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Uma esperança real para as muçulmanas do nosso tempo

Foto: Pixabay

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06 Junho 2018

Na conclusão de sua monografia sobre Rabi’a al-Adawiyya, a grande mística de Basra que morreu em 801, a estudiosa Inglesa Margaret Smith escrevia: "As mulheres santas são uma multidão [...]. Elas representam, sem dúvida, a mais sublime altura que a mulher muçulmana pode alcançar. Pelo respeito que os homens muçulmanos têm mostrado com elas e pelo exemplo que fornecem para as mulheres muçulmanas, pode-se cultivar uma real esperança que para as mulheres muçulmanas do nosso tempo, exista a possibilidade de avançar para um melhor padrão de vida religiosa e social. "

O artigo é de Samuela Pagani, publicado por L'Osservatore Romano, 04/05-06-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

A primeira edição do livro de Margaret Smith é de 1928. Naquela época, ainda que estivesse começando a ser ameaçado, o poder dos santos e das santas sobre as consciências dos fiéis e da importância de seus santuários na paisagem da cidade e dos campos era muito maior do que é agora. As transformações que afetaram o mundo islâmico contemporâneo coincidem em grande parte com o crepúsculo dos santos, para retomar o título do livro de James Grehan (2014) sobre a religião popular na Síria e da Palestina otomanas entre o século XVIII e início do século XX. A partir dessa época, novas divisões territoriais foram redesenhando, além de fronteiras políticas, a geografia sagrada e o imaginário das pessoas. Nos dois extremos do antigo Império Otomano após a I Guerra Mundial, os mausoléus de santos foram transformados em museus, como na República da Turquia, ou completamente arrasados, como na Arábia Saudita. Em outras países da região, onde a descontinuidade não foi tão brutal, a fé nos santos perdeu influência social e prestígio intelectual diante do surgimento de ideologias seculares e fundamentalistas. O desencanto dos novos intelectuais é apreendido em sua dimensão dramática em um romance exemplar do escritor egípcio Yahia Haqqi, A lâmpada de Hum Hashim, publicado em 1944. A lâmpada do título é aquela suspensa sob a cúpula da mesquita de Sayyida Zaynab, que domina o bairro pobre do Cairo, onde vive a família de Ismail, formada pelos pais e uma prima órfã. Quando Ismail, recém chegado de Londres onde estudou medicina durante sete anos, descobre que sua mãe usa o óleo bento da lâmpada para curar os olhos doentes de sua prima, ele corre furiosamente até a mesquita e destrói a lâmpada com uma paulada. Ismail realiza seu gesto iconoclasta em nome da "ciência" contra a "superstição". Para as novas lideranças seculares, como para os teólogos que condenam o culto dos santos, a "superstição" do povo é um desvio da verdade que deve ser corrigido, se necessário por meios violentos.

No contexto de uma modernização vinda de cima, o crepúsculo dos santos comporta, de fato, uma redução ainda maior no poder das camadas populares, dado que no Islã a santidade é em primeiro lugar vox populi, um reconhecimento que vem das bases e que muitas vezes confere autoridade às pessoas mais humildes. Um exemplo é a veneração generalizada para as santas, apesar da presença discreta de mulheres nas fontes escritas. A figura, certamente literária, de Su'ûd, a mestra de Dhû l-Nûn morta em 859 e descrita nesta edição da revista por Francesco Chiabotti, acumula vários elementos marginais comuns a outras figuras de mulheres santas: não só ex-escrava e negra, mas ex-cantora e cortesã.

O papel ativo do povo na criação dos santos não comporta necessariamente um conflito com a teologia das classes letradas. Como mostrado mais adiante o artigo de Nelly Amri, a teoria da santidade elaborada por Ibn 'Arabi, que justifica a possibilidade de uma mulher alcançar o mais alto grau de santidade e também ser profeta, forneceu ao anônimo autor da hagiografia da santa tunisiana Mannûbiyya o quadro conceitual que lhe permite consagrar com um livro o culto de uma mulher "arrebatada em Deus", que havia desafiado em sua vida as regras da separação entre os sexos, suscitando severas condenações por parte dos contemporâneos.

O sucesso do sufismo até o período moderno deve-se justamente ao seu papel de ponte entre fé popular e teologia, e também entre cultura secular e religiosa, imaginação poética e poder visionário.

Além do enfraquecimento de grandes camadas da população excluídas dos benefícios da modernização, o crepúsculo dos santos coincide com a crise de autoridade ligada na cultura islâmica à noção de santidade. Tarbiya, o termo árabe para educação, originado de um verbo que significa "criar", "fazer crescer" é semanticamente próximo ao latino auctoritas, derivado do verbo augeo. A natureza geradora da transmissão do conhecimento é simbolizada pela amamentação. O mestre sufi é, de fato, às vezes representado como uma ama. Conectado a outro símbolo feminino é a capacidade do Profeta para acolher com um coração virgem a descida da Palavra divina. Essa é de acordo com alguns comentaristas, a explicação do epíteto Ummî (na maioria das vezes entendido como "iletrado") atribuído a ele no Alcorão (7.157). Em seu comentário sobre esse versículo, Baghawi (falecido em 1122) cita uma tradição que sugere que essa faculdade profética é acessível a todos os crentes. De acordo com essa tradição, Deus anuncia a Moisés o advento da comunidade dos crentes muçulmanos, descrevendo-os assim: "Colocarei a minha Presença Pacificadora (sakina, equivalente ao hebraico shekinah) em seus corações, e eles recitarão a Torá de memória, lendo-a nos seus corações; a recitarão o homem e a mulher, o livre e escravo, o pequeno e o grande".

Abdullah Ibn Mas’ûd, o companheiro do Profeta de origem humilde a quem foi reconhecida uma autoridade especial por seu entendimento do Alcorão com a inteligência do coração, foi chamado de Ibn Umm' Abd, o "filho da mãe de um servo", um apelido que remetia à sua filiação por parte de mãe e não de pai, porque apenas a mãe desfrutava de prestígio religioso, por sua fé e sua familiaridade com o Profeta. De acordo com Ibn Mas’ûd, o Profeta teria dito: "Deus não santificará (yuqaddisu) um povo que não dá ao fraco o seu direito." Ele próprio teria descrito os amigos de Deus como aqueles que "pedem chuva e são atendidos, fazem germinar a terra, rezam contra os tiranos, que são partidos, e mantêm distantes as desgraças." A 'intimidade' (uns) com Deus dá aos seus amigos a coragem de falar-lhe com liberdade sem precedentes em suas orações de intercessão. Outro fruto dessa intimidade é a confiança dos animais, um tema que aparece muitas vezes na hagiografia dos ascetas muçulmanos do período mais antigo.

Fala-se que os animais não fugiam mais de Rabi'a por sua completa abstinência de alimentos de origem animal. De escrava negra Maymuna al-Sawdâ conta-se que conduzia as ovelhas ao pasto, e enquanto rezava elas se misturaram sem medo com os lobos. O asceta Abd al-Wahid ibn Zayd (morto em 793) tinha ido procurá-la depois de ter ouvido falar por uma mulher presa em um asilo para loucos que Maymûna seria a sua esposa no paraíso. Ele a tinha encontrado vestindo uma túnica em que estavam bordadas as palavras "não se compra e não se vende". Nesse relato, como no idílio entre Su'ûd e Dhû l-Nûn, a intimidade com Deus restabelece, junto com a amizade entre o homem e o animal, aquela entre a mulher e o homem, desarmando o núcleo de violência presente nas relações de dominação.

Não causa surpresa que as fontes sufis continuem a fornecer recursos para estudiosas e pensadoras muçulmanas empenhadas em religar o discurso moderno sobre os direitos e a dignidade da mulher com o patrimônio clássico. Isso permanece atual não só porque dá voz a um ideal do igualitarismo, mas por sua capacidade de encenar o permanente conflito desse ideal com as profundas forças sociais e psicológicas que obstaculizam a sua realização.

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