Bispos católicos condenam manifestação da supremacia branca em Charlottesville

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14 Agosto 2017

O cardeal Daniel DiNardo, presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, condenou a “violência e o ódio” manifestados em um encontro de supremacistas brancos em Charlottesville, Virgínia, dizendo que os bispos dos Estados Unidos “estão ao lado de todos os que são oprimidos pela ideologia do mal” e unem suas vozes “a todos aqueles que pedem calma”.

A reportagem é de Michael J. O’Loughlin, publicada no sítio da revista America, 12-08-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um grupo que se autodescreveu como parte da “alt-right” reuniu-se em Charlottesville neste fim de semana, alguns carregando material nazista e cantando gritos de guerra antissemitas pelas ruas. A reunião se tornou violenta quando um carro atropelou uma multidão de pessoas que protestavam contra a manifestação, que foi realizada por nacionalistas brancos que se opõem à remoção de uma estátua do general confederado Robert E. Lee por parte da prefeitura de Charlottesville. As autoridades disseram que uma pessoa foi morta, e pelo menos 26 foram atendidas em hospitais locais.

“Os abomináveis atos de ódio exibidos em Charlottesville são um ataque à unidade da nossa nação, e, portanto, convocamos a todos a uma oração fervorosa e a uma ação pacífica”, disse o cardeal em um comunicado divulgado no final da tarde de sábado.

“Nós também estamos prontos para trabalhar com todas as pessoas de boa vontade para acabar com a violência racial e para construir a paz em nossas comunidades”, continuou.

O cardeal DiNardo, arcebispo de Galveston-Houston, também ofereceu “orações pela família e pelos entes queridos da pessoa que foi morta e por todos aqueles que ficaram feridos”.

Por sua vez, o bispo Francis X. DiLorenzo, da diocese de Richmond, que abrange Charlottesville, divulgou uma declaração no sábado condenando a violência.

“Nas últimas 24 horas, o ódio e a violência foram manifestados na cidade de Charlottesville. Eu sinceramente rezo pela paz”, disse ele, citando uma oração pela paz comumente atribuída a São Francisco de Assis.

“Eu rezo para que esses homens e mulheres dos dois lados possam conversar e buscar soluções para as suas diferenças de maneira respeitosa”, continuou o comunicado. “O amor de Jesus Cristo é a arma mais poderosa contra o ódio. Somente a luz de Cristo pode apagar as tochas do ódio e da violência. Rezemos pela paz.”

A Arquidiocese de Washington, localizada a cerca de 100 milhas a norte da manifestação, tuitou: “Senhor, mostre-nos novos caminhos em que o ódio possa ser deixado para trás, as feridas, curadas, e a unidade, restaurada. Amém. #charlottesville #pray4peace”.

O clero local se reuniu em Charlottesville para expressar sua oposição à manifestação, e outros líderes religiosos usaram as redes sociais para condenar o racismo à luz da manifestação:

 

O caos eclodiu naquele que se acredita ser o maior grupo de nacionalistas brancos a se unir em uma década: o governador declarou estado de emergência, e a polícia, utilizando equipamentos antimotim, ordenou que as pessoas se dispersassem, enquanto helicópteros sobrevoavam a região.

A turbulência começou na noite de sexta-feira, quando os nacionalistas brancos carregaram tochas pelo campus universitário naquilo que eles chamaram de manifestação “pró-brancos”. A reunião rapidamente se transformou em violência na manhã de sábado. Centenas de pessoas trocaram socos, jogaram garrafas de água e utilizaram sprays químicos. Pelo menos oito pessoas ficaram feridas e uma foi presa em conexão com a manifestação.

O presidente Trump tuitou no sábado que “todos nós devemos estar unidos e condenar tudo o que o ódio representa”. E então escreveu: “Não há nenhum lugar para esse tipo de violência na América. Vamos nos unir como um só!”.

Mas alguns nacionalistas brancos citaram a vitória eleitoral de Donald Trump como a validação para suas crenças, e os críticos de Trump apontaram para a retórica racial do presidente, que explora as crescentes tensões raciais da nação.

Mais tarde, no sábado, Trump condenou aquilo que ele descreveu como violência “em muitos lados”, mas não mencionou especificamente o racismo ou os feridos causados pelo carro.

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