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A fome é negra, mas o pó é branco

Foto: Vitor Shimomura | Jornalistas Livres

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15 Outubro 2019

Documentário denuncia trabalho degradante de adolescentes e adultos na produção de gesso do Araripe-PE.

A reportagem é de Raquel Wandelli, publicada por Jornalistas Livres, 14-10-2019.

Grande parte deles são adolescentes de 15, 16, 17 anos. Trabalham em temperatura escaldante ou carregando pesos hercúleos que os envergam cedo para o chão. Mas há também homens de meia idade que não encontram outra alternativa de sobrevivência. A maioria tem a pele negra ou parda, mas a paisagem do Araripe, no Sertão de Pernambuco, e o pulmão dos homens e mulheres que vivem na região estão brancos.

Meio ambiente, pessoas, plantas e bichos estão doentes. Adultos e crianças cedo desenvolvem asma, bronquite, problemas respiratórios e pulmonares graves. Sertão Branco, documentário produzido pela ONG Papel Social, denuncia as condições de vida do povo de trabalhadores semi escravizados e adoecidos pela extração e produção de gesso.

Para compor o quadro desse Nordeste embranquecido pelo pó da quase escravidão, uma equipe de repórteres entrevistou empregados do gesso adultos e púberes, agentes de fiscalização, de vigilância sanitária, assistentes sociais e médicos. Eles trazem o testemunho da infração a todas as leis e convenções sobre a dignidade, saúde e respeito no trabalho. Lesões e mutilações encurtam a vida laboral desses lúmpen-proletários, grande parte autônomos, sem vínculo empregatício ou com vínculo precário. Jornada excessiva e não-regulamentada; amputação de braços, mãos e dedos, devido à falta de máscaras e equipamentos de proteção fazem parte dessa vida severina. Afastados da escola, os adolescentes do gesso chegam em casa só para dormir e retornar à rotina esfalfante na manha seguinte.

A atmosfera, as árvores, plantas, ruas, casas e pessoas cobertas de pó branco compõem o cenário descolorido e sombrio da região do Araripe, no Estado de Pernambuco. Os municípios de Araripina, Ipubi, Trindade, Bodocó e Ouricuri integram o principal polo de produção de gesso do Brasil, produzido a partir do beneficiamento de um mineral chamado gipsita.

Em 2018, a Papel Social recebeu a tarefa de conduzir, sob a coordenação do jornalista Marques Casara, uma análise situacional sobre as condições de trabalho na cadeia produtiva do gesso, como parte do Projeto “Promoção e Implementação dos Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho no Brasil”. Implementado pela Organização Internacional do Trabalho, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, o projeto apurou trabalho escravo, semi-escravo, infantil e irregular ou sem condições de segurança em várias regiões do país, com recursos de multas e indenizações pelo lesionamento de empregados. Sertão Branco é fruto desse investimento na promoção de trabalho decente.

 

Foto: Vitor Shimomura. Fonte: Jornalistas Livres

Em 2019, o projeto “Neve no sertão: a experiência do MPT na (re)configuração do ambiente do trabalho do maior polo gesseiro do mundo” conquistou o segundo lugar na categoria “Transformação Social” do Prêmio CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Sertão Branco é fruto da colaboração entre a Agência de Pesquisa Papel Social, o Ministério Público do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho para a construção de um diagnóstico e planos de ação para a promoção de condições dignas laborais. 

Expectativa de vida: 50 anos

No dia 15 de outubro, terça-feira, na sala Machado de Assis, o Curso de Pós Graduação em Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (PGET/UFSC), promove uma discussão sobre o resultado dessa investigação dolorosa no evento “Traduzindo o Sertão”, aberto ao público. Após a exibição do documentário Sertão branco, haverá um debate com parte da equipe de jornalistas diretores e produtores, composta por André Picolotto, Luara Loth e Vitor Shimomura. Daniel Grajew assina a trilha sonora. Como jornalista e professora, integrante da rede de mídia independente Jornalistas Livres, farei a mediação do debate.

O documentário perfaz o sentido do clássico texto “Fome negra”, publicado na obra A alma encantadora das ruas de crônicas-reportagem que inventariam os povos surgidos no início da industrialização, nos primeiros anos do século XX. Nele, o jornalista, dramaturgo e escritor João do Rio traz uma lancinante denúncia das condições desumanas dos imigrantes negros empregados nas atividades de extração e transporte do carvão das ilhas do Rio de Janeiro para o exterior. Um século depois de “Fome negra”, Sertão branco mostra que o Brasil continua um país escravocrata.

Longe dos olhos da cidade, o capitalismo feudal continua a se alimentar de povos que trabalham em condições degradantes apenas para sobreviver, mesmo cientes de que esse tipo de ganha-pão significa a condenação à morte ou à invalidez precoces, como revela outro trabalhador entrevistado:

“Mais na frente o cabra tá lascado com esse pó de gesso. É o pó do bicho. Daqui a uns tempos o cabra tá morto, né?”

Sem expectativa de futuro, os maltratados operários do minério fino, que mal ganham o dia para comer, encontram subterfúgios para encarar a dura realidade, como na resposta irônica do jovem negro:

“Quando inteirar 50 anos já tá bom. Já vivi bastante…”

 

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