Mulheres da Igreja da Inglaterra querem um órgão independente para lidar com casos de abuso sexual

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07 Novembro 2017

Líderes dizem que comportamento predomina no seio da Igreja depois que casos de Harvey Weinstein vieram à tona, encorajando vítimas a falar.

Importantes mulheres na Igreja da Inglaterra têm lutado pelo reconhecimento da grande incidência de abusos sexuais na Igreja e ao estabelecimento de um processo independente para lidar com as queixas.

Após as várias acusações de assédio sexual contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein, o clero feminino e leigas da Igreja utilizaram a hashtag #MeToo no Twitter, relatou o jornal The Guardian em 1º de novembro.

A informação é publicada por La Croix International, 03-11-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Rachel Treweek, bispa de Gloucester e primeira bispa a ocupar um cargo na Câmara dos Lordes, disse que é uma preocupação na sociedade, "que seríamos ingênuos se pensássemos que não era um problema na Igreja também".

"O perigo é começarmos a achar que não existe na Igreja da Inglaterra. Claro que existe. Precisamos garantir que temos diálogo para que as pessoas possam se expressar e ser levadas a sério."

Jayne Ozanne, membro do Sínodo da Igreja da Inglaterra, disse: "O abuso de poder, particularmente em relação às contravenções sexuais, nunca será penalizado pelos que estão nas mesmas chamadas estruturas de poder. O desejo de proteger a reputação é muito forte."

Ozanne disse que foi violentada por um padre na década de 90 e que um bispo a aconselhou a não denunciar. "Não se enganem, são vários os casos de abuso e assédio sexual dentro da Igreja – em praticamente todos os níveis da hierarquia", afirmou.

O Rev Charlotte Bannister-Parker, da Igreja de Universidade Igreja da Virgem Maria, em Oxford, disse que a atenção sexual indesejada era um "problema considerável para a Igreja, assim como para qualquer outra grande instituição".

A Igreja, como porta-estandarte da moral na sociedade, deve assumir a liderança em reconhecer e lidar com essas questões, acrescentou.

David Greenwood, advogado especialista em abuso sexual clerical, disse que estava trabalhando com "cada vez mais mulheres em situação de vulnerabilidade que depois são 'introduzidas' à atividade sexual por um padre. É realmente muito preocupante".

Ele acrescentou que medidas disciplinares internas da Igreja não foram adequadas para lidar com esses casos.

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