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17 Mai 2025

"O ataque do governo Donald Trump às universidades é um sintoma do pânico contemporâneo entre a direita neofascista americana diante do novo espectro da era. Semelhante ao que McCarthy empreendeu em meados do século passado, a reação precisa designar conspiradores internos para se conectar com seus rivais externos", escreve Jorge Elbaum, jornalista, sociólogo e doutor em Ciências Econômicas, em artigo publicado por Página|12, 16-05-2025.

Eis o artigo.

Em 1950, o senador estadual de Wisconsin, Joseph McCarthy, no âmbito do Comitê de Atividades Antiamericanas, iniciou uma caçada contra ativistas e militantes de esquerda. Essa perseguição fazia parte do pânico gerado pelos bem-sucedidos testes nucleares soviéticos. Até então, os Estados Unidos tinham um monopólio nuclear validado pelos massacres de Hiroshima e Nagasaki. A divulgação dos testes nucleares realizados em Semipalatinsk e o triunfo da revolução chinesa liderada por Mao Zedong coincidiram em 1949. Ambos os eventos deram origem à paranoia anticomunista que levou à pena de morte para Ethel Greenglass Rosenberg e Julius Rosenberg em 1953, acusados ​​de vazar informações críticas sobre infraestrutura nuclear.

Duas das muitas pessoas interrogadas pelo Comitê de Atividades Antiamericanas da Câmara, liderado por McCarthy, foram o dramaturgo judeu Arthur Miller e o ator afro-americano Paul Robeson. Ambos se recusaram a denunciar seus colegas, enquanto outros — como Elia Kazan — constituíram o protótipo do informante covarde. Miller escreveu – como resposta às perseguições – a peça The Crucible, traduzida para o espanhol como The Witches of Salem. O segundo é lembrado pela resposta memorável que deu ao inquisidor do Comitê depois de ser questionado sobre por que não iria morar na Rússia.

Robeson, comprometido com a luta pelos direitos civis – que o trumpismo atualmente classifica com desprezo como wokismo – respondeu: "Porque meu pai era escravo e meu povo morreu para construir este país. E eu vou ficar aqui e serei parte deste país tanto quanto vocês. E nenhum fascista vai me forçar a sair. Está claro? Eu apoio a paz com a União Soviética, apoio a paz com a China e não apoio a paz ou a amizade com o fascista Franco, e não apoio a paz com os nazistas alemães..."

Uma dimensão fundamental da construção simbólica do excepcionalismo americano foi construída sobre a legitimidade cultural sustentada por seu sistema universitário. No centro dessa estrutura acadêmica estavam os centros agrupados na chamada Ivy League, composta por oito universidades privadas localizadas no nordeste dos Estados Unidos. Essas universidades são: Brown, Columbia, Cornell, Dartmouth, Harvard, Pensilvânia, Princeton e Yale. Juntas, essas unidades de Ensino Superior ostentam uma riqueza formidável de descobertas científicas, patentes de inovação tecnológica e distinções científicas.

O ataque do governo Donald Trump às universidades é um sintoma do pânico contemporâneo entre a direita neofascista americana diante do novo espectro da era. Semelhante ao que McCarthy empreendeu em meados do século passado, a reação precisa designar conspiradores internos para se conectar com seus rivais externos. Esses indivíduos perigosos podem ser migrantes, narcoterroristas, apoiadores de programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), ativistas conscientes, membros do Estado Profundo ou simplesmente "espiões asiáticos".

Em outras latitudes, esses rótulos podem ser categorizados como planeros, kukas, mapuches, subversivos ou membros da casta política. A história da direita global destaca a necessidade de construir um inimigo interno para desviar a atenção das causas raízes de situações críticas, mobilizar paixões coletivas e empregar justificativas para legitimar perseguições ou crimes.

Seus golpes podem ser direcionados contra os armênios na Turquia de Mustafa Kemal Ataturk; comunistas, judeus e ciganos na Alemanha nazista; subversivos durante a ditadura genocida dos anos 1970 –na Argentina–; ou os islâmicos na "guerra ao terror" de George W. Bush e Barack Obama. Dessa forma, modelos reacionários conseguem estabelecer uma agenda alheia aos verdadeiros conflitos estruturais vinculados às lutas emancipatórias, à disputa entre soberania e mercado, e/ou entre capital e trabalho.

A responsável por lidar com o sistema educacional dos Estados Unidos é Linda McMahon, que tem um histórico ligado ao circo e aos shows de televisão. Em uma carta enviada por McMahon à Universidade de Harvard, a ex-empresária afirmou que a escola zomba do ensino superior ao tolerar o racismo, permitir o discurso esquerdista e restringir o pluralismo (ao não admitir o discurso conservador). A carta publicada na plataforma de mídia social de Elon Musk – repleta de erros ortográficos e gramaticais – revelou que os estudantes judeus se sentiam inseguros em suas salas de aula, dadas as manifestações em solidariedade ao povo palestino.

O encarregado de refutar as considerações de McMahon foi o presidente de Harvard, o médico judeu Alan Garber, que contestou as exigências de Trump, que previam: alterar o corpo docente; modificar os critérios de aceitação para estudantes estrangeiros (especialmente árabes, chineses e estudantes conscientes); impedir manifestações pró-palestinas; alterar o conteúdo curricular dos cursos oferecidos – especialmente em escolas ligadas ao estudo do Oriente Médio ou do conflito palestino-israelense; e aceitar a supervisão administrativa do Estado Federal.

Harvard é a primeira universidade da Ivy League a desafiar Donald Trump, que exigiu auditorias ideológicas de alunos e professores como condição para manter o financiamento público. "Harvard não deveria perder seu status de isenção de impostos", perguntou Trump por meio de sua conta de mídia social Truth, "porque é uma entidade política que continua a promover 'doenças' políticas, ideológicas e de inspiração terrorista?" Em 18 de março, o vice-presidente James Vance declarou que "Universidades e professores são nossos inimigos" e, um ano antes, alertou que "devemos transformar as universidades para que sejam mais abertas ao pensamento conservador".

O novo macartismo trumpista visa:

(a) demonizar qualquer um que questione as políticas colonialistas e criminosas de Israel, rotulando-os como antissemitas;

(b) enfraquecer as perspectivas de esquerda que estigmatizam como woke;

(c); disciplinar acadêmicos e intelectuais críticos à administração atual;

(d) Subsídios federais para educação: em meados de abril, o governo pediu ao Congresso que cortasse 15% (US$ 12 bilhões) do orçamento alocado para a educação primária e secundária. Entre eles, 1,6 bilhão em cortes no apoio a estudantes de baixa renda;

(e) limitar a admissão de estudantes que buscam doutorado ou pós-doutorado, especialmente estudantes islâmicos e/ou chineses, e

(f) destruir programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).

Meses atrás, outra escola da Ivy League, a Universidade Columbia, submeteu-se a todas as exigências e extorsões impostas pela Casa Branca, trazendo à tona memórias de passados ​​distantes ligados ao Ensino Superior. Na Itália fascista, em 1931, o regime de Mussolini exigia que todos os professores universitários fizessem um juramento de lealdade ao Estado. De mais de 1.200, apenas 12 recusaram. Em 1933, após a posse de Adolf Hitler, foi aprovada a Lei para a Restauração do Serviço Civil Profissional, que previa a demissão de professores comunistas, anarquistas, judeus e não arianos.

A Technische Hochschule, uma universidade em Stuttgart, decidiu homenagear Hitler com um doutorado honorário. Na mesma época, o filósofo Martin Heidegger, o discípulo mais proeminente de Edmund Husserl, assumiu como reitor da Universidade de Freiburg, apesar da oposição dos 14 professores "não arianos" que ainda lecionavam lá. Husserl foi destituído de seu título de professor emérito com a cumplicidade de seu discípulo, e seus livros foram queimados nos pátios da Universidade de Freiburg. Husserl morreu em 1938 sem que Heidegger comparecesse ao seu funeral. Em 1941, o autor de Ser e Tempo removeu a dedicatória original ao seu mestre Husserl da reedição de sua obra. Caça às bruxas, fascismo, macartismo, trumpismo e imitadores grotescos como Milei são todos variantes do mesmo raciocínio reacionário. Diante deles estão aqueles que não se submetem e aqueles que cedem.

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  • E se a resistência de Harvard a Trump se tornar um ponto de virada contra a Casa Branca?
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  • Autoritarismo e ataque às universidades. Artigo de Robson Sávio Reis Souza
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