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O riso não precisa ser idiota

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15 Setembro 2022

 

"Será a dramaturgia mais democrática, mais inteligente que o riso?", escreve Marcelo Zanotti, estudante dos cursos de História e Jornalismo da Unisinos.

 

Eis o artigo.

 

Vinte, trinta anos atrás, o humor na TV, melhor dizendo, o humor na emissora líder em audiência e em gosto, a Globo, entrou em crise. Haviam três formas principais de fazer rir, uma com Chico Anysio, outra com Jô Soares e a terceira, que então nascia, com o grupo do Casseta e Planeta, que foi fazer a TV Pirata. Chico Anysio envelheceu, mantendo um humor assentado em tipos e estereótipos, e perdeu o destaque. Hoje seria improvável um episódio que era fácil de ver há quarenta anos, quando importantes intelectuais, se ausentavam de reuniões e palestras importantes para verem Chico Anysio. Não seria impossível só porque Chico Anysio está morto, mas também porque a TV Globo já não exerce a mesma dominação em cima do povo e, com o humor saindo da TV aberta, onde só sobrou "A Praça é Nossa", e indo para a internet e TV paga, atrai apenas um grupo especifico de espectadores, não a sua massa. Isso é uma coisa muito antiga, vejamos o caso de Jô Soares, falecido recentemente:

 

 

Jô Soares, embora estivesse na ribalta também há muito tempo, renovou-se. Mas no fim dos anos 80 ele estava em crise. Penso, mesmo, que foi ele quem melhor percebeu a necessidade, e as dificuldades, de se renovar. Seu programa de humor tinha duas vertentes principais. Uma era a da crítica política, que gerou personagens esplêndidas ao longo do infindável ocaso de nosso dinossauro, a ditadura militar. Ele criou o porta-voz esverdeado, paródia do porta-voz do general Figueiredo; o ministro Sardinha, da Agricultura ("meu negócio são números"), alusão a Delfim Neto; o paranoico, que sempre achava que o queriam enredar em posições contra o regime. Mas seu melhor papel foi o general do "tubo", um militar que passa em coma os seis anos da presidência de João Batista Figueiredo. Ao saber que o país tinha mudado, o general mandava tirar o tubo que o mantinha vivo, até ouvir algo que o alegrasse, tipo, Antonio Carlos Magalhães é ministro, Sarney é presidente etc. "Deixa o tubo!", terminava a cena, querendo dizer que nada mudou no Brasil.

 

 

A outra vertente de Jô Soares era uma comédia de costumes marcada pelo preconceito contra mulheres e gays, que seriam, elas e eles, fúteis. A soma das duas vertentes garantia para o cômico um público enorme, tanto culto quanto vulgar, mas, no final dos anos 80, estava ficando impossível a coexistência entre os dois registros. É como se a crítica política resultasse na TV Pirata, enquanto a censura à dissidência comportamental ficava com Chico Anysio. Que lugar restava a Jô Soares, nossa mais brilhante individualidade cômica, nesse quadro? Provavelmente foi essa a razão para ele sair da comédia e ingressar no talk show, claro, temperando-o de graça cômica.

 

E foram esses os anos de glória e originalidade da TV Pirata. Só que também eles acabaram aderindo ao estereótipo, é certo que em tom irônico, rindo do negro mas com uma piscadinha de olhos, como a dizer que sabiam que isso era errado, preconceituoso. Foi o seu jeito de agradar aos dois públicos, o vulgar e o culto (a piada para o vulgo, a piscada para o culto). De todo modo o humor Pirata decaiu, e hoje o riso televisivo tem raros momentos de inteligência. Parece que o impasse sentido por Jô Soares em tempos da Nova República, longe de se superar, apenas acentuou seu caráter implacável.

 

 

Por que isso? Concordo plenamente que, na maior parte dos programas, a TV é entretenimento, que exige leveza e despretensão. Nada de policiar as piadas! O inquietante, porém, é que as pessoas se descontraiam ouvindo o que há de pior no preconceito. Faz quarenta anos que as novelas defendem a igualdade dos sexos, mas o humor ainda passa a ideia de que as mulheres são fúteis gastadoras do dinheiro de seus maridos. Será a dramaturgia mais democrática, mais inteligente que o riso? Parece ser esse o fato, mas por que? O riso não precisa ser idiota.

 

 

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