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O fascínio da autodestruição. Artigo de Massimo Recalcati

Reprodução da obra Two Figures in the Grass, de Francis Bacon | Fonte: Wikioo

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17 Outubro 2022

 

"Se a vida é uma inquietação ingovernável, a tendência humana é alcançar à sua quietude. A pulsão de morte opera semeando destrutividade, mas não para afirmar a vida, mas para realizar a sua mais radical negação".

 

O texto é de Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pávia e de Verona, publicado por La Stampa, 15-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

A aula magna Freud e a pulsão de morte, de Massimo Recalcati, foi proferida durante o “KUM! Festival”, realizado em Ancona, de 14 a 16 de outubro. Em espaço de "manifestação que dá vida a um diálogo sobre o cuidado de si, do outro e do mundo frágil e ferido em que vivemos".

 

Segundo o psicanalista, "não é por acaso que, no aparente poder afirmativo da bomba atômica que faz do homem o senhor do mundo, se esconde a ação secreta da pulsão de morte. No caso de seu uso, de fato, o exercício do máximo poder se reverteria de forma inexorável em sua autoanulação".

 

Eis o artigo. 

 

Numa época em que a presença atroz da guerra voltou a ocupar, inacreditável e tragicamente, a cena da Europa, ressoam as palavras que Freud dedicara à Grande Guerra do século passado. Aos seus olhos, encarnava a tendência agressiva, gananciosa, autoafirmativa do humano que vive o outro como um obstáculo à sua realização. O embate entre estados encontrava sua razão inconsciente nessa indomável pulsão agressiva. O amor ao próximo é, de fato, apenas uma fábula que a religião contou para ocultar o fato brutal de que os homens não passam de um "bando de assassinos".

 

Entretanto, nessa perspectiva, a guerra, assim como a destruição e a violência, continua sendo interpretada pelo pai da psicanálise como um comportamento de defesa e autopreservação das próprias fronteiras ameaçadas pela presença do estrangeiro. No entanto, Freud já vislumbra algo mais desconcertante na agressividade humana: não apenas a violência que a guerra desencadeia é uma resposta à existência da alteridade como uma possível ameaça de violação de nossas fronteiras, mas sua raiz narcísica mostra sua própria aspiração suicida.

 

É este, aquele entre agressividade e autodestruição, um nexo inédito que Freud estabelece. De fato, o mito de Narciso conta o quanto a adoração pela própria imagem possa resultar fatal, arrastando a vida para a morte. É o que acontece com Caim: o fato de ser filho único é traumaticamente minado pela chegada de Abel. Em termos psicanalíticos, trata-se de uma ferida narcísica que o obriga a entrar em relação com uma alteridade que o lembra que ele não é o único filho sobre a terra, portanto, que o destitui de sua posição de privilégio absoluto. Conhecemos a resposta de Caim: o fratricídio é a tentativa desesperada de zerar a diferença restaurando a ilusão narcísica de ser o único filho sobre a terra. Mas esse mesmo gesto de destruição acaba sendo um ato de autodestruição: Caim perde tudo o que tinha e se descobre fugitivo e errante sobre a terra.

 

Essa dimensão narcísica-suicida da agressividade leva Freud ao passo maior e realmente desconcertante que ele realiza com a escrita de Além do Princípio do Prazer logo após o fim da Primeira Guerra Mundial. Um passo inédito que vai gerar uma forte e perturbada reação no próprio mundo da psicanálise. Consiste em pensar a morte não como o simples destino da vida, mas como pulsão constantemente presente na vida, como pulsão de morte (Todestrieb). Não se trata mais de mostrar com que manobras o ser humano tenta ocultar a morte como meta última da vida (refugiando-se, por exemplo, na ilusão religiosa), mas de mostrar que existe uma pulsão originária para a morte no ser humano. Tese que confunde toda representação hedonista do homem.

 

Ao contrário do que se queria acreditar a partir da Ética de Aristóteles até o utilitarismo de Bentham, o homem não tende de modo algum à própria vantagem evitando o mal. Freud mostra de forma perturbadora que o que define o humano é uma inquietante tendência a levar a vida para a morte, para sua destruição, para sua autoanulação. Se o princípio do prazer ordena teleologicamente a vida (buscar o prazer e evitar o desprazer), segundo uma moderação dos excessos que encontramos no centro da ética aristotélica, o ser humano vive para além do princípio do prazer. Não a temperança, mas a intemperança, não a virtude mediana, mas o excesso. O humano deseja não o bem, mas o prazer para além do bem.

 

Mais precisamente, Freud mostra a existência de uma aspiração inconsciente para sua própria destruição. Basta pensar na experiência da dependência química em que o prazer máximo coincide com o risco vital máximo. Em primeiro plano, portanto, não está a angústia diante da foice da morte que golpeia inexoravelmente a vida que gostaria de continuar a viver, mas a tendência da vida a negar a si mesma, a querer exterminar-se.

 

Mas por que a vida estaria contra si mesma? Esse é o escândalo da pulsão de morte e do além do princípio do prazer: a vida rejeita a vida como fonte inesgotável de perturbações. A mais profunda das pulsões – a pulsão de morte - aponta, portanto, para a quietude, para o zero, para a anulação de toda forma de tensão. A morte não é mais a decapitação da vida, mas sua meta almejada.

 

É uma tese que subverte a concepção ocidental do homem: a vida humana não busca de forma alguma o seu bem, mas nutre uma profunda aversão por si mesma. Freud reconhece Schopenhauer como seu único mestre: o filósofo de Danzig havia, de fato, sido o primeiro a perceber a tendência mais profunda do ser pulsional do homem na aspiração ao Nirvana. Se a vida é uma inquietação ingovernável, a tendência humana é alcançar a sua quietude. A pulsão de morte opera semeando destrutividade, mas não para afirmar a vida, mas para realizar a sua mais radical negação.

 

Dessa forma, Freud amplia a dimensão suicida do narcisismo: todo homem gostaria conservadoramente de levar de volta a vida à sua quietude originária. É uma tentação inconsciente da qual é difícil escapar: mergulhar num gozo mortal, no indiferenciado, no abismo de uma paz que, negando a vida, gostaria de poder negar também o desequilíbrio sempre excessivo da alegria e da dor que a vida traz necessariamente consigo.

 

Não é por acaso que, no aparente poder afirmativo da bomba atômica que faz do homem o senhor do mundo, se esconde a ação secreta da pulsão de morte. No caso de seu uso, de fato, o exercício do máximo poder se reverteria de forma inexorável em sua autoanulação.

 

Leia mais

 

  • Freud e a religião. Revista IHU On-Line, Nº. 207
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