• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Nicarágua. “Queremos que Ortega deixe o governo”, afirma Ernesto Cardenal

Ernesto Cardenal, no seu mosteiro Solentiname, na década de 1970. Foto: Arquivo Pessoal

Mais Lidos

  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS
  • Operação Contenção realizada na capital fluminense matou de mais de cem pessoas na periferia e entra para história como a maior chacina carioca de todos os tempos, sem, no entanto, cumprir o objetivo que era capturar Doca, apontado como líder do Comando Vermelho

    Rio de Janeiro: o desfile macabro da barbárie na passarela de sangue da Penha. Entrevista especial com Carolina Grillo

    LER MAIS
  • Massacre no Rio. “O objetivo subjacente da operação era desafiar as negociações de Trump com Lula”. Entrevista com Sabina Frederic

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

22 Março 2019

Ele ficou 16 dias hospitalizado e muitos temeram o pior. Mas aos 94 anos, o poeta e padre nicaraguense Ernesto Cardenal não apenas sobreviveu a uma grave infecção renal, como voltou à sua rotina literária.

A reportagem é de Gabriela Selser, publicada por Deutsche Welle, 21-03-2019. A tradução é de André Langer.

“Eu me sinto ótimo, só tenho um pouco de tosse noturna, mas nada grave, deve ser uma doença da velhice”, disse em entrevista a Deutsche Welle o famoso autor de Salmos, Vida Perdida e Epigramas, entre um vasta obra literária traduzida para mais de 20 línguas e incluída em cerca de 100 antologias.

Ele nos recebe em sua casa em Manágua, vestido com sua típica camisa camponesa branca, seu jeans largo e boina preta sobre um cabelo grisalho. Está sentado ao lado de uma escrivaninha rústica em seu quarto austero e monástico, onde há apenas uma ampla poltrona de couro, uma cama de hospital e uma rede azul de tecido, sua favorita para pensar e descansar.

A pequena máquina de escrever não para de teclar quando o poeta é chamado pelas palavras. Três afáveis enfermeiras se revezam para lembrá-lo de tomar o remédio ou ajudá-lo em suas leituras.

Apesar de estar de bom humor, angustia-o pensar na Nicarágua. “A situação piorou. Queremos sair disso, queremos uma mudança total de país, uma verdadeira mudança social”, comenta.

Há quase um ano escreveu uma proclamação denunciando a repressão do governo contra uma rebelião estudantil que começou em 18 de abril. Nela, manifesta-se contra o diálogo da oposição com o presidente Daniel Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo.

“E continuo dizendo: não ao diálogo. Queremos simplesmente que o casal presidencial deixe o governo, não há o que discutir”, exclama ao ser questionado sobre as novas negociações, que começaram no dia 27 de fevereiro para tentar resolver a crise política que agora já dura 11 meses.

O que você diria às pessoas de fora do país sobre o que acontece na Nicarágua? “Elas deveriam saber o que está acontecendo sem que eu o diga. Eu não tenho liberdade para dizê-lo, não há liberdade de qualquer espécie. Qualquer pessoa pode sofrer repressão. Nem eu estou livre disso”, afirma.

Como resolver o que está acontecendo na Nicarágua? “Eu não sei. O povo sabe, que tem o poder de fazer. E os jovens principalmente, que tentaram, mesmo sem sucesso. Mas continuamos esperando. A esperança é o que nos faz continuar”.

O padre revolucionário

Ernesto Cardenal começou a fazer versos quando ainda era criança e antes mesmo de aprender a ler. Seu primeiro poema, dedicado ao túmulo de Rubén Darío, escreveu inspirado por seu pai, que lia em voz alta as rimas do precursor do modernismo (1867-1916).

“Aquele poema era uma coisa infantil, muito primitiva. Na verdade, não era poesia, mas eu chamava de poesia”, recorda com um sorriso.

Com a mesma paixão com que amou as letras, abraçou a religião. Ordenado sacerdote em 1965, fundou uma comunidade de artistas camponeses no arquipélago de Solentiname, no sul do Lago da Nicarágua, de onde saíram grupos guerrilheiros que lutaram contra o ditador Anastasio Somoza.

Durante a Revolução Sandinista, que incluiu o primeiro governo de Daniel Ortega de 1985 a 1990, foi ministro da Cultura. Por causa de seu compromisso político, o Papa João Paulo II aplicou-lhe a sanção “a divinis” em 1984, proibindo-o de exercer o sacerdócio junto com outros três padres sandinistas.

A sanção papal durou 35 anos, apesar de o padre Ernesto ter se distanciado dos sandinistas e em 2007, após o retorno de Ortega ao poder, ter se transformado em um crítico ferrenho daquilo que chamou de “nova ditadura”.

Em meados de fevereiro, quando Cardenal esteve gravemente enfermo, o Papa Francisco anulou a sanção vigente durante 35 anos. Nesse mesmo dia, o autor de O Evangelho em Solentiname concelebrou uma missa no hospital junto com o Núncio Apostólico em Manágua, à qual se seguiram outras missas em sua casa, com amigos próximos.

Conta que a sanção papal não afetou a sua vida sacerdotal, “porque não me tornei padre para administrar sacramentos, comunhões ou celebrar casamentos. A minha vocação sacerdotal sempre foi de compromisso social, e isso nunca abandonei”, esclarece.

Ernesto Cardenal analisa os escândalos de pedofilia que abalaram a Igreja Católica nos últimos anos e os atribui à obrigação do celibato para os sacerdotes, algo que considera “antinatural”.

“São Paulo dizia que ele era celibatário porque queria, não obrigava ninguém a isso. E os outros apóstolos não eram celibatários, portanto não tem porque haver um celibato obrigatório”, argumenta.

Deus e o cosmos

Cardenal admira a gestão do papa argentino Jorge Bergoglio. “É um milagre, uma bênção de Deus. Ele está fazendo uma revolução no Vaticano e, portanto, também na Igreja e no mundo”, disse.

O tema de Deus como autor do universo aparece em muitas de suas obras a partir do famoso Cântico Cósmico (1993), um poema de mais de 500 páginas traduzido para várias línguas e que considera seu livro mais querido. “É a minha obra-prima, pelo tamanho e pela maneira como abordo o tema”, assegura.

Na mesma linha, publicaria mais tarde O telescópio na noite escura (1993), Este mundo e outro (2011), Assim na Terra como no céu (2018) e Filhos das estrelas (2019), entre outros.

Agora, o premiado escritor espera a rápida publicação de uma nova antologia, Poesia Completa, que será lançada na Alemanha e na Espanha, países onde milhares de pessoas desfrutaram de suas obras.

Enquanto isso, um novo poema sai de sua máquina de escrever. Intitulado “Estamos no firmamento”, seus versos esfumam de forma recorrente a linha divisória entre narrativa religiosa e teoria científica. “O universo tem um criador que é Deus, e uma evolução que vai em direção a Ele. Portanto, não há cosmos sem Deus”, conclui Cardenal.

Leia mais

  • Ernesto Cardenal e sua voz profética. Artigo de Sergio Ramírez
  • Ernesto Cardenal: “Deus dorme comigo na rede”
  • Ernesto Cardenal agradece ao Papa Francisco o perdão e está pronto para ir para casa
  • Um epigrama de amor de Ernesto Cardenal musicalizado por Luis Pastor González
  • Na comemoração de dois grandes poetas-profetas
  • Oração por Ernesto Cardenal, uma homenagem à sua poesia
  • A última primeira missa de Ernesto Cardenal
  • Ernesto Cardenal. Não é um filho pródigo da Igreja
  • Papa Francisco revoga permanentemente todas as sanções canônicas contra o padre e poeta Ernesto Cardenal
  • Papa Francisco reabilita Ernesto Cardenal, padre e poeta nicaragüense
  • Bispo nicaraguense visita o padre Ernesto Cardenal, convalescente em um hospital de Manágua
  • Ernesto Cardenal, sacerdote e poeta nicaraguense, internado por causa de uma infecção
  • Nicarágua. Ernesto Cardenal dedica el Premio Mario Benedetti a Nicaragua y al niño mártir Alvarito Conrado - vídeo
  • Nicarágua. “Daniel Ortega e sua mulher são os donos absolutos de todo o país”, afirma Ernesto Cardenal
  • Nicarágua. Carta urgente de Ernesto Cardenal
  • Ernesto Cardenal na oração inter-religiosa desta semana
  • Ernesto Cardenal: “A Nicarágua é uma ditadura. Sou um perseguido político de Ortega e sua esposa”
  • Carta aberta a Daniel Ortega em defesa de Ernesto Cardenal
  • "Francisco é melhor do que poderíamos ter sonhado". Entrevista com Ernesto Cardenal

Notícias relacionadas

  • Ernesto Cardenal na oração inter-religiosa desta semana

    LER MAIS
  • Nicarágua. Encuestas anticipan victoria sandinista el 6 de noviembre

    LER MAIS
  • La Iglesia de Nicaragua vuelve a solicitar un trato justo para los inmigrantes

    LER MAIS
  • O cardeal Brenes desmente que esteja se aproximando do Governo da Nicarágua

    O arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes Solórzano desmentiu em declarações divulgadas por diversos canais de televisã[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados