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Jesus não era sacerdote: a falácia progressista da “desclericalização” por meio da via feminina. Artigo de José Carlos Enríquez Díaz

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17 Mai 2025

"O cristianismo não nasceu com mitras ou púrpuras, mas com toalhas para lavar os pés. Jesus não fundou uma hierarquia clerical; acusou os doutores da lei de sobrecarregarem as pessoas com fardos pesados e buscar os primeiros lugares", escreve José Carlos Enríquez Díaz, em artigo publicado por Ataque al Poder, 14-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O artigo de Merche Sainz, publicado em 14-05-2025 no “Redes Cristianas”, busca ser uma denúncia profética das estruturas de poder dentro da Igreja Católica, mas cai em uma contradição fundamental: acusa o modelo clerical de ser o problema, mas propõe como solução a inclusão das mulheres dentro do mesmo sistema que critica. Isso não é desclericalização, é clericalismo inclusivo.

Sua afirmação de que a ordenação feminina comporta uma “dupla clericalização” é uma falácia, é em si mesma um argumento falacioso, porque nega as consequências práticas, simbólicas e teológicas da reprodução da mesma estrutura de poder com diferentes protagonistas.

A imagem de mulheres vestidas com alvas e estolas, replicando a estética e os gestos rituais do ministério tradicional, não é um ato libertador, mas sim a apropriação de um modelo vertical que pretende perpetuar aquilo que pretende combater. Não se assiste aqui a uma ruptura estrutural, mas sim a uma simulação de mudança que acaba por reafirmar a natureza clerical como desejável. Se o problema é a pirâmide, colocar as mulheres no topo não a destrói: a legitima.

Sainz comete outro erro fundamental: identifica a resistência à ordenação de mulheres como uma defesa do poder masculino.

No entanto, muitos pensadores teológicos críticos do clericalismo – como José María Castillo, Juan José Tamayo e Xabier Pikaza – sublinharam que o problema não é apenas quem exerce o poder, mas como é concebido o próprio ministério.

Pikaza explica claramente: Jesus de Nazaré não foi um sacerdote, nem quis formar uma casta sacerdotal. A sua forma de liderança era radicalmente laica, itinerante, horizontal e orientada para o serviço.

A comunidade cristã primitiva não conhecia uma estrutura clerical como aquela que foi posteriormente institucionalizada pela Igreja na época do Império Romano. Não se trata, portanto, de democratizar o acesso ao ministério, mas sim de retornar ao modelo original: a liderança como serviço, não como poder sagrado.

O cristianismo não nasceu com mitras ou púrpuras, mas com toalhas para lavar os pés. Jesus não fundou uma hierarquia clerical; acusou os doutores da lei de sobrecarregarem as pessoas com fardos pesados e buscar os primeiros lugares.

A eclesiogênese que nasce do Evangelho assume a forma de uma comunidade, não de uma instituição piramidal.

Por que, então, vozes autoproclamadas “progressistas” como a de Sainz reivindicam um espaço para as mulheres nesse clericalismo que elas mesmas rotulam como tóxico? Porque o que buscam não é desmantelar a lógica do poder, mas conquistá-la.

A afirmação de que “a clericalização não tem a ver com o gênero” é uma meia verdade: certamente não é um problema exclusivo dos homens, mas também é certo que incluir mulheres nas estruturas clericais não transforma magicamente a natureza dessas estruturas. Quando as mulheres obtêm poder em instituições hierárquicas, podem reproduzir as mesmas dinâmicas de controle, sigilo e privilégio. E no âmbito eclesiástico, isso já se observa em certos setores onde mulheres com ministérios laicais adotam atitudes de separação dos fiéis, imitando mais o clero do que o Evangelho.

De fato, muitas das atuais defensoras da ordenação feminina já vestem paramentos litúrgicos, assumem funções pastorais próprias de padres e pedem títulos e reconhecimentos formais. Ou seja, elas já estão participando de uma clericalização simbólica que antecipa o que aconteceria com sua plena inclusão no ministério: uma duplicação do problema. Essa é a “dupla clericalização” contra a qual alguns teólogos alertam, com razão.

Não se trata de um medo reacionário, mas de uma análise estrutural: se o sistema está doente, não se curará adicionando diversidade à sua liderança. Cura-se repensando sua lógica desde a raiz.

Em última análise, o artigo de Merche Sainz mascara uma proposta fundamentalmente conservadora como proposta de renovação: perpetuar o modelo clerical com novos atores. A verdadeira desclericalização não consiste em ordenar as mulheres, mas em desmantelar a lógica do poder sagrado, em devolver protagonismo ao laicato, em repensar o ministério como serviço e, sobretudo, em recuperar a figura de Jesus como o líder não sacerdotal que ele foi.

Se queremos uma Igreja fiel ao seu Mestre, precisamos de menos ornamentos e mais lavagens. E isso não se consegue com cotas de gênero, mas com uma profunda conversão eclesial.

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