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Primor de 'O Brutalista' compensa o vácuo do cinema americano atual. Comentário de Inácio Araújo

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22 Fevereiro 2025

"Talvez sejam isso as grandes obras, em especial essas, arquitetônicas, capazes de ser eternas, ao mesmo tempo em que são ideia e coisa a um só tempo. Elas podem dar sentido a uma vida? Dão sentido a um mundo sem sentido? Tomam por um instante o lugar da guerra incessante e criam, em vez de destruição, beleza?", escreve Inácio Araujo, crítico de cinema, em artigo publicado por Folha de S. Paulo e reproduzido por André Vallias no Facebook, 19-02-2025.

Eis o comentário.

"O Brutalista" pode ser definido como um filme do pós-Guerra. De um pós-Segunda Guerra que parece começar quando o eufórico húngaro László Tóth passa pela Estátua da Liberdade. Naquele momento, de desordem e miséria na Europa, os Estados Unidos representavam a energia, a criatividade, a proteção, o progresso para cidadãos de todo o mundo.

É lá que László pretende refazer sua vida. Mas o pós-Guerra ainda é a guerra — na Hungria ficaram a sua mulher, Erzsébet, e a sobrinha, Zsófia. László foi separado de Erzsébet pelos nazistas. Cada um foi parar num campo de concentração diferente. Agora, ele tenta trazer a mulher junto com Zsófia para os Estados Unidos.

László passará dificuldades enormes até o bilionário Harrison Lee Van Buren, da Pensilvânia, descobrir que ele é um arquiteto da célebre escola Bauhaus e tudo mais. Van Buren decide fazer um ambicioso monumento à memória de sua mãe — na verdade, a si mesmo — na sua propriedade, tão grande quanto sua fortuna. Não se sabe se Van Buren já tinha a ideia na cabeça e passou à prática ao localizar o arquiteto, ou vice-versa.

A proximidade de László com Van Buren facilita a vinda de Erzsébet e da sobrinha para os Estados Unidos. Então podemos perceber que a guerra não acabou. A sobrinha se recusa a falar, enquanto a mulher sofre de violenta osteoporose em decorrência da fome que passou. As marcas da guerra estão lá.

Aos poucos nos damos conta de que a guerra realmente não acabou, ao menos para Brady Corbet, autor deste filme —assim como "A Infância de um Líder", seu primeiro longa, notava que a Primeira Guerra não tinha acabado em 1918. Aqui, a guerra prossegue entre as vítimas dos nazistas, por exemplo. A família de László Tóth entre outros. Mas não só, a imensa bagunça em que se encontra a Europa nos anos seguintes incide sobre os personagens e seu destino.

Isso não é menos interessante do que a obsessão de László de construir sua grande obra, um projeto que resumiria sua vida. Mas não é fácil convencer os caipiras locais das virtudes da nova arquitetura, e muito menos de materiais então baratos como o concreto.

Como em seus filmes anteriores, Corbet leva seu drama buscando um episódio capaz de definir uma era, um modo de pensar. A diferença em relação às primeiras empreitadas — grandes painéis de uma era ou de um lugar — talvez esteja, em parte, no estilo, na escolha por um evento marginal como condutor de seu pensamento.

E também na maneira como desenvolve suas ideias, detidamente, sem pressa, sem medo de que um assunto tão pouco explorado pelo cinema como a arquitetura afugente o público. Nem, aliás, suas três horas e 40 minutos de duração, contando o intervalo de 15 minutos. A intriga se desenvolve sem pressa, como se Corbet buscasse assentar suas ideias solidamente.

Ideias sobre o mundo, mas sobre o cinema também. Porque as ambições de László e Van Buren por vezes são conflitantes, por vezes são complementares. A arquitetura e o cinema são, afinal, artes afins, porque supõem negociação permanente. Mas não só por isso.

É preciso compreender a questão da vontade implicada numa obra de arte, parece nos lembrar o autor deste filme. Porque as ideias de arquiteto e cineasta só existem se lançadas no espaço, não existem no papel. E a passagem do projeto à obra é feita de sacrifício, de perseverança, de ousadia.

Também aqui, esse painel mobiliza eras passadas e eras ainda por vir. Aqui se vive a paz de guerras não declaradas. Corbet se move por esse terreno sem pressa, ao mesmo tempo que constrói uma multidão de eventos que fazem o filme passar suavemente, como se tivesse uma hora e meia ou uma hora e 40 minutos. Nesses eventos, no entanto, não existem os bons e os maus, os certos e os errados — tudo envolve uma tessitura delicada, que retira qualquer moral do centro do conflito.

A isso se junta um modo particular de montagem, em que as cenas com frequência parecem ser cortadas antes de terminar, de modo que nos impede de compreender o significado e o objetivo de certos gestos ao mesmo tempo em que o filme se abre imensamente à ambiguidade dos gestos, das coisas, dos propósitos e mesmo dos destinos que temos diante de nós.

Ao contrário de tantos cineastas contemporâneos, que erigem cuidadosos simulacros do cinema clássico, Corbet nos restitui a crença na igualdade entre os signos e aquilo que acreditamos que seja real. Produz verdade, em suma, como László Tóth, aliás. O faz com um mergulho profundo na história e na ficção, no concreto e na alma das coisas.

Apesar das tantas comparações feitas, inclusive pelo próprio autor, com outros filmes e autores, "O Brutalista" me lembra outro filme gigantesco, "Terra dos Faraós", de 1955, em que um homem, um faraó, edifica uma pirâmide monumental que seja seu túmulo e, ao mesmo tempo, o torne eterno, mais que um homem.

Talvez sejam isso as grandes obras, em especial essas, arquitetônicas, capazes de ser eternas, ao mesmo tempo em que são ideia e coisa a um só tempo. Elas podem dar sentido a uma vida? Dão sentido a um mundo sem sentido? Tomam por um instante o lugar da guerra incessante e criam, em vez de destruição, beleza?

"O Brutalista" é uma obra-prima, que dificilmente não será reconhecida em seu tempo, compensa com rigor e paciência o imenso vácuo de quase todo o cinema atual dos Estados Unidos.

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