13 Setembro 2021
Hoje, o MBL, o PCdoB e o PDT mostraram sua força.
Até o MBL entende mais o momento que o MBL
O fracasso do MBL nas ruas é uma lição que as esquerdas já deveriam ter aprendido.
A direita militante que existe hoje é a bolsonarista, mesmo que dissimulada ou arrependida.
Essa direita aparentemente encabulada do MBL não é o centro democrático, que ainda existe e já está com Lula.
A adesão aos apelos do MBL era uma armadilha. Que os ingênuos que foram às ruas com a direita ex-bolsonarista reconheçam que erraram.
Haviam 6 presidenciaveis la (Doria, Leite, Amoedo, Alessandro Vieira, Ciro e Mandeta). Marina tb se juntou a turma (noticiado agora a tarde) na passeata. Havia deputados, ex candidatos a prefeito (Mamae Falei) de capital... Nao tem ninguém inocente, ninguem enganado, ninguém é tolinho ali... Todos estavam com Bolsonaro em 2018.
As manifestações dos Bolsonaristas contra Bolsonaro fracassam em todo o país
Hoje o ciclo vai se completar: daqui a algumas horas bolsonaristas e parte da esquerda estarão comemorando o fracasso das mobilizações pelo impeachment de Bolsonaro. A esquerda disfarçará dizendo que está apenas comemorando o fracasso do MBL, já que ela foi extremamente bem sucedida na sua campanha em reduzir um ato plural unicamente ao MBL - mesma organização, aliás, que estava no palanque com os partidos de esquerda há alguns meses entregando um superpedido de impeachment. Ficou evidente que o maior inimigo de ambos é uma possível terceira via e não seus supostos antagonistas. Eles contam com a polarização em outubro de 2022 e vão usar a presença do outro como guilhotina sobre as nossas cabeças para manter sua própria posição confortável na dinâmica política e eleitoral ao longo do próximo ano. E quando não houver mais qualquer possibilidade de evitar o desastre, dirão que eu e você não podemos fazer nada a não ser obedecer.
O roteiro é de tediosa (e agora, além disso, macabra) previsibilidade e se repete no Brasil há algum tempo.
A melhor do fim de semana é o MBL reclamando que petistas não foram aos atos anti-Lula
Humor geo...
- O cotidiano visto de uma outra forma -
Pode-se concordar ou discordar, mas isto é uma campanha eleitoral de alto nível, com informação qualificada e diretrizes claras.
Não tenho acompanhado a vida partidária, até porque todos os partidos que conheci são um desastre. Há muita gente medíocre neles, gente que retornaria ao nada se perdesse seu cargo, sua posição, sua influência sobre estruturas que não existem. Transformam-se em monstros para defender seu pedaço de qualquer ameaça, mesmo que ela seja ilusória. Atribuem aos demais o padrão de conduta competitiva e egoísta que eles mesmos têm. Na esquerda, isso vem encoberto por uma roupagem revolucionária, é claro.
Eu nem sabia que a manifestação de hoje foi marcada, em primeiro lugar, pelo tal MBL, por quem não tenho nenhuma simpatia. Mesmo assim, parece-me que o PT reafirma sua posição tradicional: só faço alianças em que eu mesmo tenha hegemonia.
Em relação aos demais, patrulha ideológica rigorosíssima. Em relação a Lula e suas próprias alianças pessoais, suspeitíssimas, aplausos bovinos.
Tendo rachado a frente anti-Bolsonaro hoje, o PT a encontrará rachada quando convocar a sua própria manifestação.
É o que o lulismo sempre fez.
As chances de Bolsonaro se reeleger são pequenas. Só não são nulas por causa dessa postura do PT. Quem sabe, eles conseguem provocar o segundo turno que desejam... e perdem.
Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil
*Vandré, 86 anos*
- Pra não dizer que não falei de flores (ou Caminhando).
Hoje, Geraldo Vandré celebra seus 86 anos de vida com muita poesia, engajamento, lucidez, coragem e firmeza perante a arte.
Nessa data, escolhemos "Caminhando", canção composta em 1968 com o título "Pra não dizer que não falei de flores". Foi a música que levou Vandré em curto intervalo de tempo à glória e ao exílio.
Escrita durante a Passeata dos 100 mil (manifestação popular contra a ditadura brasileira), "Caminhando" foi finalista da fase nacional do 3º Festival Internacional da Canção - FIC. A música fez ferver o Maracanãzinho, o Rio de Janeiro e o Brasil que atravessava os chamados anos de chumbo.
Foi a segunda disputa acirrada em festivais contra o contemporâneo de MPB Chico Buarque, que juntamente com Tom Jobim haviam chegado a final do FIC com a bela canção "Sabiá", interpretada por Cynara e Cybele.
As pessoas que estiveram naquele momento, durante a final do festival, relatam que não apenas o ginásio lotado, mas a cidade do Rio de Janeiro parou para acompanhar a épica disputa.
O público queria "Caminhando", mas "Sabiá" levou a vitória.
A derrota inquietou a plateia, que aclamou Vandré o alçando a valente compositor.
Alguns pesquisadores sugerem que "Caminhando" antecipou a decisão do governo militar em decretar o Ato Institucional n° 5 (AI-5), que endureceu o regime.
Em fuga, no início de 1969 Vandré deixou o Brasil e se exilou no Chile. De lá, foi para a França.
São muitas histórias que rondam esse período da trajetória de vida de Vandré. Para conhecerem mais, sugerimos a leitura das biografias escritas sobre ele. Em especial: "Geraldo Vandré: uma canção interrompida", de Vitor Nuzzi.
Em 22 de março de 2018 na capital da Paraíba, depois de 50 anos sem se apresentar no Brasil, Geraldo Vandré voltou aos palcos e entoou os versos fortes da música que um dia confrontou e fez tremer o regime militar.
Assim, "Pra não dizer que não falei de flores" foi e continua sendo gravada no Brasil e até em versões internacionais.
Para celebrar esse momento escolhemos a versão de "Caminhando" cantada pelo próprio Vandré em espanhol. Gravada no Chile em 1969 e incluída no compacto simples que traz ainda a música "Desacordonar".
Nós que fazemos a fanpage, desejamos e convidamos cada seguidor/a para também desejar vida longa a Geraldo Pedrosa de Araújo Dias. Esse artista que tanto fez e continua a fazer pela música brasileira.
Parabéns e viva Geraldo Vandré!!