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03 Agosto 2017

Para especialista, estudo poderá abrir caminho para o desenvolvimento de métodos que corrijam mutações genéticas hereditárias e impeçam a sua transmissão

O comentário é de Mayana Zatz, diretora do Centro de Pesquisas do Genoma Humano da Universidade de São Paulo - USP, publicado por O Estado de S. Paulo, 03-08-2017.

Eis o texto.

O estudo é de grande importância para aprimorar a ferramenta Crisper de edição do genoma e entender como ela funciona em embriões humanos, o que poderá abrir caminho para o desenvolvimento de métodos que corrijam mutações genéticas hereditárias e impeçam a sua transmissão.

Sou totalmente a favor desse tipo de pesquisa. Hoje, quando um casal faz reprodução assistida e quer evitar que o filho herde uma mutação genética causadora de doenças, os embriões sem a mutação são implantados e os demais, descartados. Com a técnica de Crisper, seria possível no futuro corrigir o defeito sem descartar embriões e, ao mesmo tempo, garantir que a mutação não seja transmitida para as gerações seguintes.

Um longo caminho terá de ser percorrido até que a técnica possa ter aplicação médica, mas o essencial é que as pesquisas continuem. Quem se opõe a esses estudos acredita que a técnica poderia ser utilizada para manipular o genoma humano de forma a desenhar pessoas com características desejadas - uma espécie de eugenia -, mas estamos muito distantes disso. Mesmo que não houvesse qualquer preocupação com ética, características como beleza e habilidade para esportes, por exemplo, são multifatoriais e dependem de vários genes. Esse tipo de manipulação seria algo muito difícil de executar na prática.

O importante é que as pesquisas prossigam, com foco em doenças genéticas. Há muito controle no que está sendo feito e ninguém vai implantar esses embriões no útero de uma mulher sem segurança. Se não fizermos pesquisas, não vamos aprender a utilizar essas tecnologias para o benefício da humanidade.

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