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Pensar o impensável? A vida e o tempo. Artigo de Leonardo Boff

Foto: Pixabay

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27 Abril 2022

 

"Mas a vida é tomada por uma pulsão interior que não pode ser freada. A vida quer irradiar, se expandir e se encontrar com outras vidas. A vida é só vida quando é vida com e vida para", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor. 

 

Eis o artigo. 

 

Foi-me solicitado escrever alguns pensamentos sobre a vida e o tempo, destinados aos jovens de hoje. Eis o que escrevi:

 

"Meus caros jovens,

 

Considerem a vida, o valor supremo, acima do qual só há o Gerador de toda vida, aquele Ser que faz ser todos os seres. Os cientistas, especialmente o maior deles que se ocupou do tema da vida, o russo-belga I. Prigogine afirmou: podemos conhecer as condições físico-químico-geológicas que permitiram o irromper a vida há 3,8 bilhões de anos. O que ela seja, no entanto, permance um mistério.

 

Mas podemos seguramente dizer que o sentido da vida é viver, simplesmente viver, mesmo na mais humílima condição. Viver é realizar, a cada momento, a celebração desse evento misterioso do universo que pulsa em nós e quiçá em muitas outras partes do universo.

 

A vida é sempre uma vida com e uma vida para. Vida com outras vidas, com vidas humanas, com vidas da natureza e com vidas que por acaso existirem no universo e que um dia puderem se comunicar conosco. E vida para dar-se e unir-se a outras vidas para que a vida continue vida e sempre se perpetue.

 

Mas a vida é tomada por uma pulsão interior que não pode ser freada. A vida quer irradiar, se expandir e se encontrar com outras vidas. A vida é só vida quando é vida com e vida para.

 

Sem o com e sem o para a vida não existiria como vida assim como a conhecemos, envolta em redes de relações includentes e para todos os lados.

 

A pulsão irrefreável da vida faz com que ela não queira só isso e aquilo. Quer tudo. Quer até a Totalidade, quer o Infinito. No fundo, a vida quer ser eterna.

 

Ela carrega dentro de si um projeto infinito. Este projeto infinito a torna feliz e infeliz. Feliz porque encontra, ama e celebra outras vidas e tudo o que está ao seu redor, mas é infeliz porque tudo o que encontra, ama e celebra é finito, lentamente se desgasta, cai sob o poder da entropia e acaba desaparecendo. Apesar dessa finitude em nada enfraquece a pulsão pelo Infinito e pelo Eterno.

 

Ao encontrar esse Infinito repousa, experimenta uma plenitude que ninguém lhe pode dar, mas que só ela pode desfrutar e celebrar. O infinito em nós é o eco de um Infinito maior que sempre nos chama e nos convoca.

 

A vida é inteira, mas incompleta. É inteira porque dentro dela está tudo: o real e o potencial. Mas é incompleta porque o potencial ainda não se fez real. E como o potencial é ilimitado, o nosso tipo limitado de vida não comporta o ilimitado. Por isso nunca se faz completa para sempre. Permanece como abertura e espera para uma completude que quer e deve, um dia, acontecer. É um vazio que reclama ser plenificado. Caso contrário a vida não teria sentido. Não seria a morte o momento de encontro do finito com o Infinito?

 

Eis que com a vida, surge o tempo. Que é o tempo? O tempo é a espera daquilo que pode vir a acontecer. Essa espera é a nossa abertura, capaz de acolher o que pode vir, fazer-nos mais inteiros e menos incompletos.

 

Viva intensamente cada momento do tempo! O passado já não existe porque passou, o futuro não existe porque ainda não veio. Só existe o presente. Viva-o com absoluta intensidade, valorize cada momento, ele traz o futuro para o presente e enriquece o passado.

 

Cada momento é a irrupção do eterno. Só pode ser vivido. Não pode ser apreendido, aprisionado e apropriado. Só ele é. Um dia foi (o passado) e um dia será (o futuro). Do tempo nós só conhecemos o passado. O futuro nos é inacessível porque ainda não é. Nós, no entanto, vivemos o “é” do presente que nunca nos é concedido prendê-lo. Ele simplesmennte passa por nós e se vai. Ele possui a natureza da eternidade que é um permanente “´é” O tempo assim significa a presença fugaz da eternidade. Nós estamos imersos na eternidade.

 

Viva esse “é” como se fosse o primeiro e o último. Assim você mesmo se eterniza. E eternizando-se participa Daquele que sempre é sem passado nem futuro. Um é eterno.

 

Podemos falar do tempo, mas ele é impensável. Esse é eterno está vinculado ao que as tradições espirituais e religiosas da humanidade designaram como Mistério, Tao, Shiva, Alá, Olorum, Javé, Deus, nomes que não cabem em nenhum dicionário e estão para além de nosso entendimento. Diante dele afogam-se as palavras. Só o nobre silêncio é digno.

 

Mesmo assim cada um deve dar-lhe o nome que é o nome de sua participação n'Ele e de sua total abertura a Ele. Esse nome fica inscrito em todo o seu ser temporal, mas principalmente pulsa em seu coração. Então o seu coração e o coração d'Aquele que eternamente é, formam um só e imenso coração".

 

Dedico este texto ao prof. Wilian Martinhão que organizou um livro “O tempo, o que é? Uma história dos tempos” para o qual eu fiz a Apresentação que me permito publicá-la antes de a obra vir à lume.

 

Leia mais

 

  • Páscoa: a irrupção do inesperado. Artigo de Leonardo Boff
  • O risco da destruição de nosso futuro. Artigo de Leonardo Boff
  • Em meio à irracionalidade, resgatar o bom senso. Artigo de Leonardo Boff
  • Reencontrar o sentido do tempo. Reflexões sobre o pensamento de Byung-Chul Han
  • A tempestuosidade de Edgar Morin. A vida é um oceano à deriva
  • O covid-19 questiona o sentido da vida. Artigo de Leonardo Boff
  • O cristianismo e o sentido da vida
  • O tempo é superior ao espaço? Artigo de Ghislain Lafont
  • O Tempo, a pandemia e a desigualdade. Artigo de Boaventura de Sousa Santos
  • A vida mais forte que a morte

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