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31 Agosto 2023

A justiça – pelo menos um pouco de justiça – finalmente chegou, mesmo que com meio século de atraso: na segunda-feira, o Supremo Tribunal do Chile condenou definitivamente a penas entre 8 e 25 anos de prisão sete militares aposentados pelo sequestro e assassinato do músico, poeta, diretor e autor de teatro Víctor Jara e do diretor do serviço penitenciário Littre Quiroga, confirmando a sentença proferida pelo Tribunal de Recurso em novembro de 2021.

A reportagem é de Claudia Fanti, publicada por Il Manifesto, 30-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Para Raúl Jofré González, Edwin Dimter Bianchi, Nelson Haase Mazzei, Ernesto Bethke Wulf e Juan Jara Quintana, todos com idades entre 73 e 86 anos e todos com boas carreiras militares em seu passado, as portas da prisão abrir-se-ão agora, onde certamente não viverão o suficiente para cumprir a pena de 25 anos. Porém, não estará entre eles Hernán Chacón Soto, hoje general de brigada, mas na época major, que preferiu tirar a própria vida. A polícia chilena o encontrou morto quando foi buscá-lo para levá-lo à prisão. Ele tinha 86 anos. Era sua a pistola Steyr 9 mm, de onde foram disparadas cinco das 44 balas encontradas no corpo de Víctor Jara.

Terá de cumprir oito anos o advogado e coronel Rolando Melo Silva, culpado de ter ocultado os dois sequestros e os dois assassinatos. À lista ainda falta o ex-tenente Pedro Barrientos, pendente de extradição dos Estados Unidos, onde se estabeleceu com o retorno da democracia e onde acabou de ser privado de cidadania. Num processo civil, o Tribunal Federal da Flórida já o havia considerado, em junho de 2016, responsável pelo assassinato do cantor e compositor, condenando-o a pagar à sua família um ressarcimento de 28 milhões de dólares.

A sentença da Suprema Corte é o último ato de um caso judicial extremamente longo – que se reflete nas 15 mil páginas dos autos processuais - que já havia dado os primeiros passos em 1978, mas iniciara oficialmente apenas vinte anos depois, após a prisão de Pinochet em Londres por crimes contra a humanidade. E chegou num momento especial, poucos dias antes do 11 de setembro, quinquagésimo aniversário do golpe contra Salvador Allende e de 16 de setembro, quinquagésimo aniversário do brutal assassinato de um dos artistas símbolo do movimento social e musical conhecida como Nova Canção Chilena (do qual também fazem parte Isabel e Ángel Parra, Inti-Illimani, Quilapayún).

Mas, embora já tenham passado 50 anos, a lembrança do autor de “Te recuerdo Amanda” e de “Plegaria a um Labrador”, entre as muitas outras músicas inesquecíveis, não poderia estar mais viva. O fato de sua obra musical – centrada em temas como fraternidade, justiça social, denúncia de abusos do poder – ter sobrevivido à passagem do tempo, havia se manifestado da maneira mais clara durante o levante social de 2019, quando suas canções estiveram entre as mais cantadas pela rica trilha sonora da revolta popular. Enquanto na Itália sua memória vem sendo mantida viva por Daniele Sepe com seu álbum “Conosci Victor Jara?” [Você conhece Victor Jara?], publicado em 2000 justamente por il manifesto com o objetivo de apresentar aos contemporâneos a história, a poesia e a música do artista chileno.

Um artista que nem sequer se considerava tal: “Sou um trabalhador musical, não um artista. O povo e o tempo dirão se sou um artista. Neste momento sou um trabalhador que se posiciona com uma consciência bem definida como parte da classe trabalhadora que luta para construir uma vida melhor”.

Ele havia declarado isso em Lima, em 29 de junho de 1973. Não tinha nem quarenta anos. Sobravam-lhe menos de dois meses de vida.

Militante do Partido Comunista e grande apoiador do governo de Unidade Popular do presidente Allende, Jara foi capturado em 12 de setembro, um dia após o golpe, na Universidade Técnica del Estado, onde lecionava, e de lá conduzido para o Estádio Chile, inaugurado em 1969 e transformado depois do golpe num centro de detenção e tortura: “Nesta pequena parte da cidade, somos cinco mil aqui”, escreveria na sua última poesia: “Canto, que mal gosto você tem / Quando tenho que cantar espanto. / Espanto como o que vivo, / Como o que morro, espanto".

Naquele estádio, que mais tarde em 2003 seria renomeado Estádio Víctor Jara, o cantor e compositor foi brutalmente torturado pelos militares, que visaram particularmente o seu rosto e nas mãos, conforme teria relatado o juiz Miguel Vázquez durante o processo de primeira instância em julho de 2018. O fato de suas mãos terem sido decepadas, porém, é apenas uma lenda, nascida de um artigo do escritor Miguel Cabezas publicado em 2 de janeiro de 1974 no jornal argentino La Opinión e repetidamente negado por sua esposa Joan Jara, conforme reconstrói o historiador Mario Amorós em sua famosa biografia dedicada ao cantor e compositor, "La vida es eterna".

Entre uma tortura e outra, sem comida e água, com algumas costelas quebradas e o rosto desfigurado, Jara conseguiu enviar uma mensagem para sua esposa e filhas através de um companheiro que havia sido solto: "Diga a elas que estou bem. Não fale sobre o que estão fazendo comigo. Eu não quero que saibam". No dia 15 de setembro, enquanto os presos estavam prestes a ser transferidos para o Estádio Nacional – o mesmo em que o Chile se classificaria para a Copa do Mundo de futebol no dia 21 de novembro, jogando sozinho sem adversários (por causa do boicote da União Soviética) – eles novamente o levaram para os porões, disparando 44 balas contra ele.

Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio próximo ao cemitério de Santiago no dia 16 de setembro, juntamente com outros presos políticos, entre os quais Littré Quiroga, e levado ao Serviço médico legal, onde um jovem funcionário, que reconhecera o compositor e temia que pudesse ser enterrado em uma vala comum, avisou a esposa. Graças a ele, Joan Jara conseguiu enterrá-lo em um nicho do cemitério geral de Santiago.

Em dezembro de 2009, após 36 anos, seus restos mortais foram exumados por ordem da justiça chilena e sepultados em uma cerimônia oficial na presença da então presidente Michelle Bachelet. E de 12 mil pessoas.

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