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“Caro cardeal Martini, escrevo-lhe como agnóstica”. Depoimento de Silvia Giacomoni

Foto: Pixabay

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24 Abril 2021

 

"Um diálogo nunca orientado para a 'conversão', mas sim para a compreensão do homem da Igreja às urgentes demandas da jornalista", escreve Antonio Spadaro, jesuíta italiano e diretor da revista La Civiltà Cattolica, em artigo publicado por Repubblica, 21-04-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo. 

 

"Caro Cardeal Martini, continuo a ler seus escritos, estou em constante diálogo com o senhor e talvez por isso (...) estou aqui, na frente da tela ligada, escrevo algumas linhas, apago. (…) Caro Cardeal Martini, escreva-me o senhor algumas linhas. Com afeto". Este é o paradoxo que Silvia Giacomoni entrega ao arcebispo de Milão em uma carta de 7 de março de 1994, reunida em um livro intitulado Diavolo d'un cardinal. Lettere (1982-2012) [Demônio de um cardeal. Cartas (1982-2012), em tradução livre] publicado pela Bompiani. É o sentido aparentemente contraditório de um livro que, ao contrário, é uma coletânea de 103 cartas, muitas das quais justamente de Giacomoni.

Como explicar isso? A verdade é que esse epistolário é o vestígio de uma conversa que vai além e transborda em relação às palavras, e se torna “comunhão de caminho”, como escreve o cardeal, de duas pessoas que têm muito a dizer uma à outra, apesar de sua diferença profunda: um é cardeal, a outra jornalista agnóstica. As palavras, afinal, estão ali, arrancadas de um silêncio que não é o de não saber o que dizer, mas de uma comunicação profunda e, portanto, naturalmente tácita.

As cartas representam uma aproximação respeitosa de percursos que se unem sob a forma de perguntas postas, sugestões de leituras, conselhos e até repreensões respeitosas. Mas, sobretudo, ressonâncias fortes em relação às palavras trocadas por escrito. “Eu, do bispo, não espero sermões - escreve Giacomoni - mas algo que coloque em movimento a minha cabeça”. Por seu lado, Martini muitas vezes expressa o desejo de compreender.

O seu diálogo nunca é orientado para a "conversão", mas sim a compreensão por parte do homem da Igreja das urgentes demandas que a mulher que não crê faz com elegância. Giacomoni sente-se "levada a sério" como se fosse por um "pai: inteligente, culto, com experiências multiformes que não se deixa melindrar: enfim, de respeito". Diavolo di un cardinale é um epistolário de linhas paralelas que se conjugam, mas que principalmente se aproximam, sem nunca se sobrepor. Experimenta-se a geometria de um diálogo, que se compõe, carta após carta, de polígonos nunca iguais. E cada carta é uma história da alma. Até ao aparente paradoxo: “Não sei se rezo pelo senhor - escreve a interlocutora do cardeal -: certamente o senhor é o vetor da minha oração”.

Uma das fortes solicitações em que se baseia o diálogo à distância é a inteligência dada pelo conceito contraposta àquela dada pela imaginação. Martini declara ser capaz de ler apenas o que faz sentido para ele, ou seja, argumentos de filosofia ou semelhantes. Menos narrativas e poesia, para as quais precisa de algum tempo para se sintonizar. Giacomoni, por outro lado, não hesita em insistir com o cardeal: "Eu me pergunto como é possível saber algo sobre o homem moderno se nunca se leu A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, Le rouge et le noir, A consciência de Zeno". E o cardeal rebate, quase se justificando: “justamente porque estou convencido da força modeladora que têm sobre o inconsciente, gostaria de escolher meus modelos para conservar a liberdade”.

A polaridade entre inteligência conceitual e imaginação narrativa, porém, na verdade se dissipa na conversa entre os dois correspondentes porque amadurece em uma aproximação à fé de parte de Giacomoni, que passa pela leitura da Bíblia. A escritora se dedica a isso com estudo e paixão, chegando a escrever uma esplêndida versão “para crianças”. E o relato da Bíblia - que é um livro de narrativas e poesia! - é precisamente a herança que o cardeal lhe entrega. Não, portanto, a inteligência do conceito, aquela que, ao contrário, "tinha me mantido longe do tema de Deus por 50 anos", escreve Giacomoni. E recorda as palavras que lhe disse Paolo De Benedetti: “Ai de você se tivesse chegado a Deus com a inteligência! Ele te pega pelas costas, entra pela chaminé, nunca pela porta. E claro que causa um pouco confusão!”.

Encontramos outro elemento de diálogo na tensão entre as realidades presente e aquelas últimas. A cultura lombarda – “aquele seu grande coirmão, Matteo Ricci, incultura-se com os chineses. Não quer inculturar-se com os lombardos?", pergunta Giacomini ao cardeal - é toda feita de realidade, enquanto ele se sente "feito mais para as coisas do céu do que para aquelas da terra", e declara que encontra dificuldade para ficar entusiasmado com a realidade desta terra. No entanto, mesmo aqui, falando do céu, está um arcebispo que mergulhou radicalmente nas dinâmicas da cidade terrena com discursos e gestos memoráveis.

Descobre-se, assim, que este epistolário é um feixe de tensões. Os dois interlocutores se ajudam, se acolhem pelo que são, se estimam. O único convidado indesejado ao falar de tudo - mídia, ecumenismo, propinas, aborto, Liga, oração, Israel ... - é o moralismo que “vem de uma incapacidade de ver claramente a si mesmo e aos próprios limites”.

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