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A era da informação é uma 'Crise da narração'? Este livro diz que sim

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24 Setembro 2024

"Han evita evidências e nuanças em favor de clichês superficiais. Isso fica ainda mais evidente em sua assertiva displicente de que os humanos se transformaram de homo sapiens em 'phono sapiens'. Seus argumentos são apenas versões um pouco mais refinadas de uma tecnofobia desinformada", escreve Ryan Carroll, doutorando em Inglês e Literatura Comparada na Universidade da Carolina do Norte, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 21-09-2024.

Eis o artigo.

Vivemos, como ouvimos com frequência, em um mundo cheio de informação, dados desenraizados que estão eliminando toda a humanidade de nossas vidas. O filósofo católico, nascido na Coreia e radicado na Alemanha, Byung-chul Han, recentemente aclamado como uma sensação da internet, oferece uma dessas explicações em A crise da narração. O fino volume de ensaios sugere que o verdadeiro mal da informação é que ela substituiu uma prática mais essencial da vida humana: a narração.

Livro "A crise da narração", de Byung-chul Han

Esse argumento, Han reconhece, pode soar estranho, porque parece que ouvimos falar de narrativa o tempo todo. As empresas contratam escritores para contar histórias com dados. Terapeutas cognitivo-comportamentais e gurus de autoajuda convidam pacientes a investigar as histórias que contam a si mesmos. A mídia e os políticos constroem narrativas políticas para manter apoiadores ao seu redor.

Mas A crise da narração sugere que essas são narrativas apenas no nome; elas não têm o poder de criação de mundo dos mitos ou rituais religiosos. A verdadeira narração, para Han, "une coisas e eventos, até mesmo coisas triviais, insignificantes ou incidentais, em uma história". Em outras palavras, ela infunde o mundo ao nosso redor com significado.

Não vivemos nesse tipo de mundo, argumenta o livro; vivemos em um mundo onde informações desconexas e desumanas saturam as plataformas de mídia social, dispositivos inteligentes e a mídia. Em contraste com a narrativa, que entra na experiência humana, a informação é "inacessível", "desencantada", "fragmentadora" e "mecânica".

As mídias sociais são o alvo mais frequente de Han. Embora plataformas como o Instagram promovam seu conteúdo como "Stories" (histórias), elas contêm apenas "informação adornada com imagens — informação que é brevemente registrada e depois desaparece".

A crise da narração é escrito no mesmo estilo dos livros anteriores de Han (mais famosos, Psicopolítica e A sociedade do cansaço): aforístico, conciso, mais parecido com um filósofo romântico alemão do que com um acadêmico contemporâneo. Poucas frases são longas; quase nenhum parágrafo ocupa mais do que algumas linhas.

O benefício é que a escrita de Han é bastante legível. O lado negativo é que há pouca nuança em suas ideias, o que se torna cada vez mais claro à medida que o livro avança. Cada capítulo gasta cerca de metade de seu comprimento citando generosamente um pequeno grupo de filósofos existencialistas do século XX, depois traçando conexões frágeis com o mundo atual.

O resultado é menos um diálogo crítico e mais uma regurgitação. Han cita Martin Heidegger, insere um parágrafo sobre smartphones e depois conclui.

Não é necessariamente um problema recorrer a pensadores de décadas atrás (muitos dos pilares de Han, como Walter Benjamin, oferecem explicações premonitórias sobre a sociedade contemporânea). Mas Han é um leitor mais habilidoso da filosofia do período entre guerras do que da vida digital moderna. À medida que ele tenta integrar a filosofia do século XX em um relato do presente, as críticas se tornam denúncias mal desenvolvidas: o Snapchat é passageiro; o Facebook e o Instagram são desonestos; selfies são superficiais; crianças procuram "surpresas digitais" em vez de maravilhamento; fotografias nos desconectam do mundo.

Pode haver algo a ser explorado em cada um desses argumentos, mas Han evita evidências e nuanças em favor de clichês superficiais. Isso fica ainda mais evidente em sua assertiva displicente de que os humanos se transformaram de homo sapiens em "phono sapiens". Seus argumentos são apenas versões um pouco mais refinadas de uma tecnofobia desinformada.

Um elemento especialmente curioso da escrita de Han em A crise da narração é sua visão romantizada do cristianismo, particularmente do catolicismo medieval. Para ele, a Idade Média representa um momento em que o mundo estava saturado de significado narrativo e tudo, cada "canto e recanto da vida", era dotado de significado pelo ritual cristão. A verdade não era "contingente, intercambiável e modificável", como supostamente é agora, porque a religião (ele diz) "narrava a contingência para longe".

"Um surto de peste não era informação pura e simples", ele argumenta em outro lugar. "Ele era integrado à narrativa cristã do pecado".

Han esclareceu que não acredita em reativar a "narrativa cristã", já que ela perdeu poder no mundo ocidental. Mas é difícil ler sua denúncia antimoderna fora do contexto do tradicionalismo ressurgente. Com certeza, Han está citando Jean-Paul Sartre, não G.K. Chesterton. Mas o cerne de seu argumento é que a fé (chamada) pré-moderna na narrativa se deteriorou em uma cultura superficial que carece dos "rituais" que poderiam dar significado à vida. Vivemos, ele insiste, em um mundo depravado.

Nesse angústia pós-queda, Han se apega à ideia de que houve dias de glória onde as pessoas usavam a religião para dar significado, em vez de tuitar. Mas essa visão do cristianismo pré-moderno é questionável.

Certamente, o cristianismo foi uma força cultural poderosa. Mas muitos escritos da época, como o humor irreverente e frequentemente anticlerical dos Contos da Cantuária, de Chaucer, ou a profunda ansiedade de Piers Plowman, de William Langland, refletem que a narrativa cristã nunca realmente "eliminou a contingência". A incerteza sempre existiu — a dúvida cristã é tão antiga quanto o próprio cristianismo.

Por outro lado, a abordagem romântica de Han em relação à narrativa o impede de ver como as práticas narrativas modernas, especialmente as cristãs, estão engajadas com o mundo da informação.

Uma imagem no Instagram pode parecer fragmentada, mas o ato de compartilhar pode, em si, ser um ritual de criação de significado — como quando uma selfie sincera de uma mãe privada de sono se torna um espaço para compartilhar conversas honestas sobre a maternidade e cultivar a comunidade amada virtualmente.

Uma linha do tempo no Twitter pode parecer apresentar notícias do mundo como fatos rarificados, mas, como no caso da violência obscena da invasão de Gaza, esses fatos também podem ser transmutados em histórias, ícones sagrados e rituais.

Um rolo de vídeos aleatórios pode parecer desconexo, mas a oração reflexiva — o ato de narrativizar as próprias experiências diante de Deus — pode iluminar os movimentos do Espírito Santo através do humor pessoal tocante, novo conhecimento ou imensas frustrações das redes sociais.

Esses tipos de atividades representam o cerne da prática cristã: encontrar Deus no mundo em que nos encontramos. É verdade, a informação apresenta novos desafios. Precisamos de discernimento cuidadoso e da coragem para encontrar novas maneiras de narrativizar a relação humana com Deus. Mas, mesmo no mundo da informação, os humanos continuam a narrar o significado gracioso.

O argumento de Han pode ser convincente se você já acreditar em tudo o que ele diz antes de começar a ler o livro. Mas sua lógica reacionária ignora a vibrante atividade narrativa que continua a pulsar em nossas vidas digitais.

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