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18 Setembro 2024

Segundo levantamento, quase 16 mil podem depender de helicópteros para usar as urnas; situação é a pior já registrada.

A reportagem é de Matheus Santino, publicada por Agência Pública, 17-09-2024.

“Na eleição ninguém sabe como nós vamos chegar para votar. Esse é o maior problema, nós não sabemos. As autoridades competentes têm que tomar uma posição sobre nossas condições, porque está feio”, é o que diz o barqueiro Francisco Osório, 63 anos. Ele é morador da Ilha Marrecão, em Manacapuru, município próximo a Manaus, no Amazonas.

No estado, 120 mil eleitores em 37 municípios devem passar por dificuldades no dia das eleições municipais deste ano. Isso porque um monitoramento do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) aponta que 263 locais de votação serão afetados pela estiagem recorde que atinge a região. Com rios secos e sem alternativas de transporte por terra, esses eleitores podem não conseguir se deslocar para votar. São 504 seções eleitorais nessa situação, de acordo com dados atualizados em 12 de setembro.

A situação é ainda mais crítica em 12 municípios, classificados pelo TRE em condições impeditivas. Neles, o local de votação possivelmente ficará isolado e deve exigir o uso de helicópteros. Quase 16 mil eleitores votam nessas áreas, que abrangem 35 locais de votação e 67 seções.

O município com mais pessoas em áreas impeditivas é Parintins, com mais de 5 mil eleitores nessas condições. Os locais de votação atingidos ficam próximos ao rio Amazonas. Parintins é também a cidade com maior número de locais de votação que podem ficar impedidos, com sete.

O levantamento do TRE traz também locais com condição severa e moderada. Na condição severa, que abrange locais com dificuldade muito grande para se chegar e que podem depender de transporte animal, são 108 locais de votação, 192 seções e 44 mil eleitores atingidos. Já na moderada, estão áreas que apresentam dificuldade, mas que podem ser acessadas com pequenas embarcações, como lanchas. Nessa categoria estão 120 locais de votação, 245 seções e mais de 60 mil eleitores atingidos.

Reprodução: Agência Pública 

 

A Agência Pública conversou com Leandro Simão, secretário de Tecnologia da Informação do TRE-AM e um dos idealizadores do levantamento. Segundo o secretário, no começo do ano foi enviado um formulário para cada chefe de cartório para entender como o processo eleitoral seria afetado caso a situação da seca de outubro de 2023 se repetisse em 2024. O painel do TRE foi feito com essas informações junto a um relatório trimestral da Defesa Civil.

Simão explica que as eleições sempre acontecem no período de seca, mas, neste ano, o desafio se tornou maior. “O mês de outubro no Amazonas é um mês de seca, só vai começar a chover e ter água lá para dezembro, então o TRE do Amazonas sempre fez a eleição com certa dificuldade. Obviamente que, em 2024, por conta de ser a maior estiagem, a dificuldade aumentou”, diz.

Por ser uma situação prevista, já existe um plano traçado para deslocamento de pessoal e equipamentos no período de eleições. “O TSE [Tribunal Superior Eleitoral] faz um convênio com o Ministério da Defesa. O ministério comanda a ordem para as Forças Armadas fazerem o apoio logístico ao TRE. Dentro desse apoio logístico, nós temos as rotas de helicóptero, [em] que são utilizados os equipamentos da Aeronáutica e do Exército. A gente utiliza esses equipamentos para fazer alguns deslocamentos, levar a equipe da eleição, o técnico de transmissão, o mesário, o policiamento para as localidades de difícil acesso”, diz.

Neste ano, a diferença é que alguns municípios que não tinham dificuldades estão sendo atingidos pela seca e tendo que mudar a estratégia. “Nessa eleição já tiveram três pedidos de helicóptero que não estavam na eleição passada, não estavam no plano inicial e vão entrar agora, municípios que perceberam que está mais seco do que deveria estar e vão ter dificuldade”, conta.

Entre os novos pedidos de helicóptero está Iranduba. São mais de mil eleitores que podem ficar isolados em Iranduba, em três seções da cidade, todas próximas ao Rio Negro.

Seca afeta locais de votação no terceiro município mais populoso do Amazonas

Em Manacapuru, na região metropolitana de Manaus – o terceiro município mais populoso do estado –, a seca deve aumentar o tempo que as pessoas vão levar para conseguir votar.

“Na eleição de 2022, eu estava lá, fiz a distribuição das urnas por local de votação de difícil acesso da zona rural. No sábado, a partir das 13h, foram saindo os barcos. Nessa eleição de 2024, ela vai ter que fazer isso de manhã. Vai continuar sendo barco, as pessoas vão se deslocar nos barcos, só que eles vão ter que fazer de manhã, porque um deslocamento que antes durava duas horas agora vai durar quatro. Vai ter que ser mais lento, a embarcação normalmente é menor, o nível da água baixa e a embarcação pode ficar atolada”, diz Simão.

Apesar das dificuldades, o técnico garante que não existe a possibilidade de adiamento ou de cancelamento das eleições.

Manacapuru tem 18 locais de votação e 31 seções eleitorais em condições severas, com dificuldade muito grande para chegar. São mais de 8 mil eleitores afetados. Além disso, o município tem quatro locais de votação em condição moderada, afetando 881 eleitores.

Em entrevista para a Pública, Sabriane Guedes, chefe de cartório da cidade, diz que as eleições sempre acontecem no período de seca, mas que Manacapuru nunca tinha sido tão afetada quanto em 2024. “Geralmente, no segundo turno chega a atingir aqui [a seca], mas só temos segundo turno em eleições estaduais. A estiagem sempre ocorre aqui no município, só que da maneira severa como está acontecendo esse ano e aconteceu no ano passado realmente nunca chegou a acontecer”, diz.

Manacapuru fica na região do baixo Solimões. Segundo relatório feito pela Defesa Civil do Amazonas, a estação de referência que fica na cidade registrou o nível de 7,54 metros no dia 9 de setembro. Nos últimos 10 anos, os níveis do rio Solimões em Manacapuru iniciaram o mês de setembro em média, com os valores de 14,04 metros – quase o dobro do nível registrado agora.

Guedes conta que são os canais e lagos próximos ao rio que transportam a comunidade e que municípios próximos também serão afetados. “No Rio Manacapuru, o que liga as comunidades são canais e lagos. O maior é o Lago Grande, que liga várias comunidades e o município de Caapiranga, que também faz parte da sexta zona. Esse lago secando, que é a previsão, dá para passar com as rabetas [motor para embarcações] ou de canoa mesmo”, explica.

Além do Lago Grande, comunidades que estão próximas ao Lago Sacambu também podem ficar isoladas por conta da seca. Segundo o painel do TRE, são seis locais de votação próximos que estão em condição severa.

Guedes diz que o trabalho por enquanto é acompanhar a situação e, caso ocorra um aumento da seca, alterar logísticas, aumentar os dias de deslocamento e mudar os tipos de transporte. Nesse acompanhamento, eles vão até os locais e conversam com as comunidades e as pessoas responsáveis. “A gente vai ter que acompanhar dia após dia. Hoje a previsão é que com as voadeiras, que é o transporte mais comum para os locais, todos cheguem aos seus locais de votação, mas daqui a 15 dias pode ser que esteja mais seco”, comenta.

Uma das mudanças de logísticas que podem ser feitas é o envio da urna eletrônica por helicóptero até as comunidades. “De acordo com o que a gente conversou, tanto com as pessoas da comunidade quanto com as que fazem o transporte, é que vamos conseguir chegar. Mas, na pior das hipóteses, não conseguindo chegar, como as comunidades não têm como sair de lá, aí será feito o envio da urna, do material e do helicóptero”, diz Guedes.

O barqueiro Francisco Osório, nascido e criado na ilha do Marrecão, em Manacapuru, conta que a seca deste ano está mais severa do que a de 2023. “Ano passado, nessa época, nós passávamos aqui tranquilo. Isso é só o começo ainda, nós não sabemos até quando a estiagem vai. A situação está crítica para o nosso lado, a água já começou a ficar verde, daqui uns dias não presta nem para o consumo e nós não temos de onde tirar. Se nós não virmos buscar na cidade, nós vamos beber ela mesma”, conta sobre as dificuldades que a seca trouxe.

O agricultor e pescador Janderson Lima, 27 anos, morador da comunidade Pesqueiro, às margens do rio Solimões, conta que a seca dificultou seu trabalho. “Olha a distância que está ficando a praia. A tendência é cada dia ficar mais seco e mais longe. Está ficando muito difícil para trabalhar, carregar água, nossa plantação, carregar banana, carregar macaxeira”, diz. Lima explica que precisa tirar os produtos da plantação e carregar até a beira do rio para colocar nas embarcações. Hoje, o trajeto está demorando cerca de 15 minutos.

O pescador mora em uma casa flutuante, com sua esposa, sua filha e seu pai. Por conta da seca, a casa da família está encalhada, sem condições de mudar de local. “Devido à seca ser muito grande e muito rápida, não deu tempo da gente tirar o flutuante e nem o barco, aí encalhou”, explica.

Josué Oliveira, 51 anos, pai de Janderson e também agricultor e pescador, diz que o prejuízo é grande, pois terá que mandar calafetar a embarcação. Sobre as eleições, Josué fala que “vai ser complicado, porque a distância que está para a gente ir pegar a canoa e atravessar para Manacapuru. Tem que ir para a cidade votar, é tudo na cidade”, diz.

A seca passada que pode se tornar futura

A última atualização do Monitoramento de Secas e Impactos no Brasil, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostra que, no mês de agosto, o estado do Amazonas tinha quatro municípios em situação de seca extrema, 36 em severa e 22 em moderada. Segundo dados publicados em 3 de setembro, a previsão para o mês é de oito municípios com seca extrema, 42 com severa e 12 com moderada.

Segundo José Antônio Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, a seca que assola o Amazonas em 2024 é a mesma de 2023, e não uma nova. “No momento, podemos dizer que está mais grave do que o ano passado, porque, na verdade, esta seca de 2024 já tinha começado em 2023. Em 2023, os níveis dos rios caíram em setembro, choveu um pouco em janeiro, mas depois começou a cair novamente. Ou seja, a situação chuvosa de verão foi muito fraca e isso não compensou. Desta vez não está chovendo nada, e isso, combinado com altas temperaturas, está fazendo com que o nível dos rios esteja caindo muito, pior que no ano passado”, diz.

Marengo comenta que o esperado era que, terminando o fenômeno do El Niño, as chuvas voltariam ao normal, mas isso não aconteceu, levando à continuação da seca. Perguntado sobre as previsões para o final do ano e início de 2025, ele aponta para o perigo de mais um período de estiagem. “Não é outra seca, é a continuação da seca do ano passado. Se não chover em outubro, nós podemos ter continuação desta seca no verão de 2025, que é a nossa maior preocupação. Se não chove num momento certo, podemos ter uma repetição da situação atual, que já é ruim”, diz.

Segundo Marengo, pode acontecer de o fenômeno La Niña se intensificar, acompanhado de chuvas na Amazônia, mas ele acha difícil que sejam chuvas abundantes, capazes de molhar o solo. “Por enquanto há um desbalanço, ar seco, solo seco, altas temperaturas, falta de chuva, muita radiação solar, é o ideal para aumentar o risco de fogo e reduzir o nível dos rios”, completa.

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