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02 Setembro 2023

"O problema que pertence à esfera da penitência e não do medo da berlinda (vergonha significa vereor gognam) é outro: pelo fato do Evangelho não ter sido capaz de condenar a idolatria da onipotência masculina, como por exemplo condenou, bem antes da modernidade iluminista, a escravidão, mas, ao contrário, a incorporou à sua doutrina", escreve Alberto Melloni, historiador italiano, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação de Ciências Religiosas João XXIII, de Bolonha, em artigo publicado por Corriere della Sera, 28-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A proporção de homens adultos que, dentro de relações de proximidade e confiança, abusam de crianças, em busca de uma relação de pura dominação que a emancipação das mulheres está tentando evitar, é enorme. A comissão Sauvé fez um cálculo na França do pós-guerra a pedido da Conferência Episcopal Francesa: contou 5,5 milhões de perpetradores que encontraram a forma de criar uma intimidade para estuprar e, em seguida, garantir para si um nicho de silêncio no familismo machista, na respeitabilidade burguesa ou na sua contestação libertária.

Uma parte desses crimes foi cometida pelo clero católico (3,9% na França). Parcialmente acobertado por bispos que aumentaram o número das vítimas confundindo pecado e crime. Eventos, casos que colocam um problema que vai muito além da solene “vergonha” que a Igreja Católica expressou desde os tempos de Bento XVI ou da adoção de legislações inspiradas na tolerância zero com o qual Rudolph Giuliani tentou, sem sucesso, limpar o metrô de Nova York, merecendo um lugar na história para aquilo que os juristas chamam de “populismo penal” (Denis Salas) ou “o direito penal como religião de massa” (Massimo Donini).

O problema que pertence à esfera da penitência e não do medo da berlinda (vergonha significa vereor gognam) é outro: pelo fato do Evangelho não ter sido capaz de condenar a idolatria da onipotência masculina, como por exemplo condenou, bem antes da modernidade iluminista, a escravidão, mas, ao contrário, a incorporou à sua doutrina. Em 2002, trabalhando num número da revista “Concilium” dedicado à “traição estrutural da confiança”, iludíamo-nos de que a teologia e a hierarquia pudessem começar a discutir quando e por que a pregação do evangelho não tivesse identificado três incubadoras de abuso, a saber:

  • 1) uma teologia da família, definida do século XIX “primeira célula da sociedade” por ser o lugar de uma assimetria arquetípica entre o pater familias e os objetos do seu poder;

  • 2) uma teologia do sacerdócio que, alimentada por espiritualidade febricitante, fazia do padre um homem duplo: idêntico a Cristo no altar e impune fora do presbitério;

  • 3) uma teologia do poder eclesiástico, que, em vez da obediência, ensinava a sujeição pedagógica nos seminários e noviciados. E – nos conta um importante livro de Céline Hoyeau sobre A Traição dos Padres (Queriniana Editrice) - ensinava a subordinação que desaguava no abuso carnal nas novas comunidades monásticas e nos movimentos seculares nascidos a partir do pós-guerra.

Mais factual do que o relatório Sauvé – literalmente um auto-de-fé geral numa base estatística – Hoyeau conta sem eufemismos como em todas ou quase todas as experiências religiosas francesas nascidas no período do Vaticano II houve fundadores, guias, líderes que eram venerados pelos seguidores e honrados pela hierarquia como portadores de uma temporada espiritual que, segundo os conservadores, deveria remediar as desilusões do pós-concílio: e que justamente graças a isso subjugaram principalmente os adultos – na maioria mulheres, muitas vezes religiosas – e que as tornaram vítimas de violências de consciência, primeiro, e sexuais, depois.

Uma galeria de horrores em que se destaca o filósofo dominicano Marie-Dominique Philippe, que seduzia as suas vítimas com doutrinas mariológicas horripilantes (Maria “esposa de Cristo”) ou com elucubrações morais sobre relações carnais sem penetração, análogas àquelas de Bill Clinton (“Eu não tive relações sexuais com aquela mulher") sobre seu relacionamento com Monica Lewinsky. E ao lado do père Marie-Do uma cadeia de fundadores da qual nem mesmo Jean Vanier saiu isento - um leigo, não casado, que viveu na L'Arche em meio a gravíssimas deficiências mentais, e acusado após sua morte de uma série de relações com mulheres adultas que podem ser ligadas à figura do abuso de consciência e sexual.

“Os ídolos estão caindo”, comentou um bispo tolo, feliz em ver o conservadorismo dos Grigi, o esteticismo litúrgico da comunidade das Bem-Aventuranças, o sucesso dos Focolares, acusados de crimes, pecados diferentes entre si, mas no final suficientes para construir, como faz Céline Hoyeau, uma lógica da suspeita que parece ansiar pelo retorno ao século XVI de Paulo IV.

Uma lógica que aplica ao jornalismo investigativo o teorema "psicológico" - expresso na Itália pelo Pe. Amedeo Cencini, o inquisidor de Bose - segundo o qual só a morte ou a eliminação do fundador torna adulta uma comunidade: um teorema que por um lado deveria levar à reiteração da proibição do Lateranense IV de escrever regras ou comunidades para evitar uma torpeza "fisiológica". Por outro lado, absolveu apenas um ator, ou seja, o papado: quando em 1988 o Papa Wojtyla decidiu “terceirizar” para os movimentos a festa de Pentecostes (uma das três que na tradição litúrgica têm a missa da meia-noite que nenhum bispo celebra), quando decidiu tornar o “carisma” dos fundadores de novas comunidades os profetas daquelas “minorias criativas" teorizadas por Ratzinger, deu cobertura a tudo: o que considerava imperfeitas sublimações ou vocações imaturas, que hoje parecem incubadoras de feiuras e crimes.

O papado de Francisco livrou-se daquele passado: sem colocar o problema das causas, sem pedir aos bispos um esforço de pensamento evangélico sobre aquelas questões teológicas básicas, mas criando um sistema penal sumário de tribunais "marciais", que fazem com que cada bispo hoje (mesmo aquele que daqui há muitos anos será eleito bispo de Roma em seu lugar) esteja consciente de que tanto uma verdade inconveniente como uma calúnia infame poderão inibir a função que lhe foi confiada por Deus. Sempre melhor que o silêncio conivente, é claro. Mas permanece intocada a surdez à palavra evangélica que permitiu os abusos dos pequenos e das religiosas: à espera de uma teologia, de um magistério, de um concílio ou de todos os três.

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