Hamas responde ao ultimato de Trump

Hamas | Foto: EPA/Free Malaysia Today

Mais Lidos

  • Legalidade, solidariedade: justiça. 'Uma cristologia que não é cruzada pelas cruzes da história torna-se retórica'. Discurso de Dom Domenico Battaglia

    LER MAIS
  • Estudo que atestava segurança de glifosato é despublicado após 25 anos

    LER MAIS
  • Momento gravíssimo: CNBB chama atenção para votação e julgamento sobre a tese do Marco Temporal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

07 Março 2025

Pedindo a libertação dos reféns, com "um inferno a pagar" depois, representantes do grupo extremista descreveram as ameaças de Trump como "incentivos" para evitar um acordo de paz.

A informação é publicada por Página12, 07-03-2025.

O movimento islâmico Hamas disse na quinta-feira que o ultimato do presidente dos EUA, Donald Trump, serve como um incentivo para Israel ignorar o já frágil acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A declaração vem em resposta às recentes ameaças de "morte" do republicano contra a "população de Gaza" se os reféns não forem libertados.

Em um comunicado, o porta-voz do grupo islâmico, Abdel Latif Al Qanoua, criticou as "repetidas ameaças" de Trump e disse que elas apenas "servem para apoiar Benjamin Netanyahu a apertar o cerco e a fome" no enclave. "A melhor maneira de libertar os reféns israelenses restantes é Israel iniciar as negociações para a segunda fase e respeitar o acordo assinado por meio dos intermediários", acrescentou o porta-voz, instando Washington, em seu papel de garantidor do cessar-fogo, a "pressionar" Israel a respeitar seus compromissos.

Por sua vez, as Brigadas Ezzedin Al Qassam, braço armado do Hamas, reafirmaram seu compromisso com os termos iniciais do acordo. "Apesar das tentativas do inimigo de fugir de suas obrigações, optamos por aderir ao acordo para evitar o derramamento de sangue de nosso povo e não dar a Israel um pretexto para retomar os combates", disse seu representante, Abu Obeida, em um vídeo.

"Olá ou adeus, você escolhe"

O ultimato de Trump veio depois que seu governo confirmou contatos diretos com o Hamas, um acontecimento sem precedentes, já que os Estados Unidos designaram o grupo como uma organização terrorista desde 1997. Até agora, nas negociações de cessar-fogo, o Catar agiu como intermediário entre Israel e o Hamas, que se recusou a se sentar com a delegação israelense ou americana.

"Ao povo de Gaza: um futuro lindo os aguarda, mas não se vocês mantiverem reféns. Se o fizerem, vocês estão mortos! Tome uma decisão inteligente. Libertem os reféns agora, ou haverá um inferno para pagar depois!", escreveu o republicano em sua rede social Truth.

Horas antes, o presidente americano havia se encontrado com parentes de oito reféns israelenses, cinco deles cidadãos americanos. Após a reunião, ele reiterou seu apoio incondicional a Israel: "Estou enviando a Israel tudo o que o país precisa para terminar o trabalho. Nenhum membro do Hamas estará seguro se não fizer o que eu digo".

Leia mais