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República Democrática do Congo. Genocídio e minerais críticos

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05 Julho 2025

“Hoje, há muitas dúvidas sobre a possibilidade de a economia verde do futuro ser construída em torno de máquinas que requerem minerais críticos que são finitos e que eventualmente se esgotarão. Uma demanda infinita por recursos finitos pode levar a outra catástrofe no futuro. Em 2050, o enorme consumo de energia dos dispositivos eletrônicos e data centers desafiará o modelo de transição verde adotado por empresas de energia e tecnologia, bem como por governos”.

A reflexão é de Phil Hearse, em artigo publicado por Anticapitalist Resistance e reproduzido por Viento Sur, 28-06-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Quando as pessoas ouvem a palavra genocídio, provavelmente pensam em Gaza, talvez também no Sudão. No entanto, o pior genocídio do mundo ocorreu durante quase três décadas na República Democrática do Congo (RDC), após sucessivas guerras, brutalmente travadas pelo controle de um território rico em minerais críticos.

Na guerra de 1998 a 2012, o exército nacional congolês lutou contra milícias locais e os exércitos de dois países vizinhos, Ruanda e Uganda, ao passo que seis Estados africanos intervieram como forças pacificadoras. As estimativas do número de mortos naquele conflito variam de quatro a seis milhões de pessoas. A violência voltou a explodir desde que a milícia M23, apoiada por Ruanda, expulsou o exército nacional congolês da cidade de Goma em janeiro. Em fevereiro, a capital de Kivu do Sul, Bukavu, rendeu-se ao M23 sem resistência.

A violência contra civis é generalizada, com níveis extremamente altos de violência sexual contra as mulheres. Há vinte anos se dizia que a República Democrática do Congo (RDC) era a capital mundial do estupro, mas hoje a palavra “estupro” nem de longe descreve as atrocidades inimagináveis cometidas contra as mulheres por todas as forças envolvidas, incluindo o exército nacional da RDC. A violência sexual tem um propósito específico: chocar a população e forçá-la a se submeter ou fugir. Dezenas de milhares de pessoas fugiram de Goma, juntando-se às cerca de 750.000 pessoas que se encontram em campos de refugiados.

Quando o M23 tomou Goma, capturou 300 mercenários estrangeiros, principalmente romenos, a quem permitiu cruzar a fronteira para Ruanda, com destino incerto.

As províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul, juntamente com Katanga mais ao sul, abrigam vastos depósitos de minerais críticos, como ouro, diamantes, coltan, cobalto e os 17 chamados metais de terras raras, necessários para a fabricação de dispositivos eletrônicos de todos os tipos (veja o apêndice 1), bem como outros minerais, como o lítio, necessário para a fabricação de baterias de carros elétricos.

A busca por minerais críticos faz parte da nova competição interimperialista. Em 2023, a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitou Kigali para se reunir com o presidente ruandês, Paul Kagame, a fim de negociar acordos minerais. A empresa luxemburguesa Traxys é a principal fornecedora dos chamados ‘minerais de sangue’ para os fabricantes europeus. Em abril, a ONG Global Witness acusou a Traxys de comercializar intencionalmente coltan proveniente de áreas controladas por milícias no Kivu do Norte (ver o apêndice 2).

A demanda pelos minerais mencionados está aumentando rapidamente, não apenas devido à crescente demanda por dispositivos eletrônicos que dependem deles, mas também devido aos modelos dominantes de transição verde, que dependem de grandes quantidades de baterias e ímãs. As turbinas eólicas são amplamente utilizadas e, em 2050, haverá 1,4 bilhão de carros elétricos. Ao mesmo tempo, a intensificação da produção de armas com o auxílio de tecnologias avançadas (e a computação em nuvem necessária para isso) exige enormes quantidades de terras raras e outros minerais.

Chegamos ao limiar de um novo período de guerras catastróficas, nas quais tecnologias ultra-avançadas são utilizadas para localizar alvos – sistemas de armas, tropas, populações civis, equipamentos públicos – e destruí-los com o que os militares estadunidenses chamam de letalidade máxima. Isso levou o mundo a uma nova corrida armamentista que ultrapassa a antiga Guerra Fria na constante invenção e utilização de armas novas e mais letais.

O total desrespeito das potências imperiais pela vida humana pôde ser observado no uso do fósforo branco pela Rússia na Síria, no uso de armas químicas pelo governo sírio contra áreas controladas por islâmicos no norte da Síria e no grande número de drones e mísseis usados pela Rússia na Ucrânia. Ao mesmo tempo, Israel recebeu 14.000 bombas Mark 82 dos EUA, o equivalente a 700.000 toneladas de dinamite. (A bomba que destruiu Hiroshima tinha uma carga explosiva equivalente a 15.000 toneladas, razão pela qual Gaza parece ter sido atingida por várias bombas nucleares.)

Desde que a milícia M23 invadiu as províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul e capturou as respectivas capitais, Goma e Bukavu, sabe-se que 3.000 pessoas morreram. Jornalistas locais relataram que as ruas de Goma estavam repletas de corpos, muitos dos quais pareciam ser de civis.

Hoje, há muitas dúvidas sobre a possibilidade de a economia verde do futuro ser construída em torno de máquinas que requerem minerais críticos que são finitos e que eventualmente se esgotarão. Uma demanda infinita por recursos finitos pode levar a outra catástrofe no futuro. Em 2050, o enorme consumo de energia dos dispositivos eletrônicos e data centers desafiará o modelo de transição verde adotado por empresas de energia e tecnologia, bem como por governos.

Donald Trump aborda essa questão em duas direções. Por um lado, diz que a ciência climática é lixo; por outro, atrai os EUA para a corrida por minerais críticos necessários para a transição verde.

Na conferência regional de segurança realizada em Singapura em 30 de maio, o presidente francês Emmanuel Macron fez um apelo aos países asiáticos e europeus para que se unissem contra as tentativas das grandes potências (sem dúvida referindo-se à China e aos EUA) de controlar recursos como minerais e áreas de pesca em detrimento das nações menores. Macron direcionou seu apelo a países como Indonésia e Filipinas.

No dia seguinte, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, argumentou que os EUA sempre foram uma potência indo-pacífica e afirmou que a China poderia estar prestes a lançar um ataque a Taiwan. Hegseth procurou deslocar o debate para a arena militar/de segurança. Seu discurso enfatizou que somente estando lado a lado com o militarismo estadunidense os países asiáticos estariam em condições de garantir sua defesa.

O impacto da dominação imperialista do Congo se reflete no contraste entre a enorme riqueza do subsolo do país e a extrema pobreza da maioria de seus habitantes. A RDC ocupa o quinto lugar na lista dos países mais pobres do mundo. A renda média per capita é de apenas US$ 449 por ano, e 75% da população vive com menos de US$ 2 por dia. A riqueza do subsolo do país é efetivamente compartilhada entre os governantes corruptos da RDC, Ruanda e Uganda e, claro, a classe capitalista de todos esses países, um pequeno grupo de pessoas com interesses no comércio de minerais, graças aos seus laços com os militares, as milícias e os aparatos estatais.

Se compararmos a situação da RDC com o que aconteceu com a enorme riqueza mineral da Noruega – petróleo e, em menor grau, gás –, vemos claramente o preço da intervenção imperialista. A indústria petrolífera norueguesa foi nacionalizada desde a descoberta do campo petrolífero do Mar do Norte, em 1969. Ela financiou a criação de um fundo soberano, atualmente chamado de Fundo Nacional de Investimento. O fundo atualmente vale pouco menos de US$ 1,8 trilhão. O salário médio norueguês é superior a US$ 60.000 por ano, e o país tem a maior renda per capita do mundo. A apropriação da riqueza da RDC pelo imperialismo mergulhou o país na pobreza, com deslocamentos contínuos e uma violência implacável.

A classe capitalista dos países mais pobres, que vende a riqueza do país e se enriquece com isso, é o que o marxismo chama de burguesia compradora. O presidente ruandês, Paul Kagame, lucra com este negócio enriquecendo-se, juntamente com a classe capitalista ruandesa, com a venda da riqueza do país e também da vizinha República Democrática do Congo (RDC).

A batalha pela posse dos minerais críticos é característica da nova fase do imperialismo. Donald Trump, como figura de proa do movimento fascista MAGA, busca sabotar a fase da globalização do capitalismo mundial.

Ao mesmo tempo, os principais países capitalistas embarcaram em uma transição verde, que envolve o uso de grandes quantidades de metais críticos. Mas esses metais são finitos. Para os capitalistas de todo o mundo que se apegam à transição verde como meio de fazer negócios, isso significa a produção contínua de novas commodities, aumentando cada vez mais o consumo de recursos finitos. O espetáculo do capitalismo contemporâneo cria continuamente a ilusão de que, por meio do acúmulo de coisas, da fast fashion, dos carros velozes e da propriedade imobiliária, as pessoas podem viver como os famosos ricos. Mas não podem. Não agora, e não no socialismo.

Apêndice 1: Metais de terras raras

De acordo com a IA do navegador Opera:

Os metais de terras raras formam um grupo diferente em virtude de suas propriedades químicas singulares e de sua posição na tabela periódica. Segue uma análise das características que os tornam um grupo distinto, como eles se relacionam e mostram seus diversos usos:

Por que formam um grupo distinto

1. Semelhança química: Os metais de terras raras compartilham propriedades químicas similares, o que dificulta sua separação. Frequentemente, apresentam raios iônicos e estados de oxidação semelhantes.

2. Posição na tabela periódica: São encontrados no bloco f da tabela periódica, especificamente nas séries dos lantanídeos e actinídeos.

3. Escassez: Apesar do nome, não são necessariamente raros em termos de abundância na crosta terrestre, mas raramente são descobertos em concentrações economicamente exploráveis.

Como se relacionam

● Lantanídeos: Este grupo inclui os elementos que vão do lantânio (La) ao lutécio (Lu), conhecidos pela semelhança de suas propriedades.

● Actinídeos: Este grupo inclui os elementos que vão do actínio (Ac) ao laurêncio (Lr), que também compartilham características semelhantes, mas são principalmente radioativos.

Usos dos metais de terras raras

Os metais de terras raras são cruciais em diversas aplicações de alta tecnologia, como, por exemplo:

1. Eletrônicos: São usados em smartphones, câmeras digitais e discos rígidos de computadores.

2. Iluminação: São essenciais na fabricação de lâmpadas LED e fluorescentes.

3. Ímãs: O neodímio, por exemplo, é usado na fabricação de ímãs potentes usados em alto-falantes e motores.

4. Imagem médica: São usados em aparelhos de ressonância magnética e outras tecnologias de imagem.

5. Energia renovável: São importantes para turbinas eólicas e baterias de carros elétricos.

Estes metais são vitais nas tecnologias modernas, tornando-os indispensáveis em diversos setores industriais.

Apêndice 2: A Traxys e os minerais críticos

Uma nova investigação da ONG Global Witness levantou sérias dúvidas sobre a responsabilidade da União Europeia no conflito em curso no leste da República Democrática do Congo (RDC). O relatório revela que a Traxys, uma empresa de comércio de commodities sediada em Luxemburgo, comprou grandes quantidades de coltan exportado legalmente de Ruanda em 2024, mas acredita-se que esse material tenha vindo originalmente de Rubaya, uma área de mineração em Kivu do Norte controlada pelo grupo armado M23. Esse tráfico, disfarçado por meio de canais oficiais de exportação, é suspeito de financiar indiretamente um conflito brutal que deslocou centenas de milhares de pessoas e agravou a crise humanitária na região.

De acordo com dados alfandegários obtidos pela Global Witness, a Traxys importou 280 toneladas de coltan de Ruanda em 2024. No entanto, dois contrabandistas congoleses de coltan entrevistados pela ONG afirmaram que o material havia sido extraído de minas em Rubaya, onde o M23 exerce controle militar e administrativo. Uma fonte explicou que o grupo rebelde cobra um imposto de 15% sobre todos os carregamentos de coltan que passa por seu território. Este mineral, uma vez refinado e convertido em tântalo, é um componente essencial de smartphones, carros elétricos e outras tecnologias necessárias para a transição energética global.

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