Ex-presidente da Irlanda diz que batismo cria "pequenos recrutas"

Mais Lidos

  • Porque o Cardeal Burke não é o Cardeal Ottaviani. O próprio Papa confirma e esclarece

    LER MAIS
  • “Tudo mudou no dia 7 de outubro, para o Papa governar sozinho a Igreja é um limite”. Entrevista com Massimo Faggioli

    LER MAIS
  • O coração ajuda a ver. Artigo de José Tolentino Mendonça

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

25 Junho 2018

De acordo com a ex-presidente da Irlanda, batizar bebês é uma violação de seus direitos humanos.

A reportagem é de Charles Collins, Publicada por Crux, 23-06-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

Mary McAleese, ex-presidente da Irlanda que permaneceu no cargo durante os anos de 1997-2011, disse que não participaria do Encontro Mundial das Famílias, a ser realizado entre os dias 22 e 26 de agosto, em Dublin.

Ela falou ao Irish Times que o evento, do qual Papa Francisco irá participar, servirá apenas como uma "manifestação política" para o "reforço da ortodoxia". Ela também mencionou ao jornal que batizar crianças antes que elas atinjam a idade da razão, a Igreja está criando “pequenos recrutas que são mantidos em obrigações vitalícias de obediência”.

“Você não pode impor obrigações às pessoas com apenas duas semanas de idade e dizer a elas: ‘aqui está o que você se inscreveu'”, disse ela.

“As pessoas não entendiam que tinham o direito de dizer não, o direito de ir embora. Vivemos agora em tempos em que temos o direito à liberdade de consciência, liberdade de crença, liberdade de opinião, liberdade religiosa e liberdade de mudar de religião. A Igreja Católica ainda tem que abraçar completamente esse pensamento”, ressaltou McAleese.

McAleese é católica praticante, licenciada em direito canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Seu livro, Quo Vadis? Collegiality in the Code of Canon Law (Quo Vadis? A Colegialidade no Código de Direito Canônico, em português) foi publicado em 2012.

Nos últimos anos, ela se tornou porta voz em sua oposição aos ensinamentos da Igreja sobre homossexualidade e ordenação de mulheres.

Em fevereiro, estava programada para falar no Vaticano em um evento patrocinado pela Voices of Faith, mas o cardeal americano nascido na Irlanda, Kevin Farrell, chefe do Dicastério para Leigos, Família e Vida, vetou sua aparição.

Os organizadores mudaram o evento de local, que era realizado no Vaticano desde 2014, para a sede dos Jesuítas mais próxima e pediram a McAleese que se tornasse a oradora principal.

No dia 16 de junho, McAleese, falando em um evento do We Are Church, no Gonzaga College, em Dublin, disse que votou a favor no referendo de 25 de maio, que removeu as proteções pró-vida para os não-nascidos da Constituição irlandesa. Ela também afirmou que seu voto "não foi um pecado", em referência aos comentários de um bispo cujo os católicos que votaram a favor precisavam se confessar.

Apesar de não comparecer ao Encontro Mundial das Famílias, McAleese disse ao jornal que participaria da Dublin LGBTQ Pride em 30 de junho.

O acontecimento tem como tema We Are Family (Somos uma família, em português), em referência ao evento patrocinado pelo Vaticano.

O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, disse que o Encontro Mundial das Famílias será inclusivo e aberto a todos.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Ex-presidente da Irlanda diz que batismo cria "pequenos recrutas" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU