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Os três rostos da solidão: a reflexão de Hannah Arendt à luz do recente confinamento

Foto: Pixabay

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19 Agosto 2020

As últimas páginas do livro “As origens do totalitarismo” (“The Origins of Totalitarianism”, edição em inglês, 1951), de Hannah Arendt, são dedicadas à análise de três termos – isolation, loneliness e solitude – que representam três modos de estar sozinho que a filósofa alemã naturalizada estadunidense analisa com uma alta precisão linguística, que leva a esclarecer o conceito de solidão e ajuda a se orientar dentro desse sentimento que se manifestou com grande evidência no recente confinamento e que, no entanto, representa uma condição com a qual o ser humano deve se defrontar desde sempre.

O comentário é de Lucio Coco, estudioso italiano de espiritualidade e literatura cristã grega e antiga, em artigo publicado em L’Osservatore Romano, 18-08-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Na sequência que a autora apresenta, que assume o caráter de um verdadeiro “clímax ascendente”, primeiro bem o isolation, o isolamento. Ele equivale a uma condição de solidão na qual “todos os contatos entre os indivíduos são rompidos”, e “as capacidades de ação, frustradas”.

O isolamento afeta a função relacional e política do ser humano de se organizar, de formar equipe, de criar grupo. O ser humano isolado paga o preço, em primeiro lugar, da impossibilidade da socialização. Normalmente, diz Arendt, os regimes totalitários sempre se beneficiaram dessa situação, na qual o uno prevalece sobre os muitos (pollói), sobre os quais, pelo contrário, se constrói a democracia da polis, que deve a sua etimologia precisamente ao adjetivo polýs [muito]”.

Do ponto de vista psicológico, o isolamento interrompe as malhas da relacionalidade dentro das quais o ser humano está inserido, faz dele uma ilha, mas nada impede que, nessa ilha, possa haver vida. De fato, embora isolado, o ser humano conserva intactas as suas faculdades criativas. Pelo contrário, o isolamento corresponde à exigência delas para que o ser humano possa se afirmar como homo faber.

No isolamento, ele pode continuar trabalhando, projetando. O mundo, do qual ele está isolado, permanece sempre no seu horizonte, precisamente por meio do seu fazer e realizar. Com efeito, escreve Arendt que, “no isolamento, o ser humano permanece em contato com o mundo como artifício humano”, e isso na medida em que ele consegue conservar “a capacidade de acrescentar algo de próprio ao mundo comum”.

A situação é diferente com a segunda forma de solidão, a loneliness, levada em consideração pela filósofa alemã. Na loneliness, o horizonte mundano que o ser humano pressupõe no seu isolamento é completamente anulado. O que predomina nessa segunda condição é o dado existencial do “sentido de absolutamente não pertencer ao mundo [not belonging to the world at all]”, que, para a escritora alemã, “é uma das experiências humanas mais radicais e desesperadas [which is among the most radical and desperate experiences of a man]”.

A loneliness, acrescenta ela, “está estreitamente ligada ao desenraizamento e ao supérfluo [uprootedness and superfluousness]; o desenraizamento de não ter um lugar reconhecido e garantido pelos outros; o supérfluo de não se sentir parte do mundo”.

A solidão da loneliness corresponde, por isso, a uma forma de alienação que é “contrária às exigências fundamentais da condição humana”. No entanto, como acontece com Dante que, na confusão da “selva”, também entrevê o “bem”, essa obscura passagem existencial que coincide com o estranhamento de si mesmo, do ponto de vista psicológico, também representa “uma das experiências fundamentais de toda vida humana [one of fundamental experiences of every human life]”, no sentido de que toda vida, para se formar e se fortalecer, deve necessariamente fazer as contas com tal condição de abandono.

A loneliness, porém, especifica a filósofa em uma passagem muito significativa da sua argumentação, não é a solidão. Na loneliness, de fato, “eu sou efetivamente uno, abandonado por todos os demais [deserted by all others]”, enquanto, na solitude, eu estou “comigo mesmo e, por isso, dois em um [two-in-one]”.

Na solitude, eu mantenho um “diálogo pensante [thinking dialogue]” comigo mesmo, no qual eu nunca perco de vista os meus semelhantes e o mundo, que permanecem sempre presentes no eu com o qual eu conduzo o diálogo.

Na loneliness, essa referência ao mundo se perde, e o ser humano se encontra na incapacidade de fazer companhia a si mesmo no colóquio íntimo que mantém entre si e consigo. É precisamente esse tipo de solidão boa, que leva Cato, no “De re publica”, de Cícero, a dizer (a citação também é de Arendt) que “nunca estava menos sozinho do que quando estava sozinho” [numquam minus solum esse quam cum solus esse]”.

O contrário é a má solidão da loneliness, que “perde o contato com o mundo dos seus semelhantes” e entrega o ser humano à condição de se sentir “abandonado por toda a companhia humana [I as a person feed myself deserted by all human companionship]”.

Há, no entanto, uma saída para essa situação. Isso ocorre quando o lonely man consegue se reencontrar e recomeçar “o diálogo da solitude [the dialogue of solitude]”. Ou seja, quando ele volta a falar consigo mesmo de modo que o mundo e os seus semelhantes voltem a povoar o seu eu como referências possíveis, embora não presentes.

É evidente que aqui a autora de “A banalidade do mal” se refere ao destino de muitos internados nos campos de concentração nazistas, que conseguiram se salvar do desespero e da loucura, quando não caíram nas mãos dos seus algozes, precisamente encontrando espaços de solidão verdadeira.

No entanto, desse modo, a escritora de origem judaica está mostrando a todos nós o caminho para subir novamente ao cume da “perda do eu” que ocorre na loneliness através da reconquista “da confiança em si mesmo como parceiro dos próprios pensamentos [the trust in himself as partner of his thoughts]”, que representa o pressuposto para transformar uma condição de fechamento em uma vivência positiva de abertura à vida que está na base de toda “solidão boa” em que cada um não sente que se perdeu, mas sim que se reencontrou.

 

Leia mais

  • Banalidade do Mal. Revista IHU On-Line, Nº 438
  • O mundo moderno é o mundo sem política. Hannah Arendt 1906-1975. Revista IHU On-Line, Nº 206
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  • Solidão do ser humano, solidão de Deus. Artigo de Timothy Radcliffe
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