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Por que a adversidade é na realidade prosperidade? Kierkegaard explica

Fonte: Pikist

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17 Setembro 2020

O filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard conjugou como poucas vezes na história um enorme talento literário, encanto e criatividade, com profundidade psicológica e penetração filosófica. Kierkegaard compartilha estes atributos com outro grande filósofo do século XIX, Friedrich Nietzsche. Freud disse que Nietzsche era o homem que melhor conhecia a si mesmo, mas Kierkegaard é tão psicologicamente habilidoso como Nietzsche e como escritor também não é menos. Wittgenstein observou que Kierkegaard foi o pensador mais profundo do século XIX. Há alguns dias, escrevendo para El País, o filósofo e astrofísico Juan Arnau observava que, de todos os filósofos, o melhor escritor é Kierkegaard.

A reportagem é publicada por PijamaSurf, 16-09-2020. A tradução é do Cepat.

Kierkegaard, assim como Nietzsche, morreu jovem, mas foi incrivelmente fecundo. Deixou uma vasta obra que ainda que aparentemente seja muito conhecida, não é apreciada como deveria ser. Realmente não se domina muito Kierkegaard, e inclusive poderíamos dizer sem medo de errar que o filósofo dinamarquês foi subestimado. Kierkegaard pode ser lido de diversas maneiras: como polemista, como humorista, como crítico, como teólogo, como narrador e outras facetas mais, mas sempre predomina em sua obra uma capacidade de iluminar elementos da realidade e do pensamento, não tanto por meio de um relâmpago, mas por uma espécie de intrincada ourivesaria, de uma paciente recorrência que tem a contemplação como modelo.

Em uma passagem de seus Discursos cristãos, Kierkegaard nos oferece uma demonstração de sua sabedoria. Kierkegaard começa uma parte do texto dizendo: “A adversidade [Modgang] é prosperidade [Medgang]”. A esta simples frase - que em dinamarquês é também um jogo de palavras e que, além disso, podemos qualificar como um oxímoro, em suma, um elegante e elevado jogo de palavras -, Kierkegaard dedica uma reflexão de várias páginas. O filósofo destaca rapidamente que tal afirmação não é uma brincadeira ou uma mera provocação. É uma sentença verdadeira, pois realmente o mundo está de cabeça para baixo.

Kierkegaard define a prosperidade como “aquilo que me ajuda a chegar a uma meta. O que me leva a uma meta. E a adversidade é o que me impede de chegar à meta”. E acrescenta: “só aquele que possui a verdadeira concepção do que é a meta para os seres humanos, conhece também o que são a adversidade e a prosperidade”.

Kierkegaard observa um erro fundamental na maneira como as pessoas concebem o sentido da existência humana. “A meta de uns é a temporalidade, a de outros, a eternidade”. Esta é a distinção fundamental. Para as pessoas que buscam o temporal, a prosperidade é radicalmente oposta aos que buscam a eternidade. É por isso que para alguns a prosperidade se torna adversidade e para outros a adversidade se revela como prosperidade.

O mundo está de cabeça para baixo, o ser humano está confuso e persegue um objetivo falso. “A temporalidade pressupõe que todos sabem muito bem o que é a meta, de tal forma que a única diferença entre as pessoas está em se são capazes ou não de alcançá-la”. Aqui, vemos claramente uma crítica à sociedade, ao mundo convencional no qual as pessoas perseguem prazeres e conquistas mundanas como o êxito e o poder.

“O que pode impedir uma pessoa de chegar à meta? Certamente é o temporal. E de que forma? Quando o que ordinariamente se chama prosperidade leva uma pessoa a alcançar a meta da temporalidade... [e assim] fica mais longe de alcançar a meta”, avalia.

Ao contrário da temporalidade, a eternidade está em ir na contracorrente, ou seja, ir contra o que se entende comumente como prosperidade, pois, nesse caso, as pessoas não sabem qual é a meta e devem fazer uma guinada.

Em um sentido profundo, aquele que sofre, aquele que parece ser desventurado e que experimenta uma vida cheia de adversidade, goza de uma maior prosperidade, pois está mais perto de uma mudança de objetivo, de olhar para a eternidade. Mas Kierkegaard não elogia o sofrimento em si, mas o modo como é experimentado. Na realidade, só quem sofre, quem enfrenta a adversidade sem prestar atenção ao fato de que outros rotulam isto como “adversidade”, sem se alterar por ela, mantendo-se firme em sua passagem para o seu objetivo, que se dirige ao eterno, é digno da elevada meta, da própria eternidade.

A meta autêntica, segundo Kierkegaard, é a eternidade, ou seja, uma divina vida infinita, o “reino do céu”. O essencial é que não se busque algo antes. Por mais paradoxal que possa parecer, a não-busca da eternidade é a única coisa pela qual a pessoa deveria procurar. O filósofo nos diz que é necessário “renunciar voluntariamente a meta da temporalidade”. Simone Weil, uma filósofa que tem importantes paralelos com Kierkegaard, diz algo parecido: o que o ser humano deve fazer é renunciar voluntariamente a este mundo, a sua própria importância pessoal, ao que Kierkegaard chama de temporalidade, e esse “não” é, ao mesmo tempo, o “sim” à divindade.

Em última análise, o que parece ser uma maldição, algo que nos faz incapazes de “triunfar” no mundo, revela-se como uma benção, como uma inclinação para um modo de existência mais profundo. “O que se chama adversidade impede que o sujeito que sofre alcance as metas da temporalidade. A adversidade torna isso difícil para ele, talvez impossível”. Em última instância, quem vive adversidades tem maior fortuna, pois quem prospera também terá que renunciar para encontrar o verdadeiro objetivo da existência. E é mais fácil renunciar quando não se tem muito. Kierkegaard é neste aspecto muito pragmático.

O filósofo faz também um chamado a se regozijar na adversidade. Diz que há um tipo de bem-aventurança na qual a adversidade é prosperidade: “Portanto, que você também tenha fé em que a adversidade é prosperidade. Entender é fácil, acreditar é difícil... Enquanto você não acreditar, a adversidade permanece adversidade. Não ajuda que você saiba que é eternamente certo que a adversidade é prosperidade. Enquanto você não acreditar, não é verdade para você”.

Vemos aqui como o filósofo dinamarquês reconfigura e ressignifica a experiência, demonstrando tanto habilidade literária, como sabedoria religiosa. E sua tese vale tanto para a vida religiosa como para a vida secular. Pois, como disse também Nietzsche, por acaso, a adversidade não nos torna mais fortes? Não dependemos também de nossos “inimigos” para crescer? Por acaso, não é verdade que as doenças, as perdas, os obstáculos nos obrigam a nos separar do grosso da sociedade e dos sonhos coletivos e nos fazem prestar atenção naquelas coisas que são essenciais? É verdade que a adversidade é prosperidade, mas não adianta apenas conceitualizar, é necessário que se viva a adversidade como prosperidade, e que nisso haja alegria. É essa alegria na adversidade que nos permite experimentar a eternidade já no próprio tempo.

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