Sociólogo Chico de Oliveira morre aos 85 anos

Chico de Oliveira | Foto: Reprodução

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • “Apenas uma fração da humanidade é responsável pelas mudanças climáticas”. Entrevista com Eliane Brum

    LER MAIS
  • Sheinbaum rejeita novamente a ajuda militar de Trump: "Da última vez que os EUA intervieram no México, tomaram metade do território"

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

11 Julho 2019

Morreu na manhã desta quarta-feira (10) o sociólogo recifense radicado em São Paulo, Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira. A informação foi confirmada pelo colega e sociólogo Ruy Braga, nas redes sociais: “Chico de Oliveira nos deixou essa madrugada. Semana passada visitei-o no hospital e ele pareceu-me animado e falante. Combinamos uma conversa pra essa semana sobre o novo projeto do Cenedic. Infelizmente, esse papo não acontecerá. Quanta tristeza. Que perda”, postou em sua página no Facebook.

A reportagem é publicada por Brasil de Fato, 10-07-2019.

Quem foi Chico?

Ele nasceu em 1933, em Recife, Pernambuco, onde também se graduou em Ciências Sociais e trabalhou na Sudene, com Celso Furtado. Com o golpe militar de 1964, passa dois meses preso e se muda para o Rio de Janeiro.

Professor titular aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), Oliveira foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria Ciências Humanas, pelo livro Crítica à razão dualista/O ornitorrinco, publicado pela editora Boitempo. Seu último livro Brasil: Uma Biografia Não Autorizada”, é uma coletânea que traz textos inéditos e artigos publicados nos anos recentes.

Ele também foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e compôs a 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro, instituída pelo PT em 1981, antecessora da Fundação Perseu Abramo.

Em 2003, ele rompeu com o PT, por conta de divergências com algumas posturas “reformistas” adotadas por Lula em seu primeiro mandato e se filiou ao PSOL. Seguiu bastante crítico aos governos petistas, mas reconheceu que o partido “cumpriu uma missão” e que a prisão do ex-presidente “tem forte caráter político”.

O sociólogo também recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo instituto de Economia da UFRJ, e em 2010, da Universidade Federal da Paraíba. Desde 2008, é professor emérito da FFLCH-USP.

Assista à entrevista de Chico de Oliveira sobre a "esquerda reformista":

 

Leia mais