastre no Golfo do México
  • Exploração de petróleo na Foz do Amazonas é uma “bomba” na biodiversidade
  • Vazamento de óleo na Foz do Amazonas pode atingir países vizinhos, diz expedição
  • Os desastres ambientais desmascaram o capitalismo. Artigo de Sandoval Alves Rocha
  • Lobby do gás e do carvão faz Brasil insistir em usinas a combustíveis fósseis
  • Por que o Brasil ainda aposta em termelétricas
  • RS. Mineradora desiste de projetos da Mina Guaíba e da Usina Termelétrica Nova Seival
  • Ceca-RJ ignora ICMBio e aprova licença para termelétricas da Petrobras
  • Comitê do governo recomenda encerrar subsídios para termelétricas a combustíveis fósseis
  • Impactos ambientais e sociais das termelétricas a carvão
  • Licenciamento de maior termelétrica do país avança contrariando parecer do Ibama
  • Crise climática: Paim desiste de projeto que previa manter compra de termelétrica a carvão de Candiota
  • "A emergência climática nos coloca diante da tarefa inadiável de colocar o carvão como peça de museu". Entrevista especial com Eduardo Raguse
  • Sentença histórica suspende licenciamento de Usina Termelétrica Nova Seival em ação climática
  • Estudo mostra impactos socioambientais e econômicos do carvão em Candiota
  • Impulsionado por forte lobby, gás fóssil ganha força no Brasil em 2024
  • A extração de carvão no Rio Grande do Sul é uma ameaça frente à crise climática
  • Fontes renováveis de energia são mais baratas para geração elétrica do que combustíveis fósseis, mostra relatório
  • Ritmo de expansão das renováveis é insuficiente para triplicar capacidade até 2030
  • Planos dos países estão longe da meta de triplicar renováveis até 2030
  • Investimento anual em renováveis precisa mais que dobrar para limitar aquecimento a 1,5ºC, diz IEA
  • “Precisamos das energias renováveis, mas está sendo implantado um modelo pouco respeitoso”. Entrevista com Miguel Pajares
  • Capacidade global de energias renováveis cresceu 10% em 2022. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Notícias relacionadas

  • A Petrobras e a liquidação do futuro

    LER MAIS
  • Ibama aplica multa de 12,5 milhões à Petrobras por acidente ambiental em Sergipe

    LER MAIS
  • Lula é acusado de ser “maestro de orquestra criminosa” pela Lava Jato

    Para procuradores, petista é "comandante máximo" de esquema de desvios em estatal. Ex-presidente nega irregularidades e diz que [...]

    LER MAIS
  • Denúncia contra Lula tem "indisfarçável cunho político", diz ex-ministro da justiça

    A denúncia da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula extrapolou “limites” definidos pelo Supremo Tribunal Federal ([...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados