• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Fé, amor e gratuidade nas relações humanas e ecológicas (Lc 17,5-10). Artigo de Gilvander Moreira

Foto: Wikimedia Commons

Mais Lidos

  • O título e o conteúdo da primeira encíclica do Papa Leão XIV

    LER MAIS
  • "Luzes para Gaza", a procissão digital de tochas começa em Nápoles. Em um dia, foi assistida por milhões de pessoas do mundo todo

    LER MAIS
  • Figura-chave do ambientalismo e pensador-chave do decrescimento, Jason Hickel visitou Madri para defender a necessidade de retirar o poder da classe capitalista no Congresso como a única maneira possível de salvar o planeta da crise climática

    “A crise climática não pode ser resolvida dentro do capitalismo”. Entrevista com Jason Hickel

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    26º domingo do tempo comum – Ano C – Um convite: superar a indiferença com a solidariedade concreta

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

03 Outubro 2025

"Eis a mensagem do evangelho de Lc 17,7-10: Fazer o que é nosso dever como discípulo/a de Jesus e não se vangloriar por isso. Não é por lógica de mérito, que leva a recompensa, que devemos tecer relações humanas e sociais, mas na lógica do amor gratuito", escreve Frei Gilvander Moreira, em artigo enviado ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, 01-10-2025.

Gilvander Moreira é frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em filosofia pela UFPR; bacharel em teologia pelo ITESP/SP; mestre em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de teologia bíblica no Serviço de Animação Bíblica – SAB, em Belo Horizonte.

Eis o artigo.

O Evangelho de Lc 17,5-10 pertence à seção “viagem de Jesus e seu movimento popular-religioso a Jerusalém” (Lc 9,51-19,27), na qual Jesus prioriza qualificar a formação dos discípulos e discípulas para enfrentar os podres poderes da religião, da economia e da política, em Jerusalém, centro político e religioso do país. Trata-se de uma jornada teológico-catequética na qual são condensados os desafios, exigências e obstáculos no seguimento de Jesus. A viagem de Jesus reflete o caminho das comunidades cristãs, com suas crises e busca de solução aos desafios propostos pela prática cristã.

Uma dessas crises diz respeito, sem dúvida, à perspectiva de fé dos primeiros cristãos. A questão da fé é re-proposta diante de certos fracassos das comunidades na consecução do projeto de Jesus. Com muita probabilidade, Lc 17,5-6 - “Aumenta nossa fé, Senhor!” “Se vocês tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, ...” - reflete a questão surgida nas comunidades primitivas que se punham esta crucial pergunta: “Por que não conseguimos reproduzir na prática o projeto de Deus? O que está faltando para que possamos enfrentar e superar os grandes desafios que se nos apresentam?” Diríamos hoje, mesmo com muita gente se declarando pessoa cristã, por que as injustiças e violências campeiam por todo lado? De fato, a dureza da vida real com um monte de injustiças e violências chacoalha a fé de muita gente.

A fé autêntica é capaz de superar os impasses (Lc 17,5-6). Fé como postura existencial de amor e esperança na missão através da qual Jesus proclamava o projeto divino no mundo e foi isso que mandou os discípulos e discípulas anunciarem. Os discípulos haviam recebido de Jesus “poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo” (Lc 10,19). E, ao voltar da sua missão, reconhecem que “até os demônios obedecem a nós por causa do teu nome” (Lc 10,17). O Evangelho de João afirma: “Quem crer em Jesus fará coisas ainda maiores do que o mestre faz” (Jo 14,12). Tal era o ideal do/a discípulo/a: fazer as mesmas coisas e ter o mesmo poder de Jesus sobre as forças hostis; ter a capacidade de superar os maiores impasses.

Quando, hoje, escutamos alguém pedir: Aumenta-nos a fé. Temos a tendência de pensar que se trata de crer em doutrinas e leis. Para Jesus e para os discípulos e discípulas do evangelho crer em Jesus é apostar na realização do projeto divino de justiça, paz e cuidado com a terra que o reinado divino vem estabelecer.

Com o passar do tempo, todavia, esse poder parece ter fugido às mãos das primeiras pessoas cristãs, comprometendo seriamente o projeto de Deus que Jesus realiza. Qual será a causa disso? Por que as comunidades não se caracterizam mais por aquelas ações e palavras capazes de superar toda adversidade (= demônios, escorpiões, serpentes)?

Eis, então, que os evangelistas procuram redescobrir, na mensagem de Jesus, as causas do fracasso das comunidades ante os desafios propostos. O evangelista Marcos, por exemplo, condensa a crise de fé das comunidades no episódio do epilético endemoninhado (Mc 9,14-19) onde, na ausência de Jesus, os discípulos não conseguem pôr em prática o mandato de Jesus.

O evangelista Lucas, por sua vez, busca a causa do insucesso na crise de fé. Em Lc 17,5 os apóstolos pedem ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” Jesus responde que não se trata de ter “mais” ou “menos” fé. Não é questão de quantidade de fé, mas de qualidade. Ela deve ser genuína, como a semente que traz em si todas as potencialidades da árvore. A semente de mostarda, nesse sentido, é paradigmática: tão minúscula, mas capaz de se tornar árvore (cf. Lc 13,18-19). Se a fé for assim, poderá superar os maiores obstáculos, simbolizados aqui pela mostarda, árvore que, por causa de suas raízes profundas, ninguém é capaz de arrancar com as próprias forças. Está, pois, dada a resposta e encontrado o remédio às crises das comunidades que não conseguem reproduzir o projeto de Deus.

A gratuidade dos que anunciam e testemunham o Evangelho de Jesus Cristo, proposto em Lc 17,7-10, é texto exclusivo de Lucas, não consta em Mateus, Marcos e nem no Evangelho de João. Esse tipo de parábola parece mais vinda da realidade das comunidades cristãs dos anos 80 do primeiro século da era cristã do que diretamente do Jesus histórico. O fato de Lc 17,7-10 não ter paralelos nos outros evangelhos nos diz que essa parábola deve ser entendida à luz dos problemas de evangelização enfrentados por Lucas, discípulo do apóstolo Paulo.

A parábola reflete, pois, a prática pastoral paulina, amplamente descrita em 1Cor 9, e que pode ser sintetizada assim: “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; pelo contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! Se eu o anunciasse de própria iniciativa, teria direito a um salário; no entanto, já que o faço por obrigação, desempenho um cargo que me foi confiado. Qual é então o meu salário? É que, pregando o Evangelho, eu o prego gratuitamente, sem usar dos direitos que a pregação do Evangelho me confere. Embora eu seja livre em relação a todos, tornei-me o servo de todos, a fim de ganhar o maior número possível” (1Cor 9,16-19).

Esse texto é fundamental para entendermos a parábola de Lucas. Nele, o apóstolo Paulo assume o papel de servo do Evangelho: a evangelização não nasceu de iniciativa própria, mas é missão. Não tem direito a salário. Melhor ainda: seu salário é anunciar e testemunhar gratuitamente, fazendo-se servo de todos/as, à semelhança de Jesus (cf. Lc 22,27: “Eu estou no meio de vocês como aquele que serve”). Além disso, a imagem do servo que trabalha a terra e guarda os animais (Lc 17,7, dupla jornada de trabalho, como Paulo em 1Ts 2,9) é a mesma que Paulo usa para caracterizar seu trabalho apostólico (cf. 1Cor 9,7.10). Embora tendo direito de usufruir desse trabalho, não faz valer esse direito (1Cor 9,18; cf. 1Ts 2,4-8).

Apesar de Jesus ter afirmado que o operário é digno do seu salário (Mt 10,10; Lc 10,7), Lucas projeta esse ideal vivido por Paulo como sendo válido para todas as pessoas que anunciam e testemunham o Evangelho de Jesus Cristo. A parábola, portanto, pode com muita propriedade ser interpretada em chave de evangelização.

O discípulo não evangeliza por iniciativa própria, mas cumpre um mandato (o sujeito da expressão “o que lhe havia mandado”, isto é, quem dá a missão é Deus). Não tem, consequentemente, o que exigir em troca. Jesus, que confia ao discípulo e discípula seu projeto, não se sente obrigado a recompensar o/a discípulo/a quando este/esta cumpre sua missão. Eis a mensagem do evangelho de Lc 17,7-10: Fazer o que é nosso dever como discípulo/a de Jesus e não se vangloriar por isso. Não é por lógica de mérito, que leva a recompensa, que devemos tecer relações humanas e sociais, mas na lógica do amor gratuito.

Enfim, para compreendermos Lc 17,5-10 faz bem levarmos na nossa memória e no nossa coração os milhões de pessoas anônimas que vivem cotidianamente servindo amor e respeito a todas as pessoas e a todos os seres vivos, amando gratuitamente, sem nunca esperar recompensa ou pleitear reconhecimentos. Que nossa fé seja autêntica e nos ilumine no seguimento de Jesus para que, com Jesus, sejamos cristãos coerentes com o Evangelho, agentes de transformação da história, pela vida que seja com dignidade para todas as pessoas e para toda a criação.

Leia mais

  • ''Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda''
  • O Evangelho de Lucas, a Boa Nova anunciada no Ano Litúrgico C
  • Uma releitura do Evangelho de Lucas. Elogio da sede
  • Evangelho de Lucas: teologia da história
  • Evangelho de Lucas: libertar-salvar, agora e na prática.
  • Evangelho de Lucas: história, Jerusalém e salvação
  • O Evangelho de Mateus: uma catequese para os nossos dias
  • Paulo: vida, cartas, pensamento
  • Alegrai-vos! Proclama o apóstolo Paulo. Mas é possível se alegrar no meio de tanto sofrimento e morte?
  • O bom escritor mantém a bíblia aberta. Artigo de Gianfranco Ravasi
  • Sete pontos e dois movimentos para interpretar a Bíblia

Notícias relacionadas

  • Os segredos do Reino

    LER MAIS
  • Que lugar ocupar na festa de casamento?

    LER MAIS
  • “Evangelizar? Não é proselitismo, é testemunho de vida”, prega Francisco

    LER MAIS
  • @Pontifex e os sacros tuítes: As redes sociais digitais segundo Bento XVI

    A mensagem de Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais lança os desafios do papa à própria Igreja com rela[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados