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Destruição digital. Entrevista com Bernard Stiegler

Foto: Pixabay

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23 Outubro 2018

O filósofo francês está em Udine, na Itália, para os encontros da editora Mimesis: “A velocidade de cálculo acelera os processos entrópicos, fazendo entrar em colapso as estruturas sociais também”.

A reportagem é de Simone Paliaga, publicada em Avvenire, 21-10-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

“Só a economia contributiva poderia superar o antropoceno e permitir que o ser humano deixe para trás os processos entrópicos que correm o risco de destruir a vida”, diz Bernard Stiegler ao Avvenire.

O diretor do Centre de Recherche et Innovation do Centre Georges Pompidou e um dos poucos filósofos que pensa o século XXI, debaterá com Francesco Vitale, nesta segunda-feira, 22, em Udine, na Casa Cavazzini, sobre filosofia e redes, por ocasião do Festival da Filosofia de Mimesis, editora com a qual ele publicou Platone digitale.

Nota de IHU On-Line: Para ler mais sobre o Bernard Stiegler, veja o artigo "Bernard Stiegler, pensador da tecnologia e do humano", de Moysés Pinto Neto, disponível aqui. Também pode ser lido o artigo "Esquecer o neoliberalismo: aceleracionismo como terceiro espírito do capitalismo", de Moysés Pinto Neto, publicado em Cadernos IHU ideias, no. 245. Para acessar o artigo clique aqui.

Eis a entrevista.

Como definir a revolução digital?

Com o advento dos smartphones e das redes sociais, a digitalização generalizou a difusão de dispositivos eletrônicos portáteis, ou seja, a conexão generalizada, ubíqua e permanente: mais da metade da população mundial está na rede. Esse processo transforma os produtos industriais, os serviços, os materiais de construção, para permitir a calculabilidade de todos os fluxos de comportamento através de algoritmos, eliminando aquilo que não é calculável e marginalizando aquilo que é singular, com a imposição de um poder planetário exercido por alguns atores estadunidenses, mas também chinês. Isso leva a sermos teleguiados com base exclusivamente em critérios de mercado, gerando aquele homem médio que Musil considera sem qualidades.

Quais as consequências da revolução digital para a sociedade?

A situação é grave, porque a digitalização acentua e acelera os efeitos do antropoceno, dominado pelos efeitos tóxicos da atividade humana sobre a biosfera, que perturba os grandes equilíbrios e destrói a biodiversidade, assim como as estruturas mentais, capturando a atenção e criando dependência. A biosfera se aproxima de uma fase caótica, que, por culpa de uma mudança profunda, levará ao fim não apenas do ser humano, mas também da vida sobre a Terra. O antropoceno consiste em um imenso aumento dos níveis de entropia termodinâmica, biológica e informativa, que eu chamo de entropoceno. A entropia é agravada de modo drástico pelo cálculo, como tinham antecipado Norbert Wiener, em 1948, e Ludwig von Bertlalanffy, em 1971. Além disso, a digitalização produz a automação generalizada, isto é, a redução dos postos de trabalho e, portanto, a criação de uma insolvência econômica estrutural.

As plataformas são as mais poderosas organizações de dados da web. Qual o papel que elas desempenham?

As plataformas destruíram a web. Inicialmente, eram concebidas para favorecer o debate científico e público, lutavam contra a entropia e pela defesa da diversidade. Só esta garante uma verdadeira racionalidade, isto é, uma racionalidade crítica, apta a promover uma ciência aberta. A noodiversidade é essencial para o pensamento, assim como a biodiversidade é essencial para a vida. Adorno e Horkheimer defendiam em 1944 que os meios de comunicação de massa destruiriam a razão moderna, tal como ela havia sido concebida pelo Iluminismo, e a substituiriam pela racionalização, isto é, a generalização do cálculo para favorecer a difusão do capitalismo industrial e impor o mercado por toda a parte. Quando o Cern de Genebra lançou a web, ele tornou possível a revolução digital. Antes, a internet não fornecia funções editoriais revolucionárias, como páginas e sites, dos quais nasceu a web social. Mas nem os políticos nem o mundo econômico e industrial da Europa compreenderam a extraordinária novidade daquilo que surgiria a partir dessa pesquisa europeia financiada com fundos públicos. Os Estados Unidos, no entanto, se apossaram dela e a desnaturalizaram completamente: fizeram dela a atual data economy, totalmente submissa ao cálculo e à entropia, enquanto a primeira web prometia diversificação, poder crítico e a sociedade aberta. Foi a partir da renúncia dos europeus de assumir a sua produção que nasceu a chamada pós-verdade, que agora domina as redes.

Como retomar o controle das plataformas?

É preciso retomar o projeto inicial e enriquecê-lo, introduzindo formatos e estruturas de dados que favoreçam a neguentropia, no sentido de Schrödinger, e a antientropia, no sentido de Giuseppe Longo, para reconstituir uma web deliberativa, fator de inteligência coletiva e não de dependência, de mímica gregária e de manipulações de todos os tipos. Para fazer isso, é necessário desenvolver nas estruturas dos dados campos de anotação incalculáveis que levem necessariamente à deliberação entre cientistas, engenheiros, colegas, habitantes, estudantes. Eu ponho isso em prática nos meus cursos, e, com o instituto que eu presido, estamos implementando essa abordagem em um território de 430.000 habitantes na banlieue norte de Paris, dentro de um programa de experimentação social de 10 anos.

A rapidez do desenvolvimento tecnológico levou à era da inovação?

A inovação aparece com a revolução industrial e o antropoceno, depois se acentua com o modelo consumista e novamente com a web, quando a inovação se move de baixo para cima, permitindo uma extraordinária aceleração das mudanças tecnológicas e industriais.

A inovação é perigosa para a sociedade?

Ela é necessária, mas, com a aceleração digital, torna-se destrutiva: indo cada vez mais rápido, entra em curto-circuito e esvazia de seus conteúdos e funções as estruturas sociais, da instituição familiar à educação, simplesmente destruindo-as.

Em Dans la disruption, esse fenômeno leva à melancolia coletiva...

Com as plataformas, as pessoas são expropriadas de si mesmas, porque todas as suas interações são registradas, controladas e calculadas quatro milhões de vezes mais velozmente do que seriam capazes de fazer. Esses cálculos automáticos baseados em médias probabilísticas levam a antecipar os seus desejos e a superá-los, submetendo os indivíduos sujeitos às médias a serem medíocres e insatisfeitos consigo mesmos e com os outros. As pessoas têm a sensação de não ter um futuro próprio, e isso, combinando-se com a liquidação do social, leva ao desespero e a uma espécie de loucura coletiva comum.

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