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17 Agosto 2021

Faustino Teixeira

Amanhã, dia 18 de agosto de 2021, começa o meu curso: Clarice Lispector, todos os contos. Serão 15 aulas, todas as quartas-feiras no Youtube, através do IHU (Instituto Humanitas da Unisinos). As aulas começam sempre às 14:00 e terminam às 16:00, tendo em seguida um bate-papo com o professor em chat aberto pelos alunos. É uma continuidade do curso anterior, sobre Todas as Crônicas. Trata-se de um curso livre e gratuito. Estarei aguardando todos com muito carinho.

O livro de referência: Clarice Lispector. Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Acesse a programação completa do evento clicando aqui.

 

Rosane Pavam

"Trabalhei tantos dias e noites para me tornar a pessoa que sou hoje, e esta manhã, quando cheguei em casa, a primeira coisa que minhas irmãs e eu fizemos foi esconder nossas identidades, diplomas e certificados. Foi devastador."

An Afghan woman in Kabul: ‘Now I have to burn everything I achieved’. Disponível aqui.

 

Tathi Milano

Foi difícil começar mais um dia... Afeganistão, Haiti, o Brasil de sempre...

 

Moisés Mendes

Para não perder o treino, Alexandre de Moraes poderia mandar prender mais um esta semana.

 

Moisés Mendes

Eduardo Bolsonaro, que não conseguiu ser embaixador em Washington, deveria pedir ao papai uma embaixada só pra ele em Cabul.

 

Fernanda Coelho

Lá vai encontrar um governo fortemente religioso e adepto ao uso de armas. Bem ao gosto da família.

 

Cesar Benjamin

Via Carmen Licia Palazzo

"Para quem se interessar pelo tema, esse artigo da Wikipedia portuguesa sobre a Shariah (em português de Portugal, Xaria) está muito bom. E com uma ótima bibliografia. O texto é equilibrado e mostra com detalhes inclusive as divergências INTERNAS de várias vertentes do Islã, remetendo a uma bibliografia especializada. Não existe o que o pessoal da Globo disse sobre a interpretação "literal" da Shariah até porque a Shariah não é um texto único, inclui além do Corão os hadith e toda uma série de acréscimos posteriores de jurisprudência, dependendo do país e do grupo muçulmano em questão."

Shariah. Disponível aqui.

 

Marta Gustave Coubert Bellini

 

TaMara Baranov

Marta Gustave Coubert Bellini

Só tenho boas recomendações

Via Mariana Festucci Grecco

"Determinismo biológico e cultural são instâncias de concretude deslocada - ou seja, primeiro erram em entender categorias provisórias e locais como "natureza" e "cultura" e, segundo, confundem consequências potentes com fundações preexistentes" - (Donna Haraway. O manifesto das espécies companheiras. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021). #donnaharaway #omanifestodasespeciescompanheiras #existenciacolaborativa

 

Sonia Sales

 

Carlos Nuno Castel-Branco

Luiss Fevereiro, com um comentário sobre o Afeganistão, vindo do Brasil - curto, simples, claro, no ponto. Quais são as lições para as nossas guerras em Moçambique?

Há uma linha de argumentação que identifica Joe Biden como traidor dos afegãos, pois, segue o argumento, a precipitada retirada das tropas dos EUA permitiu a rápida ofensiva, para já triunfante, dos Talibans.

Este argumento está errado em quatro pontos. Primeiro, como diz o José Luís Fevereiro, ninguém pode substituir um povo quando se trata da resolução dos seus próprios problemas. Solidariedade é distinta de ocupação e semi colonização. Etapas não podem ser cortadas. Segundo, a traição aos afegãos não foi feita agora, mas quando os USA criaram e financiaram os Mujahideen. Em 1982, Ronald Reagan declarou, num encontro com as lideranças dos Mujahideen, que eles eram o equivalente moral dos pais fundadores dos EUA. Terceiro, para que serviram 20 anos de ocupação e de reorganização militar do Afeganistão se os Mujahideen ocuparam Kabul em duas semanas depois de saírem as tropas ocupacionistas? O que estiveram lá a fazer durante 20 anos?

O que pensam que conseguiriam atingir se ficassem mais 20 anos? Quarto, a estratégia imperialista dos EUA, neste caso, foi particularmente escandalosa não apenas porque foram os EUA a criar o monstro e a alimentá-lo, mas porque deliberadamente escolheram transformar toda aquela região num viveiro de terrorismo fundamentalista - protegeram e fortaleceram as incubadoras do terrorismo islâmico, a Arábia Saudita, o Paquistão e o regime fascista de Israel, atacaram e destruíram os países que serviam de barreira à incubação e expansão do terrorismo com argumentos sobre direitos humanos que se aplicam igualmente aos seus aliados sauditas e paquistaneses - Iraque, Síria, Yemen, Afeganistão - e, enquanto o faziam, enriqueceram corporações financeiras, de construção civil, de energia, infiltraram e, aproveitando as suas fraquezas organizativas e ideológicas, destruíram as primaveras árabes, como movimentos sociais, e trouxeram de volta ditaduras militares, regimes fundamentalistas (semelhantes ao que os seus evangelistas querem no ocidente) ou caos.

A lição principal do Afeganistão é que cada povo tem de tomar o seu destino nas suas mãos; solidariedade internacionalista não é o mesmo que ocupação e semi colonização, e estas só exacerbam e, às vezes adiam, mas não resolvem as grandes contradições da sociedade.

Fazer os EUA e as suas forças recuarem para dentro de si e para fora do resto do mundo pode ser o primeiro passo para a construção de um mundo melhor, mesmo que, a curto prazo, a paz podre que a ocupação imperialista criou, seja destruída.

Em total solidariedade com o povo do Afeganistão na sua luta contra o imperialismo e contra o fundamentalismo como ideologia, como cultura e como forma de governação política.

Sobre a volta do Talibã. Disponível aqui.

 

Idelber Avelar

46 anos separam estas duas fotos, mas elas parecem idênticas. A primeira é de ontem, com a embaixada americana sendo evacuada no desespero enquanto o Talibã tomava Cabul. A segunda é de 1975, com a embaixada americana sendo evacuada no desespero enquanto o VietCong tomava Saigon.

O efeito político é parecido: o império americano humilhado e sendo chutado para fora depois de mais uma ocupação fracassada.

É comovente ver a imprensa americana entrevistando os artífices da catástrofe com as perguntas de sempre: por que deu errado? Por que os US$83 bilhões gastos em equipamento militar não garantiram que o exército afegão derrotasse ou pelo menos contivesse o Talibã? Por que os soldados afegãos não lutaram?

As perguntas que importam, claro, não são essas. E é por isso que quem deveria estar sendo entrevistado são os que, em 2001, avisaram que o resultado da ocupação seria exatamente esse: centenas de bilhões em gastos, milhares de mortes americanas (com essas eles se importam), centenas de milhares de mortes afegãs (com essas eles não se importam), destruição do país e ainda mais revolta e ressentimento, que é o terreno em que se gesta o terrorismo.

Para encontrar o problema, você pode voltar 20 anos, mas se quiser pode voltar 40, quando os EUA também intervieram no Afeganistão, só que naquela feita do lado oposto, fomentando e financiando a guerrilha mujahideen que se transformaria no Talibã.

Em 1981, o inimigo a ser detido era o comunismo. Em 2001, o fundamentalismo islâmico. Em ambos os casos, a mesma concepção de que uma outra sociedade, com sua própria história milenar, é uma espécie de tabula rasa sobre a qual você pode impor, à base de bombas, a sua concepção do que é democracia.

******

Tem culpa pra todo mundo aqui, mas o desastre vai ser posto na conta de Biden. A jogada de Trump funcionou: em fevereiro de 2020, ele fez um acordo com o Talibã, o mesmo com quem Bush, 20 anos antes, dizia que era inaceitável negociar. Segundo o acordo, o Talibã cessaria os ataques contra norte-americanos em troca de uma gradual redução das tropas, com data para saída final em maio de 2021, depois prorrogada por Biden.

O Talibã cumpriu o acordo e as baixas americanas nesse período foram mínimas. A guerra do Afeganistão, nos EUA, já era muito impopular, porque assim são as guerras de ocupação nos EUA: começam muito populares e terminam como batatas quentes das quais os políticos precisam se livrar.

*****

Quanto à pergunta dos generais estupefatos ("por que o exército afegão, tão caro, se rendeu sem luta?"), ela simplesmente ignora a dinâmica do lugar que invadiram. O Afeganistão está em guerra desde sempre, a guerra é o estado percebido como natural, e para sobreviver em um contexto assim, o combatente faz os acordos que tiver que fazer.

Quem vai dar a vida para manter um governo que é visto pela população como uma marionete do império? Se o império foi embora, você tira o uniforme, aceita a anistia, e vai cuidar da sua vida. Só alguém que não entende esse dinâmica pode se surpreender com os ex oficiais do exército afegão dando as boas-vindas aos Talibãs que chegavam ao palácio presidencial que esses oficiais teriam supostamente que defender.

*****

Quem quiser ver nisso algo a comemorar, que comemore, mas que não se esqueça: são dessas catástrofes humanitárias que aparecem, na Europa, os Orbáns que inspiram os Bolsonaros.

 

Exodus Mobilidade Humana

 

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