08 Mai 2021
Brasileiros/as não querem que a religião influencie políticas de governo, mostra pesquisa realizada em abril pelo Instituto Paraná Pesquisas exclusiva para a revista Veja. O resultado indica que a maioria da população do país não apoia o critério do presidente Jair Messias Bolsonaro de indicar um candidato “terrivelmente evangélico” para ocupar a vaga de Marco Aurélio Mello, que se aposenta do STF em julho deste ano.
A informação é de Edelberto Behs, jornalista.
Quase três quartos da população (72,8%) entendem que a religião não deve influenciar as políticas adotadas pelo governo; em contrapartida, 22,1% acham que essa influência deve acontecer e 5,1% não souberam ou não quiseram responder. Os maiores percentuais contra a interferência da religião em questões de estado, informa a Veja, foram registrados entre os que têm ensino superior (75,8%), moradores do Sul (75,5%) e mulheres (74,2%).
Segundo a pesquisa, a utilização da religião como critério também não encontra respaldo na opinião pública. Apenas 23% apoiam a tese, 40,7% discordam e 28% se mostraram indiferentes. As maiores discordâncias foram registradas entre jovens de 16 a 24 anos (44,7%), mulheres (44.5%) e moradores do Nordeste (43,2%). As maiores concordâncias foram emitidas por homens (28%), moradores do Norte e Centro-Oeste (27,5%) e com ensino fundamental (26,2%).
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Pesquisa indica que brasileiros/as desaprovam influência religiosa nas políticas de governo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU