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Ruídos e melodia em tempos de pandemia

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07 Julho 2020

"Como reencontrar a suavidade da quietude, do silêncio e da escuta? Como entrar em sintonia com a música, secreta e mágica, que rege o universo? Que fazer para encontrar uma hora, um minuto, um segundo que seja, de paz e harmonia? A resposta bifurca-se em dois caminhos: o primeiro é tentar esquecer tudo e ouvir a voz do coração e da alma, para alguns a voz da natureza ou de Deus. Mas aqui será fácil tropeçar numa armadilha comum. A exemplo de um rosto que se ama, quanto maior o esforço para esquecê-lo, tanto mais ele se faz presente. A segunda tentativa é rezar os ruídos! Isso mesmo, rezar os próprios ruídos!", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais e vice-presidente do SPM.

Eis o artigo.

Desde Francisco de Assis e Teilhard de Chardin, cresce a consciência de que o universo como organismo vivo celebra uma grande sinfonia da criação. Tudo canta a beleza, a harmonia e a precisão de cada movimento. Cada criatura, orgânica ou inorgânica, representa um instrumento sonoro na gigantesca orquestra universal. Espaço e tempo formam, combinados, o templo profusamente iluminado dessa melodia infinita. A música da água e dos astros, do vento e da brisa, das flores e dos pássaros, são algumas entre as notas mais vivas do canto universal.

Mas esse organismo dinâmico não é a única testemunha de semelhante sinfonia. A natureza emite suas notas silenciosos, e por isso mesmo mais profundas, no íntimo de cada ser humano. Quando a quietude e o silêncio, a paz e a escuta descem como um véu sobre o espírito humano, a alma sente-se embalada por uma melodia absolutamente única, impossível de ser descrita com meras palavras. Coração e mente entram em sintonia com o ritmo do universo. A pessoa humana torna-se, então, uma nota primordial que se funde com a melodia da vida.

Os ruídos do cotidiano, entretanto, impedem deixar-se embalar por esse ritmo terno e silencioso. Taís ruídos, distintos e numerosos, são simultaneamente externos e internos. Às vezes somos nós que os procuramos, na tentativa de escapar ao medo que provoca o encontro a sós consigo mesmo. Impõem-se, nesse caso, as imagens da televisão, as mensagens das redes sociais, a voz do rádio, a conversa vã e vazia de conteúdo. Os ruídos externos, porém, persistem como uma atmosfera estridente de sons, luzes e apelos. Os rumores do marketing, da propaganda e da publicidade associam-se à pressão frenética e obsessiva da moda e do consumo.

Com a pandemia de Covid-19, outros ruídos emergem e tomam conta do dia-a-dia. De um lado, os números de infectados e de mortos, as orientações sobre os cuidados e a limpeza sanitária, as hipóteses de infectologistas sobre curas e vacinas, os anúncios por vezes descabidos sobre remédios “milagrosos”... De outro lado, acertos e desacertos das autoridades sobre como comportar-se na quarentena e no isolamento, corrupção no uso de recursos destinados ao combate do coronavírus, fake news na divulgação dos dados e fatos, acompanhada de insistente politização da pandemia... E ainda, 24 horas sobre 24, informações repetidas e recicladas, como notícias que não param de martelar os ouvidos.

Como reencontrar a suavidade da quietude, do silêncio e da escuta? Como entrar em sintonia com a música, secreta e mágica, que rege o universo? Que fazer para encontrar uma hora, um minuto, um segundo que seja, de paz e harmonia? A resposta bifurca-se em dois caminhos: o primeiro é tentar esquecer tudo e ouvir a voz do coração e da alma, para alguns a voz da natureza ou de Deus. Mas aqui será fácil tropeçar numa armadilha comum. A exemplo de um rosto que se ama, quanto maior o esforço para esquecê-lo, tanto mais ele se faz presente.

A segunda tentativa é rezar os ruídos! Isso mesmo, rezar os próprios ruídos! Tomar consciência deles, identificá-los um a um, dar-lhes os nomes reais – com isso, abre-se a possibilidade de que ocorra uma transfiguração de cada ruído. A humildade e a coragem de tomá-lo pela mão e de encará-lo de frente pode converter o ruído em nota musical. Vale o mesmo com o medo ou o pecado. Ao segurar o touro pelas rédeas, sua fúria transforma-se em mansidão. Discernir, fixar e verbalizar aquilo que nos incomoda é uma forma de vencer sua força.

Deparamos então com a alquimia do silêncio, da escuta, da oração, do retiro, da meditação. Tal processo não modifica os ruídos ou problemas; modifica a maneira de encará-los. Dar nome aos fantasmas que, como sombras sinistras ameaçam a vida, é uma forma de jogar luz sobre eles, o que neutraliza seu peso real e sua energia nefasta. Esse é o segredo: no silêncio da oração, as roucas notas do ruído se transfiguram em melodia. Reencontramos a sintonia entre o espírito e a grande orquestra do universo. A alma volta a repousar no embalo do berço humano-divino.

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