16 Janeiro 2019
Morreu aos 87 anos o advogado Mario Ottoboni, o "visionário" fundador, em 1972, da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). Ottoboni vivia no Brasil em São José dos Campos. Sua atuação ajudou a humanizar um sistema, o sistema carcerário brasileiro, considerado um dos mais violentos do mundo. Graças à associação, nasceram instituições prisionais alternativas, chamadas "prisões sem carcereiros", primeiro na diocese de São José dos Campos e, em seguida, também em outras cidades do Brasil, sob o lema: "Aqui entra o homem, o crime fica de fora”.
A informação é publicada por Servizio Informazione Religiosa - SIR, 15-01-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
A Regional Sul 1 da Conferência Episcopal do Brasil - informa a agência Sir - "une-se no luto da Diocese de São José dos Campos, orando para que Deus receba e recompense este grande homem, que fez história na defesa da dignidade dos irmãos e das irmãs detidos".
Leia mais
- Método APAC e uma outra concepção de presídio. Entrevista especial com Valdeci Ferreira. Revista IHU On-Line, N° 471
- O sistema prisional brasileiro. Um espelho da sociedade. Revista IHU On-Line, N° 293
- Voluntário difunde método de prisões humanizadas exportado para 19 países
- Serviços penais ou segurança pública: qual o lado do sistema penitenciário?
- Foucault e a crise do sistema prisional brasileiro
- 10 medidas para o sistema prisional. Propostas estruturais na política penitenciária brasileira
- ‘Os massacres de presos são uma prática sistemática no Brasil’, afirma Padre Valdir Silveira, coordenador da Pastoral Carcerária
- As cadeias da Pastoral Carcerária que, sem armas, derrubam as taxas de reincidência criminal no Brasil
- Em MG, uma prisão onde os presos têm a chave da cela
- Bonde errado. "Prisão é para morrer lá, abandonado"
- Seis medidas para solucionar o caos carcerário
- Sistema Prisional: quem conhece o tamanho do problema?