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Contaminação por mercúrio. Artigo de Rogerio Aparecido Machado

Garimpo. (Foto: Reprodução | Câmara dos Deputados)

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16 Fevereiro 2023

"Não tenhamos a ilusão de que será suficiente apenas parar o garimpo naquela que tudo voltará ao que era a décadas atrás. A contaminação do solo, bem como do fundo dos rios, é algo demorado e exige tecnologia para sua remediação", escreve Rogerio Aparecido Machado, professor de Química e Meio Ambiente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em artigo publicado por EcoDebate, 15-02-2023.

Eis o artigo.

A situação atual no norte do país quanto a contaminação por mercúrio e consequente efeito nefasto sobre a população indígena pode parecer que está aflorando agora, mas na realidade, tanto no nosso país como em outras partes do mundo, a contaminação por este metal não é novidade, muito menos exclusividade do século XXI.

Até mesmo antes do século XX, já se usava mercúrio para muitas aplicações e, até recentemente, o tínhamos em tratamento dentário, no caso de obturações dentárias.

Uma das perguntas que não quer calar sobre o assunto: Por que o mercúrio é tão perigoso?

A resposta poderia ser até simples. Este metal, diferente de muitos outros, não possui função alguma no organismo humano, e pior, é extremamente difícil retirá-lo do corpo humano, pois possui toxicidade alta para o nosso organismo.

Quando ele entra no corpo, se aloja em órgãos vitais como rins e fígado, sem contar o sistema nervoso central, onde este metal atua de tal forma que chega a tirar toda capacidade do ser humano controlar seus movimentos e até raciocínio, chegando ao óbito.

Na verdade, o mercúrio em si, o metal que conhecemos visualmente como um líquido metálico, quando em contato com a pele ou mesmo em sua ingestão ocasional, este quase não é absorvido, apenas 0,1% podem ser absorvidos, a maioria é excretado nas fezes ou urina.

O problema pode começar quando o mercúrio passa para sua forma iônica, o qual pode ser absorvido em até 20% pelo nosso organismo. As plantas podem acumular mercúrio nesta forma.

Mas, esta não é a forma mais letal. A forma mais preocupante é a que chamamos de metilada, ou seja, quando o mercúrio se combina com moléculas orgânicas e fica na forma de metilmercúrio, um organo metálico. Esta forma, organometálica, é absorvida em até 99% pelo nosso organismo.

No entanto, o mercúrio usado no garimpo é o líquido metálico, conforme citado o menos absorvido pelo ser humano; como poderia então ser tão perigoso o mercúrio em questão?

No garimpo, quando ocorre a descoberta de ouro, este pode estar agregado a outros minerais, como rocha, por exemplo, e para se separar o ouro da rocha, o garimpeiro joga mercúrio metálico na rocha, sendo que o mercúrio irá fazer uma amalgama, espécie de liga entre o ouro e o mercúrio, ficando o ouro ligado ao mercúrio na forma líquida.

Por que isto acontece, ou seja, por que se forma uma amalgama? Devido a diferença na estrutura atômica do ouro em relação ao mercúrio ser apenas de um elétron, isto facilita em muito a formação imediata da liga líquida (amalgama) e por consequência ocorre a extração do ouro de onde ele está agregado.

Para separação desta liga e recuperação do ouro, o garimpeiro coloca a liga líquida num tipo de prato metálico e com auxílio de um maçarico, ele queima a liga, sendo que o mercúrio com ponto de ebulição menor que 400 graus Celsius evapora, ficando assim no prato o ouro fundido com poucas impurezas. Este é um processo rápido.

O problema/desastre ambiental: quando o mercúrio evapora, o primeiro a ser contaminado é o operador do maçarico que está próximo ao mercúrio que está evaporando, sendo que ele inala diretamente o vapor, entrando na sua corrente sanguínea.

 

O mercúrio evaporado é levado pelo ar e se deposita em plantas e, como geralmente é ambiente fluvial, a maior parte do mercúrio cai nos rios.

Este mercúrio metálico pode ser absorvido pelas plantas dos rios, passando a mercúrio iônico e, posteriormente, ser o alimento dos peixes, os quais absorvem o mercúrio iônico e o transforma em metilmercúrio.

Ainda existe a grande possibilidade de o mercúrio metálico ser absorvido pelo peixe no seu processo de respiração onde ele succiona a água contaminada e, por sua vez, metaboliza o mercúrio no seu organismo.

O ser humano vai se contaminar, principalmente se alimentando dos peixes contaminados, os quais possuem o mercúrio na sua forma metilada, e acabará absorvendo o mercúrio contido no peixe de forma quase total.

A contaminação da população indígena está acontecendo a muitos anos desta forma, e por estarem isolados, só agora com divulgação do grande desmatamento para aumentar a área de garimpo, bem como a nítida contaminação de rios amazônicos, a população em geral está começando a saber o drama vivido pelos índios brasileiros.

Não tenhamos a ilusão de que será suficiente apenas parar o garimpo naquela que tudo voltará ao que era a décadas atrás. A contaminação do solo, bem como do fundo dos rios, é algo demorado e exige tecnologia para sua remediação.

Este pode ser um erro que o Brasil tenha que conviver por muitas décadas, e infelizmente até por século, pois os locais contaminados não são de fácil acesso. Porém, a impressão é que ninguém pensa em tal problema, apenas no lucro almejado, custando o que vai custar por anos.

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