27 Abril 2021
Idelber Avelar
Ao se preparar para a CPI da covid, o governo pediu aos seus ministérios uma lista de possíveis negligências contra as quais teriam que se defender.
A lista preparada pelo governo ficou muito mais longa que o mapa inicial de ação da CPI, que passou a usar então, como roteiro de ataque, o ... próprio documento de defesa do governo, porque ele estava mais completo!
Isso é o governo Bolsonaro: até uma lista feita por eles próprios contém mais absurdos que o material da oposição.
Foto: Reprodução Facebook
Café com Bananas
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Marta Gustave Coubert Bellini
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Roberto Romano Da Silva
"Quando Platão viu Dionísio, tirano de Siracusa, rodeado de guardas de segurança, disse-lhe:
'Que mal tão grande fizeste para necessitar a proteção de tantos homens?' (...) Quem está investido da suprema dignidade deve se precaver com grande diligência para não corromper com seus exemplos e abusos os que estão abaixo dele e não levar seu povo às trevas do erro pela via da soberba ou luxúria. Pois é sabido que os governados imitam os vícios dos superiores, visto que o povo deseja ser como seus magistrados e a cada um apetece gostosamente o que torna ilustre os demais". (João de Salisbury, Policraticus, Livro IV, capítulo 3).
O texto é de 1159 depois de Cristo. Mas se aplica perfeitamente ao Nefasto atual do Brasil. Note-se o uso da mimesis como arma de domínio. Ao ver crentes, católicos ou protestantes, fazendo gesto de arminha, circulando mentiras e calúnias, perseguindo os que pensam diferente, recordo as teorias de Platão, Aristóteles e muitos outros sobre a força da imitação na vida particular e pública. Deixamos um tanto de analisar tal fenômeno social e político. Roberto Romano
Moisés Mendes
Ao manter a suspensão das aulas presenciais no Estado, o Tribunal de Justiça não impõe apenas uma derrota ao governador vacilante.
O Tribunal expõe as fraquezas da gestão da pandemia pelo gestor tucano, que tentou, no canetaço, provocar uma confusão entre o Judiciário, os donos de escolas e pais e professores aliados do negacionismo.
Não haverá, nas atuais circunstâncias, aula presencial na educação infantil e no primeiro e no segundo anos do Ensino Fundamental. A decisão foi unânime.
O gestor e o alcaide de Porto Alegre que tentem um novo truque com entradas e bandeiras. Eles tentarão. Teremos novidades nas próximas horas.
Por enquanto, saíram vencendo a lei, o bom senso, as crianças e a maioria dos pais das crianças.
Antonio Toledo Guto
Deu no jornal GGN:
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Fernando Altemeyer Junior
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• 26/04/1937 – Na Espanha, a cidade basca de Guernica, é bombardeada pela força aérea alemã, durante a Guerra Civil Espanhola. Este dramático evento foi imortalizado na arte de Pablo Picasso. Guernica é o painel pintado por Pablo Picasso, em 1937 para a Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola.
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Medindo 350 por 782 cm, a tela pintada a óleo representa o bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães, apoiando o ditador Francisco Franco. Hoje está no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid. No dia 26 de abril de 1937, bombardeiros de aviões alemães reduziram a cinzas a cidade basca de Guernica. O ataque aéreo de três horas custou a vida de 1.645 pessoas. Obra de Pablo Picasso lembra a destruição e a morte de civis pelos nazistas em união com o fascista General Franco que matou o próprio povo espanhol.
João Lopes
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Da Elaine Tavares: "A perversidade - Assisti de passagem uma matéria, acho que foi na Record, na qual a jornalista mostra uma comunidade onde as pessoas estão cozinhando num fogão à lenha, construídos pelos moradores, porque não conseguem mais pagar o gás. E o tom da matéria era de: olha, que legal... o pessoal é inventivo. Aí, agora, passando pela minha linha do tempo outra matéria de gente cozinhando com lenha, com a alegação de que é uma bucólica volta ao passado. Com todo o respeito que todos merecem nesse espaço eu queria que esses jornalistas fossem para os quintos do mais profundo inferno. Passado bucólico é o caralho. Quem conhece o histórico texto de Karl Marx sobre os apanhadores de lenha, mostra o quanto de gente morreu nessa merda de mundo porque pretensos donos de terras não permitiam que se recolhesse lenha. Negavam os galhos caídos no chão. E cozinhar em fogão à lenha por vontade é uma coisa, por necessidade é uma puta merda. Essas pessoas que procuram "embelezar" a miséria tem mais é que se f.... O jornalismo deveria cumprir seu papel mostrando porque as pessoas não podem pagar o gás, dando a real do que está acontecendo nesse país, com esse governo de morte. A fome cresce, o preço da comida cresce, o desemprego cresce, a miséria cresce, os despejos crescem. E tudo isso é responsabilidade desse gerentezinho do capital, juntamente com toda a catrefa que o acompanha e o apoia. Não haverá esquecimento nem perdão."
Lygia Freund
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André Vallias
Existirá uma IA de fato inteligente?
Ronaldo Lemos
Um dos argumentos mais poderosos contra a possibilidade de surgimento de uma inteligência artificial “geral” (que emularia o cérebro humano) foi formulado pelo filósofo e linguista John Searle em 1980.
O experimento mental ganhou o nome de “O Quarto Chinês”. Imagine uma pessoa que fala somente português trancada dentro de um quarto. Nesse quarto, há um computador capaz de interpretar e responder em chinês. Uma pessoa que domina o idioma oriental está do lado de fora da sala. Por debaixo da porta ela passa caracteres chineses. A pessoa dentro da sala mostra os caracteres para o computador que, então, retorna com respostas a eles, devolvidas também por debaixo da porta.
A pessoa que está do lado de fora conclui então — erroneamente — que há uma pessoa que fala chinês dentro da sala.
O argumento de Searle é importante para os dias atuais. Já escrevi aqui na coluna sobre o surgimento do GPT-3, uma ferramenta de inteligência artificial que é capaz de escrever artigos e livros inteiros, compor músicas, completar formas geométricas e outras façanhas, bastando para isso que seu usuário insira alguns poucos parâmetros. Em outras palavras, funciona como o mais poderoso “autocompletar” já criado. Alcançou esses status por ser uma inteligência artificial treinada com volumes impressionantes de dados.
É como se tivesse lido todos os livros do mundo (e músicas, filmes, imagens etc.). Com base neles, essa IA consegue “adivinhar” o que vem depois. Se você colocar palavras como “Harry Potter” e “Brasil”, provavelmente vai gerar uma aventura nova do bruxo visitando terras brasileiras.
Tanto é que acaba de ser publicado o primeiro livro que foi escrito em co-autoria com o GPT-3, chamado “Pharmako-AI”. A autora K Allado-Macdowell descreve o processo de escrita como parecido com a jardinagem: você insere alguns conceitos e ideias, a inteligência artificial desenvolve aqueles conceitos. E então a autora volta polindo, revisando, podando a criação feita pela IA. E nessa simbiose do humano com a máquina que leu todo o conhecimento humano o livro vai sendo escrito.
O título não é por acaso. A palavra phármakon em grego significa ao mesmo tempo remédio e veneno. Termo que se aplica bem às aplicações de AI.
É aqui que o argumento de Searle se materializa. A GPT-3 é excelente em sintática (a relação das palavras entre si). Mas não sabe nada de semântica (o significado que as palavras têm para cada um de nós). A inteligência artificial tornou-se ótima em concatenar e organizar as palavras, mas não tem nenhuma ideia sobre seu significado, individualmente ou coletivamente.
É como a pessoa trancada no quarto chinês. Não tem a menor ideia do que está sendo dito, mas consegue retornar os inputs nessa língua de forma coerente.
A pergunta que temos de fazer é: e se a sintática ficar tão boa que simplesmente desistiremos de qualquer pretensão semântica? E se começarmos a ser governados por algoritmos que não têm a menor ideia do que estão falando? O que perdemos se houver uma vitória definitiva da sintática sobre a semântica?
Essas perguntas podem parecer esotéricas, mas devem ser feitas com urgência neste momento em que as inteligências artificiais estão se convertendo em novos oráculos.
Reader
Já era Coreografia só nos palcos
Já é A moda das coreografias de dança na internet
Já vem A moda das coreografias de expressões faciais no TikTok
Ronaldo Lemos
Advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.
FSP 25.04.2021
Rita Romanelli
Hoje estive num médico ele me perguntou qual era meu trabalho e se eu precisava de um atestado...
Respondi que sou professora mas que não precisaria do atestado pois estava trabalhando remotamente.
E escutei:
Que maravilha, mais de um ano em casa recebendo sem trabalhar!
Respondi: Não sei em que mundo o sr vive mas quero me mudar pra lá. Nunca trabalhei tanto na minha vida como durante essa pandemia. Estamos de parabéns, claro que não dá para comparar com seus colegas da saúde que estão atendendo doentes de covid em hospitais. O sr que tá aqui no seu consultório particular, atendendo um paciente por vez, com distanciamento seguro e vacinado é um privilegiado e devia ter a decência de se informar.
Que ódio!
Celso Augusto Schröder
Moisés Mendes tem absoluta razão: Pazuello num shopping em Manaus sem máscara é um ato explícito de provocação. Não estava lá por acaso e nem se deixou fotografar só porque estava de cinta para segurar a barriga. Pazuello está a mando da quadrilha que quer radicalizar para poder dar o sonhado golpe que finalmente possibilitaria o saque total. Manaus é a cidade onde ele é a quadrilha que governa a cidade deixaram sufocar centenas de pessoas por uma mistura perversa de irresponsabilidade e ganância e seu passeio é um ato claro e inequívoca de sociopatia.
Sergio Courel
Uma bela charge que explicita o que muitos já sabiam...
Foto: Reprodução Facebook
Juliana Maya
Foto: Reprodução Facebook
Cesar Benjamin
Via Marta Martinz.
Celebrando Xavi Bou (Nascido em Barcelona, 1979)
Se os pássaros deixassem rastos no céu, como ficariam eles? Durante anos, o fotógrafo Xavi Bou, baseado em Barcelona, tem sido fascinado por esta questão, mas é claro que as aves em voo não deixam vestígios - pelo menos nenhum visível a olho nu.
Mas Bou tinha um plano e ele passou os últimos cinco anos a tentar capturar os esquivos contornos desenhados pelas aves em movimento, ou, como ele diz, "tornar visível o invisível".
Ele começou a explorar técnicas fotográficas que lhe permitiriam mostrar a beleza dos pássaros de uma forma não vista antes e, finalmente, ele escolheu trabalhar com uma câmara de vídeo, da qual ele extrai fotografias de alta resolução.
Depois que ele filma os pássaros em movimento, Bou seleciona uma seção da filmagem e coloca os quadros individuais em uma imagem. Ele acha o processo similar ao filme em desenvolvimento:
Ele não consegue dizer antecipadamente qual será o resultado final, mas há um segundo mágico, diz ele, quando a imagem-chimérica e surreal-começa a surgir.
Antes de Bou começar este projeto, que ele chama de "Ornitografías", ele ganhou diplomas em geologia e fotografia em Barcelona, depois trabalhou como técnico de iluminação na indústria da moda.
Esse trabalho atual, diz ele, combina sua paixão e sua profissão.
"É técnico, desafiador, artístico e natural. É a conexão entre fotografia e natureza que eu estava procurando. Ornitografias é o equilíbrio entre arte e ciência, um projeto de descoberta naturalista e, ao mesmo tempo, um exercício de poesia visual".
Foto: Reprodução Facebook
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