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Só a psicanálise pode nos ensinar a rezar de uma nova maneira. Artigo de Massimo Recalcati

Foto: Krishh | Unsplash

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27 Julho 2022

 

"A inversão é resoluta: não se reza para ser perdoados ou amados pela onipotência do Outro, mas se reza, se se quer rezar, para encontrar a nossa falta, para perceber como essa falta pode se transfigurar em ato de doação para o Outro. Essa é a profunda subversão que desconcerta o paradigma freudiano: não se reza para que o Outro atenda nossos pedidos, mas para amar o Outro. A solidão e o silêncio necessário do orante são comparados ao, igualmente necessário, do amante: não se trata de rezar para se sentir amados, mas de rezar para amar; o que está em jogo não é 'pedir', mas 'dar-se'; deixar-se atravessar pela vida, pelo seu excesso e pela sua falta; fazer 'A experiência de se tornar o que estou vivendo'", escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pavia e de Verona, em artigo publicado por La Stampa, 26-07-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Não se trata de rezar a um Outro mágico e protetor, mas de confiar-se ao silêncio e doar-se. Assim Nicolò Terminio desafia com uma tese subversiva o veredicto freudiano.

 

Existe uma tradição consolidada de estudos que contrapõe sem qualquer possibilidade de diálogo a psicanálise à religião. Ela encontra sua primeira matriz no severo juízo de Freud sobre a religião considerada como um delírio ou uma neurose da humanidade. Para essa tradição, não teria sentido questionar a experiência da oração com a psicanálise, pois nela não encontraríamos senão a regressão infantil do orante à posição de criança indefesa que, angustiada por sua fragilidade, invoca o próprio pai idealizado através do substituto da figura do Deus todo-poderoso da religião bíblica.

 

Poucos psicanalistas questionaram a experiência da oração desafiando o caráter implacável do veredicto freudiano. Tenta fazê-lo com coragem e grande honestidade intelectual Nicolò Terminio nesse pequeno e surpreendente livro, L'eredità creativa. Preghiera e testimonianza tra cristianesimo e psicoanalisi (A herança criativa. Oração e testemunho entre cristianismo e psicanálise, em tradução livre, ed. Il melangolo). Por que surpreendente? Porque parece direto, como se diz de quem tem as costas retas ou de quem vai direto ao ponto sem se entregar a divagações supérfluas. Ser direto, nesse sentido, tanto ético quanto metodológico, é efetivamente um traço da personalidade e da teorização de Terminio: seguir direto pelo próprio caminho, nesse caso, não indica nenhum dogmatismo, nenhuma rigidez moral, mas aquele caráter decidido do desejo que segundo Jacques Lacan define o sujeito ético ao final da análise.

 

L' eredità creativa. Preghiera e testimonianza tra cristianesimo e psicoanalisi

 

Mas surpreendente não é apenas o caráter postural do livro e de seu autor, mas sobretudo de suas teses. A primeira diz respeito precisamente à experiência da oração: ao contrário do reducionismo freudiano que remete essa prática a uma regressão infantil do sujeito que a experiência da psicanálise deve ajudar a superar, para Terminio é precisamente graças à experiência psicanalítica que podemos aprender a rezar de uma nova maneira. É uma tese inédita e de certa forma subversiva; claramente se trata de acessar outra forma de oração que não aquela em que o próprio Freud se debruça.

 

Existe, de fato, uma forma neurótica de oração que consiste em dobrar essa prática à exigência fantasmática de ser recompensados pelo Outro (Deus). Neste caso, em primeiro plano está a necessidade do sujeito de se sentir justificado pela existência de um Outro obrigado a responder à sua invocação.

 

Aliás, ainda mais precisamente, nessa forma de oração o Outro é chamado em causa como o que deve sancionar ou premiar o nosso comportamento por sermos viciosos ou virtuosos. O risco é o de entregar a oração à lógica sacrificial que exalta a mortificação do desejo como expressão de uma dedicação sem reservas à Lei (severa e punitiva) do Outro; é o de colocar Deus no lugar de um "Outro reparador" que tem a responsabilidade de nos salvar ou de nos prejudicar. Esta versão da oração essencialmente reduz a própria oração a um pedido de absolvição.

 

A tese subversiva de Terminio é que graças à psicanálise podemos aprender a rezar de uma nova maneira. Nessa nova forma de oração, não se trata de invocar um Outro mágico e protetor, mas, sobretudo, de "entregar-se ao silêncio". Afinal, a quem nos dirigimos quando rezamos, pergunta-se Terminio, se como psicanalistas acreditamos na inexistência do Outro? Na oração, o primeiro passo não é aquele - ao contrário do que pensava Freud - de consolidar o Outro da fé como extensão da imagem paterna idealizada, mas de operar seu esvaziamento radical; “ao invés de preencher a falta do Outro, trata-se de permitir que o Outro faça emergir a nossa falta”.

 

A inversão é resoluta: não se reza para ser perdoados ou amados pela onipotência do Outro, mas se reza, se se quer rezar, para encontrar a nossa falta, para perceber como essa falta pode se transfigurar em ato de doação para o Outro. Essa é a profunda subversão que desconcerta o paradigma freudiano: não se reza para que o Outro atenda nossos pedidos, mas para amar o Outro. A solidão e o silêncio necessário do orante são comparados ao, igualmente necessário, do amante: não se trata de rezar para se sentir amados, mas de rezar para amar; o que está em jogo não é "pedir", mas "dar-se"; deixar-se atravessar pela vida, pelo seu excesso e pela sua falta; fazer “A experiência de se tornar o que estou vivendo”.

 

Abre-se aqui o espaço onde Terminio pode apresentar sua segunda tese audaciosa: "Todo herdeiro nada herda exceto o ato de herdar." O tema do testemunho aparece em primeiro plano. Também neste caso, como foi feito com a oração, é preciso distinguir duas formas do testemunho: a primeira está simbolicamente vinculada ao ideal do ego e à figura do pai como aquele que sustenta esse ideal ajudando a moldar a vida do sujeito. Nesse caso, o testemunho alicerça-se na existência de um modelo e na identificação subjetiva a ele que oferece uma "bússola" ao filho para que ele possa se orientar no mundo.

 

O segundo testemunho não implica uma identificação ideal, mas um encontro com a encarnação singular de um desejo. Seu efeito não é o de orientar a vida, mas de produzir sobre ela um "efeito de realidade", ou seja, de fazer surgir o caráter ético do desejo. Esse efeito não implica a existência de um modelo exceto sua radical dissolução.

 

Nesse sentido, Terminio pode escrever que "um verdadeiro herdeiro nada herda exceto o próprio ato de herdar". O exemplo preciso e sugestivo que Terminio propõe é aquele tirado de um filme de Scorsese de 2011, Hugo Cabret; um pai conserta uma máquina “e o filho vê que os olhos do pai brilham quando lhe mostra aquela engenhoca a que falta uma chave. Quando o pai morrer, o que permitirá ao filho seguir seu próprio caminho, em qualquer caso, será aquele brilho nos olhos do pai”. Aqui, como se vê, o centro permanece vazio; nenhuma pregação, nenhuma exortação educativa, nenhuma advertência disciplinar, nenhum modelo ideal, nenhum ato exemplar institui a transmissão da herança. Em primeiro plano apenas uma pequena "sobra" do pai: seus olhos que brilham. O testemunho é assim reduzido a um corte, a um traço.

 

Leia mais

 

  • O enigma de Ulisses, herói narcisista que escolheu o Outro. Artigo de Massimo Recalcati
  • Psicanálise, religião e ciência: desafios da sociedade contemporânea. Entrevista especial com Benilton Bezerra Júnior
  • A crítica de Freud à religião. Entrevista com Hans Zirker
  • O que une palavra e oração. Orar é pedir que o Outro nos deseje
  • A psicanálise em busca de fé
  • Oração, respiro da alma. Artigo de Gianfranco Ravasi
  • Manuscrito de Freud faz leitura psicanalítica inédita da figura de Cristo
  • Por uma filosofia do testemunho. Giorgio Agamben

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