Marcha indígena em Brasília cobra proteção e demarcação das terras indígenas e fim dos assassinatos de lideranças

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11 Novembro 2019

Indígenas do Pará e Amapá marcharam até o Ministério da Justiça, em Brasília, denunciando as invasões a seus territórios e pedindo justiça pelo assassinato de lideranças.

A reportagem é publicada por Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 08-11-2019.

Lideranças indígenas do Pará e Amapá marcharam pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília até o Ministério da Justiça, denunciando as invasões a seus territórios e os recentes assassinatos do guardião da floresta da Terra Indígena Arariboia, Paulo Paulino Guajajara, no Maranhão, e do cacique Emyra Wajãpi, no Amapá.

Participaram da marcha lideranças dos povos Surui Aikewara, Akrãtikatêjê Gavião, Amanaye, Atikum, Guajajara, Guarani Mbya, Tembé, Parakanã, Galibi Marworno, Palikur e Karipuna. Na caminhada, os indígenas carregavam faixas pedindo a proteção e a demarcação de suas terras e fotos das lideranças recentemente assassinadas.

Depois de fazer um protesto na entrada do Ministério da Justiça, os indígenas foram até o gramado do Congresso Nacional, onde clamaram por Justiça e homenagearam as lideranças que morreram defendendo seus territórios.

“Estamos reivindicando nossos direitos contra os retrocessos desse governo e estamos pedindo justiça pelas mortes de lideranças. Perdemos agora Paulo Paulino Guajajara, como foi com outros. Queremos fazer valer a Constituição, queremos demarcação e queremos Justiça. Quando vai parar essa injustiça? Quando mais índios morrerem? Não aceitamos mais isso”, afirma Katia Silene Akrãtikatêjê, cacique da Terra Indígena Mãe Maria.

Confira mais fotos da marcha: 

A delegação de indígenas esteve em Brasília durante toda a semana, ao longo da qual participou de reuniões com Funai, Sesai MEC e outros órgãos e cobrou do Estado a demarcação de suas terras indígenas, a fiscalização e retirada dos invasores nas áreas demarcadas e a garantia de acesso à saúde e à educação diferenciadas.

Na Funai, a delegação cobrou agilidade do órgão e do Estado na demarcação das terras indígenas ainda não regularizadas e a desinstrução dos territórios que se encontram tomados por invasores. Os povos também marcaram posição contra a legalização da mineração em suas terras e questionaram a construção de empreendimentos de infraestrutura que possam afetar seu modo de vida, exigindo o respeito ao seu direito de consulta prévia, livre e informada.

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