Transição epocal vista desde a Teoria da Complexidade é tema em debate no IHU

O palestrante será Antônio Sales Rios Neto, engenheiro civil e consultor organizacional

Foto: Pixabay

Por: João Vitor Santos | 09 Dezembro 2020

Não é de hoje que diversos pensadores têm apontado que vivemos uma transição epocal, e mesmo muitos textos publicados aqui no sítio do IHU têm chamado a atenção para essas transformações. Mas como as Ciências da Complexidade podem nos auxiliar a compreender tamanha avalanche de mudanças? Essa é umas das questões que estarão presentes na palestra Transição Epocal na Perspectiva das Ciências da Complexidade. O animal humano irá se reconciliar com a sua condição natural?, ministrada pelo engenheiro civil Antônio Sales Rios Neto. A atividade ocorre no espaço do IHU Ideias, às 17h30min dessa quinta-feira, dia 10-12, e terá transmissão pelas plataformas Microsoft Teams e pelo Canal do IHU no You Tube.

 

Antônio ancora suas análises nas novas perspectivas oferecidas pelas Ciências da Complexidade, tendo como eixo central as ideias de pensadores de diversas áreas do conhecimento, como Edgar Morin, Humberto Maturana, Eric Hobsbawm, Jacques Attali, entre outros. Segundo ele, são várias as perspectivas que trazem “aspectos relevantes para uma melhor compreensão da gravíssima crise civilizatória presente na contemporaneidade, como parte de um fenômeno de transição de época histórica que vem sendo vivenciado pela humanidade, tal como ocorreu na última mudança de época, quando o agrarianismo foi superado pelo industrialismo, ao longo do século XVIII”. E, dentro dessa ideia de transição epocal, o palestrante também abordará a emergência do que tipifica como “revoluções econômica, tecnológica e sociocultural”, assim como “visões de mundo conflitantes que estão nos arrastando para os grandes impasses que se colocam na atualidade e que vêm afetando dramaticamente nossos modos de viver e todo o sistema Terra”.

 

Além disso, Antônio também quer trazer ao centro do debate as questões envolvendo o meio ambiente e a própria emergência climática. “O momento pelo qual passa a humanidade, neste início de século XXI, é de extrema gravidade e, portanto, as possibilidades de profundas regressões, de barbárie e até mesmo de um colapso civilizatório nas próximas décadas já começam a permear algumas análises sobre conjuntura global e sobre o futuro da humanidade”, aponta.

 

 

 

Antônio Sales Rios Neto

 

Graduado em engenharia civil pela Universidade Federal do Ceará - UFC, também é pós-graduado em consultoria organizacional pela Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, vinculada à UFC. É, desde 1995, analista judiciário na área administrativa do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará - TRE-CE, com atuações nas subáreas de gestão de pessoas, tecnologia da informação, gestão judiciária, orçamento, educação política, estratégia corporativa e governança pública. Atualmente desenvolve atividades no setor de auditoria interna do TRE-CE.

Passou a se interessar pela abordagem das Ciências da Complexidade a partir de 2005, quando voltou seus estudos para o que chama de “paradigma emergente da complexidade”, aplicado à política, à sociedade e ao desenvolvimento humano e de organizações. Criou e manteve, no período de fevereiro de 2008 a agosto de 2012, uma rede social, sob a denominação de Escola da Complexidade, voltada à integração e difusão de iniciativas realizadas no Brasil vinculadas à abordagem da Complexidade. Em 2008, fez, por meio da Escola da Complexidade, uma parceria com a Comunidad de Pensamiento Complejo - CPC, sediada na Argentina, para realização do projeto La emergencia de los enfoques de la complejidad en América Latina, que consiste na elaboração de um livro coletivo. É colunista do site de jornalismo Outras Palavras e também colaborador do site A Terra é Redonda.

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