Alemanha. Os denunciantes do arcebispo de Colônia estão esperançados depois de se reunir com equipe investigativa do Vaticano

Foto: Pixabay

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10 Junho 2021

 

Primeiros (e esperançadores) passos da investigação vaticana na diocese de Colônia. O cardeal Arborelius e o bispo Hans van den Hende (presidente do episcopado holandês), quiseram demonstrar, desde o primeiro momento, que chegam à Alemanha sem ideias premeditadas, dispostos a escutar.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 08-06-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Alguns dos ex-membros do Conselho Assessor para Pessoas Afetadas das dioceses, que se demitiram por estarem contra os resultados do relatório que exonerava o cardeal Woelki, e que foram os primeiros a se encontrar com os delegados do Papa, relataram: “Foram incrivelmente empáticos e nos escutaram e nos atenderam”. O porta-voz do grupo foi Patrick Bauer, em declarações ao Augsburger Allgemeine.

Durante uma hora e meia, os implicados puderam falar abertamente com Arborelius e van den Hende, que “simplesmente escutaram” o relato de como a diocese tratou as vítimas de abuso depois do primeiro relatório, que foi obstruído pela diocese para, supostamente, ocultar informação sobre o encobrimento de alguns responsáveis eclesiásticos.

 

Um relatório bloqueado por Woelki

De fato, Woelki cancelou a publicação do relatório de um escritório de advocacia, avalizado pelo Conselho Assessor, ao considerar que tinha “deficiências metodológicas”, o que provocou a saída de vários membros do comitê. “Não deixavam de dizer: ‘por favor, diga-nos o que quer nos dizer’”, destacou Bauer, que apontou que os dois prelados gravaram a conversa.

O especialista declarou se sentir “completamente surpreendido” pela atitude dos visitadores. “Estamos contentes”, acrescentou, reivindicando a necessidade de mudanças drásticas na diocese para trabalhar pelo esclarecimento dos casos de abusos e o tratamento dado às vítimas. “Se o Papa conseguir persuadir Woelki para que faça mudanças, eu agradeceria. Somente então voltaria a trabalhar com ele. Porém, se a investigação concluir que o cardeal agiu bem e não há necessidade de mudanças, acaba a cooperação com a diocese”, concluiu.

 

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