“Economia brasileira vai entrar em recessão”, alerta José Luís Oreiro.
De acordo com o economista, tensões na Ucrânia têm impacto sobre a inflação no Brasil e o crescimento do país. Disponível aqui.
A mídia noticiou nesta semana que a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 106,668 bilhões (ou US$ 19,875 bilhões) em 2021. É o maior da história da estatal, que em 2020 teve ganhos de R$ 7,10 bilhões (US$ 1,141 bilhão). De acordo com matéria do jornal O Globo, analistas apontam que o alto lucro teve influência do aumento do preço do petróleo no mercado internacional, do corte de custos e do aumento da vendas de combustíveis.
Em live da ACD que discutiu os elevados preços dos combustíveis, Fernando Siqueira, diretor da Associação Dos Engenheiros Da Petrobras (AEPET) e engenheiro aposentado da estatal, explicou como funciona a estrutura de preços que determina o valor pago pelo consumidor nos diferentes combustíveis.
No caso do gás de cozinha, por exemplo, Fernando explicou que em vez de R$ 102, poderia tranquilamente ser vendido a R$ 65 e ainda assim gerar lucros para a empresa. "Não precisa mexer em imposto, é só colocar ganhos decentes na estrutura de preços. Precisa fazer com que os atores ganhem aquilo que seja uma remuneração justa e não um confisco de bens do povo brasileiro em favor do acionista estrangeiro”, afirmou.
Os lucros da Petrobras saem do bolso dos brasileiros e brasileiras, pois decorrem do abusivo aumento do preço dos combustíveis devido à política de preços da Petrobras (PPI), que cobra como se estivéssemos importando tudo e ainda pagando em dólar! Se isso não muda, não há PEC que resolva! É preciso atacar a raiz do problema, exigindo mudança nesta política de preços que beneficia os acionistas e prejudica imensamente nossa população.
Assista à live da ACD sobre o tema e se informe ainda mais.
Não há ideologia nenhuma na agressão à Ucrânia. Apenas a velha geopolítica.
Critiquei aqui a OTAN e Biden, bem como a expansão da primeira para as fronteiras da Rússia. Mas nada justifica o bombardeio da Ucrânia.
Quanto a Putin anti-imperialista, não dá. Quando muito, foi ou é uma barreira a um mundo unipolar. Mas apenas isso.
A Ucrânia passa por muitos problemas. Está rachada entre leste e oeste. Tem muita corrupção. Uma guerra civil de média intensidade. Mas a solução não era agravar isso, e sim acalmar, pacificar.
Militares ucranianos com a bandeira do Batalhão Azov, do Exército da Ucrânia. Agora, enfrentando um Exército profissional -- e não manifestantes civis --, eles poderão mostrar seu valor.
Hoje teve início a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia. Chegou a hora de parar o genocídio cometido pelo exército neonazista ucraniano que há mais de 8 anos vem sacrificando os habitantes de Donetsk e Lugansk.
Uma guerra nunca é boa, mas a reação russa foi necessária diante da ofensiva neonazista Ucraniana com apoio da União Europeia e da OTAN e diante das ameaças constantes dos EUA.
*foto: @juventudizquerdista, esse é o exército ucraniano que a CNN não mostra.
Invasões militares e bombardeios unilaterais de 2000 pra cá:
Local (mortos)
Afeganistão (280.000)
Iraque (62.000)
Paquistão (53.000)
Líbia (1.700)
E nem contamos Iemen e Irã, assim como as dezenas de países sob ataque econômico e diplomático e suas vítimas de fome e confrontos civis.
Reflita sobre a hipocrisia:
(A) De dizer ser o maior ataque militar desde a WW II;
(B) De dizer que a lista acima foi por DHs, agora não é;
(C) De ignorar os 14.000 mortos na guerra da Ucrânia contra Donbass.
Enquanto isso em Golan e na Palestina Ocupada.
GUERRA DE DONBASS
Na primeira imagem, as localização das mortes na guerra movida há 8 anos pela Ucrânia, com ajuda dos EUA e OTAN, contra o povo das Repúblicas de Luhansk e Donetsk, a região de Donbass.
Na segunda imagem um detalhamento gráfico sobre a quantidade a causas das mortes nos últimos dois anos, entre civis e militares.
Na terceira imagem os gráficos dos ataques militares contra a região, que levaram às mortes citadas.
É isso que é apagado quando se fala que a guerra começou hoje. É uma assinatura embaixo da execução dessas milhares de vidas, mortes de um genocídio: uma ação violenta, política, com a força do Estado, contra um grupo étnico, localizado, num dado momento da história.
Um povo com séculos de cultura, língua, história, que teve seu presidente eleito derrubado por um golpe financiado pelos EUA, substituído por um líder de outra etnia, e que se rebelou e por mais de 90% declarou independência, passando a der perseguido, bombardeado, com esquadrões com símbolos e táticas nazistas financiados e armados pelos EUA.
Apoiar um genocídio, fingir que ele não existe, para poder seguir acreditando num vilão étnico (oriental, desumano, louco, etc) justificando assim o endosso por anos do massacre aos russos étnicos, e considerar o socorro dessas vidas a "primeira / maior / mais brutal / terrível ação de guerra após a 2ª Guerra Mundial" é mais que hipocrisia, é hediondo.
99,99% não tem como saber disso. Para eles, pela mídia se informa que tudo começou hoje, essa noite, que é uma invasão, um começo de guerra de um lunático sanguinário aviso pelo território vizinho. Não existem as pilhas de corpos dos últimos anos, sequer são citados. Não há apelos formais de socorro dessas Repúblicas para que parem os ataques da Ucrânia. Não existem acordos de paz e reconhecimento de autonomia assinados e descumpridos pelo governo ucraniano. Apenas um maniqueísmo bem X mal.
Nada muda no curso dos acontecimentos por no perfil a bandeirinha da Ucrânia ou das Repúblicas de Luhansk e Donetsk, mas é dever de honestidade falar que se trata da Guerra de Donbass, para a qual a Rússia entrou decisivamente hoje do lado das citadas repúblicas. Não há santos, certamente, mas omitir a verdadeiras história é sim pintar um de demônio e o outro de santo - além de uma flagrante mentira: a guerra não começou agora, tampouco houve invasão para anexação de Kiev.
George F. Kennan, o grande estrategista norte-americano da política de "contenção" à URSS durante a Guerra Fria, materializada em inúmeras guerras e golpes no Terceiro Mundo, avisou que a expansão da Otan até às fronteiras russas, iniciada já por Clinton, contra os pactos firmados após a queda do Muro de Berlim, consistia em grave erro, pois geraria ressentimentos e revanchismos da parte russa.
Henry Kissinger, outro gigante da política internacional dos EUA, escreveu que a política norte-americana de forçar o golpe anti-Rússia na Ucrânia em 2014 geraria problemas, pois se tratava de um alinhamento a apenas uma das facções étnico-culturais do país. Segundo o carniceiro do Vietnã e arquiteto da aliança Nixon-Mao, a Ucrânia deveria ser neutra, semelhante à Finlândia, com relações tanto com o Ocidente quanto com a Rússia.
Sabe o que isso quer dizer? Que os líderes norte-americanos dos tempos atuais são mais agressivos e tarados por guerra que dois dos maiores responsáveis por guerras e carnificinas do século passado. Definitivamente, o século XXI não parece tão auspicioso assim para estes lados do globo.
1) Putin não está destruindo as forças militares ucranianas porque duas Repúblicas sob genocídio pediram socorro.
2) Está fazendo isso porque a OTAN, liderada pelos EUA, tem avançado contra a Rússia pela Ucrânia;
3) Os EUA também não tem armado por 8 anos neonazistas porque gostam deles, mas para pressionar a Rússia.
4) A OTAN serve aos EUA para manter a Europa dependente econômica, estratégica e militarmente;
5) A Ucrânia serve aos EUA para mísseis contra a Russa, via OTAN.
Não façam como o JN que repete "não sei como Putin pode ser tão mau". Não tem isso de mau e bom, vocês são adultos, cresçam!
desse jeito
Muita boa a nota do PT no Senado.
Aponta a problemática geopolitica de fundo e elege a diplomacia como solução através do cumprimento do acordo de Minsk, cujo responsável pelo abandono é a Ucrânia.
A Paz sem Vencedor e sem Vencidos
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Dual'
A relação histórica do Brasil com a Ucrânia.
Com uma longa tradição de imigrantes ucranianos, temos a quarta maior comunidade de descendentes de Ucranianos no mundo, a maior na América Latina, sendo 80% desta comunidade localizada no Paraná, o Brasil deve ao país do leste europeu alguns de seus nomes mais notáveis no campo da cultura.
Um desses nomes foi uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos, Clarice Linspector, seu real nome era Chaya Pinkhasivna Lispector, a artista nasceu na aldeia ucraniana de Chechel'nyk, em 1920.
Aos dois anos de idade em 1922, fugindo da fome e dos conflitos que aconteceram na região na década anterior, e sobretudo da perseguição de seu povo já que sua família era judia, a futura autora de "A Hora da Estrela" e "Perto do Coração Selvagem" se mudou para o Brasil, primeiro para morar no Recife e em seguida no Rio de Janeiro.
Apesar disso Clarice dizia não ter nenhuma ligação com a Ucrânia - "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil.
A autora morreu em 1977, deixando dois filhos e uma vasta obra literária composta de romances, novelas, contos, crônicas, literatura infantil e entrevistas.
A Ukrania tem população Polonesa, Romena, Húngara, Russa e até Ukraniana. O conceito de autodeterminação dos povos tem versões para todos os gostos e conveniências.
Se Bolsonaro se considera amigo de Putin, como o Brasil não consegue articular uma operação de resgate dos brasileiros que tentam fugir das repúblicas separatistas da Ucrânia?
Como Bolsonaro abandona impunemente os 500 brasileiros que vivem na Ucrânia?
Para que serve a solidariedade de Bolsonaro a Putin, se Putin controla a fronteira? Putin não recebeu nenhum apelo de Bolsonaro?
Neutralità attiva?
In molti hanno sottolineato che, in occasione della crisi che, nella notte tra il 23 e il 24 febbraio, ha condotto all’invasione dell’Ucraina da parte delle forze militari russe, i pacifisti sono rimasti silenziosi. All’approssimarsi dell’aggressione, tuttavia, qualcuno di loro ha preso la parola, proponendo una «neutralità attiva». Il significato dell’aggettivo, per la verità, mi è oscuro. D’altra parte, se fossi ucraino, non capirei bene neppure il contenuto «attivo» della solidarietà della quale parla l’Occidente. L’idea di «neutralità», tuttavia, vuole avere, in chi la usa in questo contesto, un significato diverso dal semplice tenersi saggiamente alla larga dal conflitto, lasciando che ad ammazzarsi siano gli altri: essere neutrali, par di capire, per meglio aiutare, nella misura del possibile, a superare il conflitto.
Camminando prima per Roma e poi per Venezia, in occasione di un viaggio di lavoro, ho lasciato vagare la mia mente attraverso la Bibbia, alla ricerca di «storie di neutralità». Non, va da sé, per trarne qualche lezione politica, ma solo per cercare di comprendere almeno un poco l’idea di un rifiuto consapevole di schierarsi rispetto a un tema conflittuale. La questione ha un suo interesse, anche per quanto riguarda l’esistenza personale: probabilmente, anzi, soprattutto per essa, visto che la politica obbedisce di solito ad altre leggi.
Il primo esempio che mi è balzato alla mente riguarda una neutralità falsa, quella di Pilato. Secondo Matteo, egli, con l’espressione divenuta proverbiale, se ne lava le mani; in ogni caso vorrebbe evitare di prendere posizione; nel racconto di Luca spera di poter scaricare su Erode la responsabilità della decisione. Alla fine, però, fa torturare e uccidere Gesù. La neutralità di Pilato è assassina.
Occorre rilevare, tuttavia, che in questo episodio si tratta di una presa di posizione rispetto a Gesù: e secondo il Nuovo Testamento, quando Gesù, in qualsiasi forma, interpella, non è possibile alcuna neutralità. Sono possibili, questo sì, diverse forme di opposizione e, forse ancor più, diverse forme di consenso (non tutte le persone che guardano con favore a Gesù diventano discepole); ma pretendere di rimanere neutrali, significa già schierarsi contro di lui. L’episodio, dunque, parla più di Gesù come inesorabile pietra d'inciampo, che della neutralità.
Una neutralità falsa, ma proprio per questo valutata positivamente da chi narra, si trova in altri due racconti. Il primo è quello del celebre giudizio di Salomone (I Re 3,16-28). Il rifiuto di prendere posizione, da parte del re, è uno stratagemma, nonché una scommessa pericolosissima (ma chissà: si può sempre pensare che, alla mala parata, egli avrebbe comunque salvato il bambino: detesto le storie che finiscono male, anche se la Bibbia ne è piena). Esso gli permette di schierarsi nel modo migliore, cioè facendo giustizia.
Altro caso di falsa neutralità è l’episodio, assolutamente straordinario per innumerevoli aspetti, dell’adultera, atterrato non si sa come nel quarto evangelo (Gv. 8, 1-11). Anche qui, l’apparente rifiuto di prendere posizione diretta serve a modificare i termini della questione: il peccato è una realtà infinitamente più pervasiva di quanto i giudicanti si immaginino. In questo caso, la scommessa di Gesù è spaventosa: mi sono sempre chiesto che cosa sarebbe accaduto alla donna se l’invito del Signore («Chi è senza peccato, scagli la prima pietra») fosse stato rivolto, anziché a quegli uomini alla fine saggi, che se ne andarono «cominciando dai più vecchi», ai membri di certe chiese di mia conoscenza. Fortunatamente, Gesù vince la scommessa, cambia le carte in tavola e salva la donna, che era quel che voleva fin dall’inizio: nessuna neutralità, dunque.
Infine, Gesù si rifiuta di prendere posizione sulla questione del tributo a Cesare (Mc. 12,13-17 e paralleli): in questo caso, lo fa per denunciare il carattere inautentico del quesito, del resto già annunciato dall’evangelista al v. 13 (gli interlocutori volevano «coglierlo in fallo»). Prendere posizione nei termini scelti dall’interlocutore significherebbe cadere nella sua trappola.
Conclusione? Beh, si tratta di racconti e chissà quanti altri se ne potrebbero menzionare. Il senso dei racconti non è tanto in una «morale della favola», quanto nella dinamica che li percorre. E comunque, nel frattempo ero arrivato e la mia riflessione era finita, insieme alla passeggiata.
Nell'immagine: Raffaello, Il giudizio di Salomone, Stanza della Segnatura in Vaticano.
A neutralidade está ativa?
Muitos apontaram que, por ocasião da crise que, na noite entre 23 e 24 de fevereiro, levou à invasão da Ucrânia pelas forças militares russas, os pacifistas ficaram calados. No entanto, à medida que a agressão se aproximava, um deles falou, propondo uma "neutralidade ativa". O significado do adjetivo, não está claro para mim. Por outro lado, se eu fosse ucraniano, nem entenderia bem o conteúdo "ativo" da solidariedade que o Ocidente fala. A ideia de "neutralidade", no entanto, quer ter, em quem a usa neste contexto, um significado diferente de simplesmente se manter sabiamente longe do conflito, deixando que outros se matem: ser neutro, claro, para melhor ajuda, tanto quanto pos Sible, para superar o conflito.
Caminhando primeiro por Roma e depois por Veneza, numa viagem de negócios, deixo minha mente vaguear pela Bíblia, em busca de "histórias de neutralidade". Não, vai sem si mesmo, aprender algumas lições políticas, mas apenas tentar entender pelo menos um pouco a ideia de uma recusa consciente de se aliar a um tema conflituoso. A questão tem interesse próprio, também no que diz respeito à existência pessoal: provavelmente, na verdade, especialmente por ela, já que a política costuma obedecer outras leis.
O primeiro exemplo que me veio à cabeça é sobre uma falsa neutralidade, a de Pilatos. Segundo Matteo, ele, com a expressão que se tornou proverbial, lava as mãos; em todo caso gostaria de evitar tomar uma posição; na história de Luca ele espera poder descarregar sobre Herodes a responsabilidade da decisão. No entanto, em última análise, faz com que Jesus seja torturado e morto. A neutralidade de Pilato é de matar.
Note-se, porém, que neste episódio é uma tomada de Jesus: e segundo o Novo Testamento, quando Jesus, de qualquer forma, intercede, nenhuma neutralidade é possível. São possíveis, sim, diferentes formas de oposição e, talvez até mais, diferentes formas de consentimento (nem todas as pessoas que olham com favor para Jesus se tornam discípulos); mas afirmar permanecer neutro, já significa ficar contra ele e. O episódio, então, fala mais sobre Jesus como pedra de tropeço inexorável, do que sobre neutralidade.
Uma falsa neutralidade, mas por esta razão avaliada positivamente pelo narrador, pode encontrá-la em outras duas histórias. O primeiro é o famoso juízo de Salomão (1 Reis 3:16-28). A recusa do rei em tomar uma posição é um estratagema e uma aposta muito perigosa (mas quem sabe: podes sempre pensar que, apesar de tudo, ele teria salvo a criança de qualquer forma: odeio histórias que acabam mal, também se a Bíblia estiver cheia dela). Permite que eles se alinhem da melhor forma, ou seja fazendo justiça.
Outro caso de falsa neutralidade é o episódio, absolutamente extraordinário por inúmeros aspectos, de adultério, desembarcado desconhecido como no quarto evangelho (Gv. 8, 1-11). Mesmo aqui, a aparente recusa em tomar uma posição direta é necessária para mudar os termos da matéria: o pecado é uma realidade infinitamente mais difundida do que os juízes imaginam. Neste caso, a aposta de Jesus é assustadora: sempre me perguntei o que teria acontecido com a mulher se o convite do Senhor ("Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra") fosse dirigido, em vez de aqueles, em última análise, sábios, que foram "a começar dos mais velhos", membros da ai de certas igrejas que eu conheço. Felizmente, Jesus ganha a aposta, vira as cartas na mesa e salva a mulher, que era o que ele sempre quis: sem neutralidade, então.
Finalmente, Jesus se recusa a tomar posição sobre a questão da homenagem a César (Marcos 12,13-17 e paralelos): neste caso, ele o faz para denunciar a natureza inautêntica da questão, dos demais já anunciados pelo evangelista no v. 13 (interlocutores queriam "pegá-lo no ato"). Tomar uma posição nos termos escolhidos pelo interlocutor significaria cair na armadilha deles.
Conclusão? Bem, são histórias e quem sabe quantas outras poderiam ser mencionadas. O significado das histórias não está tanto numa "moral do conto de fadas" como na dinâmica que as correm. E mesmo assim, entretanto eu tinha chegado e meu reflexo foi finalizado, junto com a caminhada.
Na imagem: Rafael, Julgamento de Salomão, Sala de Assinaturas no Vaticano.
Dez anos da páscoa definitiva em 01/03/2012 – Falece em São Paulo, SP, o pastor e biblista luterano Milton Schwantes, animador da leitura bíblica popular latino-americana. Nasceu em Vila Tapera, no Rio Grande do Sul, em 26 de abril de 1946. Homem do povo e da academia. Duas realidades difíceis de equacionar, mas, nas quais, Milton foi mestre. De espírito profundamente ecumênico, Milton costumava dizer: “A Bíblia não é de ninguém, é de todos”. Tinha a teimosia de acreditar nas pessoas e de investir nelas.
Este foi o seu maior legado: formar pessoas! Formar pessoas para trabalhar a Bíblia com e como o povo. No início dos anos de 1970, Milton Schwantes começou seus estudos de pós-graduação em Heidelberg, Alemanha, com o professor Hans Walter Wolff. Sua tese de doutorado “O direito dos Pobres”, recentemente publicada pelas Editoras Oikos e Editeo, tem o jeito e a cara do Milton. Foi ela que delineou sua hermenêutica bíblica pelo resto da sua vida. E foi a partir desse estudo, tendo a Bíblia e os pobres como chão de sua mística, que Milton Schwantes ajudou a construir a Teologia da Libertação. De volta da Alemanha, trazendo debaixo do braço sua tese, Milton, sujeito humilde, foi trabalhar como pastor em Cunha Porã, no interior de Santa Catarina. Foi um dos tempos mais importantes da sua vida.
Ali soube traduzir a pesquisa do doutorado em pastoral a serviço do povo. Ali, sua tese “O Direito dos Pobres” encontrou terra fértil, foi plantada e produziu frutos. Um desses frutos foi um folheto bíblico que ele editou, com um nome bem apropriado: “Sementes!”. Em 1978 foi chamado para dar aulas de Bíblia na Escola Superior de Teologia de São Leopoldo, RS. Foi então que começou a vida de professor de faculdade. E não parou mais. Seu jeito entusiasta cativou os jovens, que começaram a reproduzir seus textos e suas aulas. E, assim, aos poucos, Milton começava a formar uma geração de biblistas, e mais, a fazer escola. Dez anos depois, em 1988, Milton Schwantes se mudou para São Paulo para ser o professor de Antigo Testamento na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). A dimensão do seu trabalho foi aumentando e ultrapassando fronteiras.
De toda América Latina vinham alunos e alunas para estudar Bíblia com o Milton Schwantes, para aprender seu jeito de fazer exegese. E, durante as férias, se encontrava o Milton metido nos rincões mais remotos desta Ameríndia assessorando cursos bíblicos e incentivando lideranças a estudar a Bíblia. Aos poucos, junto com outros biblistas e teólogos, como Carlos Mesters, Severino Croatto, Jorge Pixley, Frei Gorgulho, Ana Flora Anderson, José Comblin, Pablo Richard e muitos outros, foi se estruturando um movimento bíblico latino-americano. Foram tempos muito férteis para o plantio das sementes bíblicas.
Assim, ainda no final da década de 1980, este grupo de biblistas, tendo a Milton como coordenador, começou a publicação da RIBLA (Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana). Foi também assim, nesse mesmo tempo e nessa perspectiva de incentivar a produção literária latino-americana, de valorizar o jeito latino-americano de fazer Bíblia, que Milton Schwantes, juntamente com uma equipe de funcionários e estudantes da UMESP, iniciou o projeto da “Bibliografia Bíblica Latino-Americana”. Projeto esse que agora está sendo retomado sob o nome de “Bibliografia Bíblica Latino-Americana Milton Schwantes”.
O trabalho de Milton, seus livros e cursos, foram além da América Latina e chegaram até a Europa. Em 2002, Milton Schwantes recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Marburgo, na Alemanha. Ao completar 60 anos de idade, seus alunos e amigos, dentro e fora do Brasil, prestaram-lhe uma homenagem. Aliás, três homenagens, pois publicaram três livros.
Primeiro se publicou um livro, mas, como tinha muita gente que queria participar desse momento histórico para demonstrar ao Milton a importância que ele teve em suas vidas, publicaram-se mais dois livros. DREHER, et all (orgs), Carlos (2006). Profecia e esperança: um tributo a Milton Schwantes.
Ecco cosa produce la guerra.
Ecco cosa produce l'ossessione del potere.
Il suo sguardo ci pone solo ad una domanda: Perchè? …
Tradução
Isto é o que a guerra produz.
É isso que a obsessão pelo poder produz.
O olhar dela só nos faz fazer uma pergunta: por quê?
Foto 24 de fevereiro, Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images
Temos de construir a paz. Mas a grande questão é com sanções contra a Rússia, é ilusório supor que isso vai acontecer. Não vai. Na prática o caminho seria levantar sanções contra a Rússia e acordar o fim da operação na Ucrânia. Só a China teria força para liderar isso agora.
Agora falta aumentar mulheres, negros e indígenas eleitos!
(ANSA) - CITTÀ DEL VATICANO, 21 FEB - A 100 anni dalla nascita (5 marzo 1922 - 2 novembre 1975), Pier Paolo Pasolini viene raccontato da La Civiltà Cattolica. Disponível aqui.
(ANSA) - CIDADE DO VATICANO, 21 FEV - 100 anos do nascimento (5 de março de 1922 - 2 de novembro de 1975), Pier Paolo Pasolini é narrado por A Civilização Católica. Disponível aqui.