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Armas e carnívoros, um mundo sem futuro. Artigo de Francesco Strazzari

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12 Novembro 2024

"A redução da política internacional a meras relações de poder, a redução dessas últimas a “quão prontos estamos em caso de guerra” diz algo sobre os tempos que nos esperam e as tarefas que devem assumir aqueles que se opõem ao deslizar do discurso em direção a uma direita que se mostra tão impaciente para celebrar o fim da ordem internacional liberal que apoiou até ontem, quanto entusiasmada em reduzir a democracia a um atributo acessório", escreve o cientista político italiano Francesco Strazzari, professor de Relações Internacionais na Scuola Universitaria Superiore Sant’Anna, em Pisa, na Itália. O artigo foi publicado por Il Manifesto, 10-11-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O planeta está queimando e com sede, a água arrasta tudo, mas o passo obrigatório é nos armarmos, para não acabarmos como a panela de barro entre as panelas de ferro. Essa é a metáfora que vem guiando os líderes europeus desde o dia seguinte à vitória de Trump. Com ênfases darwinistas-sociais, Macron evocou um mundo de herbívoros e carnívoros, no qual, se nós, europeus, permanecermos herbívoros e não nos tornarmos pelo menos onívoros, acabaremos sendo presas dos carnívoros.

Uma Europa que não se arma se torna um mercado para os apetites alheio, tertium non datur. O comissário de defesa da UE in pectore, o lituano Andrius Kubilius, explicou aos membros do Parlamento Europeu como precisamos “gastar mais, gastar melhor, gastar juntos e gastar europeu”.

Mario Draghi foi explícito ao anunciar grandes mudanças, destacando como decisões importantes na Europa foram adiadas, à espera de um consenso que nunca chegou, enquanto surgiram problemas diante dos quais agora é imperativo agir sem demora. Os ministros da defesa da França e da Alemanha, reunidos em Paris, anunciaram consultas na próxima semana com a Polônia, o Reino Unido e, por último, mas não menos importante, a Itália. A inclusão de Londres é significativa, em um momento em que se espera que Trump, conhecido por detestar a UE e amar o Reino Unido, tentará desalinhar este último em relação ao continente, oferecendo uma posição privilegiada junto aos EUA (tarifas mais baixas?).

Na realidade, como mostra um relatório de pesquisa do Greenpeace, a UE há muito tempo se destaca por seu incentivo aos gastos militares, embora essa seja um âmbito que, historicamente, é prerrogativa dos Estados membros. Estes últimos se comprometeram em sede atlântica a aumentar seus gastos com a defesa acima de 2% do PIB. A fila é liderada pelos países bálticos e, na verdade, pela Polônia (bem acima de 4%), enquanto os países no flanco sul da OTAN, liderados pela Itália, permanecem abaixo do limiar.

Pela primeira vez desde a década de 1950, em 2024, em todos os países ocidentais que enfrentaram uma eleição, os partidos do governo perderam grandes parcelas do eleitorado, uma indicação de que algo não funciona quanto à direção da rota. Com os dados nas mãos, a performance eleitoral de Kamala Harris, jogada na briga na última milha, foi menos desastrosa do que muitos comentaristas afirmaram: uma derrota estreita, nascida da dificuldade de encarnar a descontinuidade e a mudança, mas distribuída por todos os estados-chave, com repercussões diante do avanço de uma direita capaz de veicular conteúdos supremacistas com o apoio dos homens mais ricos do planeta.

Eis o legado de Joe Biden: um plano industrial para a defesa que investe maciçamente no “arsenal das democracias”, um papel primordial para os EUA no mercado de energia e, finalmente, contra uma visão puramente econômica da globalização, um confronto mais acirrado com a China sobre as tecnologias mais avançadas. Essa linha foi transmitida à Europa, recebida calorosamente pela recém-nomeada representante política da UE, a estoniana Kaja Kallas, que abandonou a definição usual da China como “parceira, concorrente e rival sistêmica”, limitando-se à última definição: a China como rival sistêmica para a segurança geopolítica e econômica da UE.

O coração histórico da Europa unida, o eixo franco-alemão, é reafirmado no plano da vontade política, mas é sulcado por divergências sobre como responder aos desafios econômicos. Depois que a presidência de Macron se esforçou para colocar nas mãos da direita um governo nascido após a vitória eleitoral das esquerdas, nada permite pressagiar um final menos nefasto para a coalizão do governo alemão, que abriu sua crise no dia seguinte à vitória de Trump.

Enquanto isso, para alimentar um clima que justifica o salto para frente no rearmamento, o ministro da Defesa francês publicou um livro com o significativo título “Rumo à guerra?”, enquanto os conselheiros de Zelensky escrevem que a Ucrânia é a única coisa que se interpõe entre a Rússia “militarizada e agressiva” e a Europa “despreparada e desmilitarizada”. Nesse cenário, a Itália, como sempre, se ilude com a possibilidade de se beneficiar de um espaço de benevolência e favorecimento nas várias frentes. Opõe seu empenho militar nas missões multilaterais à demanda por mais gastos com defesa e espera evitar o impacto mais duro das tarifas sobre suas exportações. Pelo menos desde o último verão, as forças de governo começaram a fazer distinções em relação à frente atlantista mais convicta, tanto em relação à Ucrânia (onde foi necessário que Meloni declarasse que a Itália permanecerá ao lado da Ucrânia enquanto houver guerra) quanto em relação às eleições na Geórgia.

Uma defesa comum exige uma cultura estratégica compartilhada, em uma Europa que tende a se dividir em questões internacionais importantes (por exemplo, Palestina/Israel, tarifas sobre a China).

Então, qual é a plausibilidade de se manter uma frente europeia unitária na defesa e que modelo surgirá? A redução da política internacional a meras relações de poder, a redução dessas últimas a “quão prontos estamos em caso de guerra” diz algo sobre os tempos que nos esperam e as tarefas que devem assumir aqueles que se opõem ao deslizar do discurso em direção a uma direita que se mostra tão impaciente para celebrar o fim da ordem internacional liberal que apoiou até ontem, quanto entusiasmada em reduzir a democracia a um atributo acessório.

Enquanto iniciativas para reintroduzir o alistamento obrigatório estão em andamento em vários países, o debate sobre a defesa europeia já é um fato. A Comissão Von der Leyen 1 cultivou a ambição de uma Europa geopolítica. Abalada pelo fim da globalização liberal e pela incerteza sobre o futuro da comunidade de segurança atlântica, a Comissão Von der Leyen 2 aspira a cultivar uma Europa geoestratégica. É preciso manter esse debate aberto e transparente: quais são os modelos possíveis, com quais perfis de eficácia esperados? Quais são os custos da inação e as implicações para o pacto social, para a transição ecológica e para os direitos fundamentais? Para tudo isso é necessária uma esquerda capaz de assumir posições unitárias e responsáveis, capaz de chamamento aos princípios da igualdade: uma atitude séria na avaliação da importância do que está em jogo, sem abdicar da vocação da Europa como força de transformação da política internacional para além dos estreitos espaços do militarismo nacionalista. Um mundo só de carnívoros não tem futuro.

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  • Os Povos Indígenas, a Constituição e a Descolonização do Direito. Artigo de Gabriel Vilardi 

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