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Teilhard de Chardin, presença que permanece. Artigo de Faustino Teixeira

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16 Abril 2025

"Teilhard dizia que 'nada é profano para quem sabe ver'. Uma frase que me acompanhou por toda a vida. Para o místico jesuíta, o nosso ser se prolonga pelo mundo. O que precisamos compreender, lembra o jesuíta, é que o sensível está sempre a nos inundar com suas inusitadas surpresas. Daí a importância de saber ler a presença do Mistério seja no trabalho das algas ou na indústria das abelhas, e também em tudo o mais que existe", escreve Faustino Teixeira, teólogo, professor emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos – IHU

Eis o artigo.

Um dos pensadores e místicos mais singulares do século XX foi Teilhard de Chardin. Foi um dos espirituais que muito estudei ao longo da vida, sendo despertado por sua reflexão desde a mais tenra idade, em razão do influxo de meu pai, que era também apaixonado por ele. Meu pai tinha toda a obra de Teilhard e divulgava com os filhos.

Fiz ainda, na adolescência, em Juiz de Fora, alguns cursos sobre Teilhard com a Irmã Aglaé, do Colégio Stella Matutina. Cursos que foram memoráveis. Depois veia a vida, novas trajetórias, mas Teilhard permaneceu... Na Universidade ele sempre estava presente nos meus cursos de mística. Pude orientar uma bela tese de doutorado sobre ele.

Teilhard nasceu no dia 01 de maio de 1881 e morreu na Páscoa de 1955, em New York. Estamos celebrando este ano os 70 anos de sua travessia.

É um espiritual que permanece vivo na memória. O seu livro, "O meio divino", de 1926, foi concebido nas trincheiras da I Guerra Mundial. O livro veio completado por outra obra prima, que é “ A Missa sobre o Mundo”. Teilhard nunca pôde publicar o livro “Meio Divino” em vida, em razão do clima fechado na conjuntura eclesiástica do período, que envolvia a própria Ordem dos Jesuítas. Apesar de todos os esforços empreendidos, nunca conseguiu autorização de seus superiores jesuítas para publicar o livro, que só saiu em 1957.

Na singular introdução do livro “O meio divino”, Teilhard sinaliza que o livro não foi feito para os que estão “bem” situados na igreja, mas para aqueles que estão em busca, que vivem sob a “angústia” ou a “fascinação”, ou seja, os que estão inquietos, seja dentro ou fora da igreja. Diz que o que se encontrará ali é “a eterna lição da igreja, apenas repetida por um homem que sente apaixonadamente com o seu tempo”, e que o que gostaria mesmo era de ajudar a todos o exercício de “ver a Deus em toda parte”. Uma obra que, em verdade, significa uma educação do olhar.

Teilhard dizia que “nada é profano para quem sabe ver”. Uma frase que me acompanhou por toda a vida. Para o místico jesuíta, o nosso ser se prolonga pelo mundo. O que precisamos compreender, lembra o jesuíta, é que o sensível está sempre a nos inundar com suas inusitadas surpresas. Daí a importância de saber ler a presença do Mistério seja no trabalho das algas ou na indústria das abelhas, e também em tudo o mais que existe. Tudo existe para ajudar no belo “acabamento do Mundo”. Em toda a obra do momento é ele, o Mistério Maior, que nos aguarda com alegria. Ele está na ponta da caneta, na picareta, no pincel, na agulha e no coração, como tão bem sublinha no seu livro espiritual. A seu ver, com razão, nenhum dos momentos de nossa ação no tempo estão subtraídos à adoração. O Mistério está sempre aí, envolvendo-nos com sua fragrância.

Para evitar controvérsias, o jesuíta foi enviado para bem longe, no deserto de Ordos, onde concebeu o livro “A missa sobre o mundo”. Permaneceu ali, como um “exilado”. Mesmo depois de morto, a controvérsia em torno de sua obra permaneceu, e foi “punido” pelo “Monitum” (advertência) do Santo Ofício, em 30 de junho de 1962. Pasmem!

No Ofertório da “Missa Sobre o Mundo”, Teilhard, começa dizendo:

“Visto que, uma vez mais, Senhor, agora não nas florestas do Aisne, mas nas estepes da Ásia, não tenho nem pão nem vinho nem altar, eu me elevarei acima dos símbolos até a pura majestade do Real, e vos oferecerei, eu, vosso padre, sobre o altar da Terra inteira, o trabalho e a fadiga do Mundo”. E complementa: “O meu cálice e a minha patena são as profundezas de uma alma largamente aberta a todas as forças que, num instante, vão se elevar de todos os pontos do Globo e convergir para o Espírito”.

Teilhard foi um apaixonado pela matéria do mundo, antecipando em décadas a reflexão cristã de acolhida positiva do mundo. Em sua reflexão sobre "a potência espiritual da matéria" falou:

"Para compreender o Mundo, o saber não basta; é preciso ver, tocar, viver na presença, beber a existência quente no próprio seio da Realidade (...). Até o último instante dos séculos, a Matéria será jovem e exuberante, resplandecente e nova para quem quiser (...). Não, a pureza não está na separação, mas numa penetração mais profunda do Universo".

Teilhard era alguém apaixonado pela "imensa simplicidade das coisas". Na "Missa sobre o Mundo" dizia que o que adorava era o "Deus palpável", o Deus que podia ser tocado "por meio de toda a superfície do Mundo da

Matéria". Teilhard reveste-se da seiva do Mundo em sua experiência espiritual. Sua visão é clara:

"Subo para o Espírito que me sorri para além de toda conquista, vestido com o esplendor concreto do Universo". O essencial para ele era a Diafania de Deus no Universo.

Durante toda a sua vida sofreu tremenda pressão conservadora da igreja católica. Dizia para uma amiga filósofa, Leontine Santa, em carta de janeiro de 1927: "Espero que pouco a pouco nos vamos aproximando do tempo em que os homens serão capazes de não amar ´nada senão a Terra`. Tudo o resto é demasiado pequeno para nós". Complementa ainda que é a própria Terra que nos enviará para o amor de algo maior.

Comenta com a amiga, Leontine, que passou por grave crise de "antieclesiasticismo" no inverno de 1929, e foi salvo pela força do Espírito. Comenta com ela que o olhar não pode estar unicamente voltado para a igreja, como se ela fosse "a única coisa no mundo" habitada pelo Espírito. Via isso como um grande equívoco. Lamentava ainda com ela que as igrejinhas não faziam senão nos esconder a beleza da Terra.

A espiritualidade de Teilhard estava também prenhe da presença feminina. Em sua obra, "O coração da Matéria", sublinha que o elemento feminino é o que garante o traço unitivo do Universo. Indica que sua visão interior não seria a mesma sem essa presença feminina iluminadora: sem ela faltaria uma "atmosfera essencial" para o seu trabalho. Entendia que nada poderia ser bem desenvolvido sem o influxo feminino. Era ele que poderia garantir a riqueza do olhar.

Sua amizade com Lucile Swan foi das coisas mais lindas, e isto está expresso na obra: Pierre Teilhard de Chardin & Lucile Swan. Correspondence. Bruxelles: Lessius, 2009. Vale muito a pena ler. Uma preciosa obra sobre sua vida e trabalho: Patrice Boudignon. Pierre Teilhard de Chardin. Sa viu, son oeuvre, sa réflexion. Paris: Cerf, 2008.

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