O machismo perdeu o voo

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Por: Jonas | 18 Julho 2016

Na segunda-feira à noite, o voo 909 da American Airlines, que faz o percurso entre Miami e Buenos Aires, decolou com uma hora e meia de atraso porque sete passageiros, ao saber que o avião era pilotado por duas mulheres, decidiram não voar. O episódio se espalhou pelas redes sociais, depois que um amigo de pessoas que, sim, viajaram expôs ocorrido no Twitter. A demora se deu porque, após os passageiros que desistiram de viajar descer da aeronave, também foi preciso descer suas bagagens. A companhia aérea não emitiu nenhum comunicado oficial acerca do fato.

A reportagem é publicada por Página/12, 15-07-2016. A tradução é do Cepat.

“Dois companheiros de trabalho voaram com uma hora e meia de atraso porque o avião (American Airlines) no qual viajavam era pilotado por duas mulheres. Por que o atraso? Porque sete passageiros pediram para descer ao se inteirar que piloto e copiloto eram mulheres”, tuitou um usuário (@QuieroMiJarra), na quarta-feira à noite, na rede de microblogging. De acordo com o que os passageiros do voo 909 contaram, a tripulação não informou aos que já estavam em seus assentos a razão pela qual o avião estava demorando para decolar. Só horas mais tarde, na metade do trajeto, um tripulante da cabine mencionou, durante um anúncio de rotina, que a viagem estava sendo pilotada por duas mulheres. Depois, outros tripulantes confirmaram a alguns passageiros que a demora se deu ao fato que outros viajantes haviam mudado de ideia ao saber que piloto e copiloto não eram homens.

De acordo com ISA+21, a Sociedade Internacional de Mulheres Pilotos de Companhias Aéreas, das 130.000 pessoas que pilotam aviões comerciais em todo o mundo, cerca de 4.000 são mulheres. “Este número está mudando constantemente e, felizmente, cresce”, estima a entidade, que destaca que a maioria das mulheres que chega a pilotar aviões estão em companhias norte-americanas. Das 4.000 pilotos, e considerando “as linhas aéreas que crescem, as que encolhem, as novas apostas e as falências, só podemos especular que há cerca de 450 mulheres capitães em companhias de todo o mundo”, aponta ISA+21 em sua página web.

A entidade que se dedica a mulheres pilotos de todo o mundo também destaca que “assim que se começou a contratar mulheres para pilotar, havia muitas provas a ser submetidas, o que incluía estudos de força. Também havia uma altura mínima que os pilotos de quase todas as companhias precisam ter. Estes requisitos ficaram quase majoritariamente pelo caminho. O único requisito é que uma aspirante a piloto consiga voar no simulador, durante o processo de entrevista, sem problemas derivados de sua altura ou sua força (por exemplo, deve conseguir alcançar os pedais e enxergar sobre o painel, e deve conseguir controlar o avião que tenha perdido os sistemas hidráulicos usados para facilitar o voo)”.

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